A Escolha Certa

Marina - Capítulo 29

Os quatros dias passaram super rápido e já estávamos no dia de voltar para o RJ. Estava mega ansiosa e Eduardo percebeu isso.

- Me diz o que está tramando, diz? - perguntou, enquanto me puxava para um abraço demorado.

- Nada, amor, relaxa. - falei sorrindo.

Todos estávamos prontos, então fomos para o aeroporto. Ficamos todos conversando até anunciarem o vôo. Quando entrei no vôo, senti uma coisa ruim e sai rapidamente.

- O que foi? - perguntou, minha mãe e todos vieram ao meu encontro.

- Acho melhor pegarmos outro avião, esse não. - pedi.

- Mas o que há de errado com esse? - perguntou, minha mãe.

- Só não quero ir nesse. - falei.

- Tudo bem, vamos em outro. - disse o Eduardo, enquanto me abraçava.

Eu sentia meu coração tão acelerado e a minha razão dizia que eu estava fazendo o certo, então pra que discutir?

- Eu vou nesse mesmo. - disse Murilo, e meu coração deu uma pontada tão forte, como se dissesse "Não deixe ele ir, não deixe!"

- NÃO! - gritei e todos me olharam. - Por favor, não vai! - pedi o olhando de uma forma que ele percebeu que não era só "frescura" da minha parte.

- Okay, o que está havendo com você? - perguntou, Henrique.

- Só não quero ir nesse, por favor. - pedi e meus olhos encheram d'água.

Acabei convencendo todos há irmos no próximo vôo que saíria duas horas mais tarde. Fomos todos para o shopping, especificamente, na praça de alimentação.

- Cadê o Edu? - perguntei.

- Saiu com o Henrique. - respondeu, Laura.

- E onde foram? - perguntei.

- Não sei. - respondeu.

- Olha eles aí. - disse Miguel e olhei em direção há eles, vi que os olhos do Eduardo estavam meio avermelhados.

- Oi amor. - disse me dando um beijo na testa e se sentando ao meu lado.

- O que aconteceu? Por que seus olhos estão assim? - perguntei, preocupada, enquanto alisava seu rosto.

- Nada. - disse sorrindo e me dando um selinho.

Voltamos para o aeroporto, quando anunciaram o nosso vôo, fiquei meio receosa de sentir a mesma coisa ruim novamente, mas quando coloquei o meu pé no degrau, não senti nada ruim, não senti nada bom também, mas pelo menos não havia nada ruim.

- Tudo bem? - perguntou o Eduardo, segurando minha mão.

- Sim. - falei, sinceramente.

Todos se acomodaram, mas acordei com as pessoas conversando muito alto.

- O que aconteceu? - perguntei, para uma moça que estava ali.

- Um avião caiu. - disse.

- Qual? - perguntei.

- O que saiu há duas horas. - disse e eu me espantei.

- Okay, obrigada. - falei.

Olhei pro lado e o Eduardo estava dormindo, mas eu não podia guardar isso, eu tinha que contar.

- Edu, Edu! - sussurrei em seu ouvido, enquanto o cutucava.

- O que? O que? Tá caindo de novo? - perguntou assustado, olhando pros lados.