Marina - Capítulo 55

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Acordei com o meu celular tocando. Era o Gabriel.

- Alô?

- Cadê você? O sinal já tocou.

- Oi? Sinal? - olhei para o relógio no criado-mudo e marcava 7 horas e 30 minutos. - Droga!

- Estava dormindo, não é? - ele estava rindo.

- Tchau, Gabriel! - ri e finalizei a ligação.

Cutuquei o Eduardo e nada dele acordar, fui para o banho e não pude demorar muito. Quando saí, ele continuava dormindo. Vesti meu uniforme com uma calça jeans e um vans. Cutuquei o dorminhoco e nada, então me joguei em cima dele.

- Amor, amor! - o balancei e nada. - Amor. - sussurrei e o beijei, aos poucos foi correspondendo.

- Hum, bom dia. - abriu os olhos sorrindo.

- Vai logo para o banho, estamos atrasados! - o empurrei da cama e quando vi, ele estava no chão. - Amor? - chamei e ele fechou a cara.

- Amor o escambau, acabou! - se dirigiu até o banheiro e eu fiquei rindo.

Em 15 minutos, ele saiu totalmente arrumado do banheiro.

- Uau, que garoto mais pontual! - ironizei e ele deu uma risadinha sarcástica.

- Fica esperta! - me puxou pra si e me beijou. - Da próxima vez, te puxo pra cair junto comigo. - alertou rindo e eu dei um tapa em seu braço.

Chegamos na escola e tivemos que esperar o segundo tempo. Só tinha nós dois esperando.

- Tem algo errado.

- Tem mesmo, Miguel nunca chega no horário.

- Você repara? - ri.

- É que faz parte da rotina. - ri e me aperta em seus braços.

- Nossa, vocês são bestas. - rimos.

Depois de algum tempo, o sinal tocou e fomos para a sala, nossos lugares estavam vazios, Gabriela deve ter reservado, pois os lugares nos fundos perto da janela são sempre os mais concorridos.

- Boa noite! - brincou, Miguel.

- E você, seu viado? Por que chegou cedo? - questionou, Eduardo.

- Meu pai inventou de me trazer. - fez careta e eu ri.

- Vocês tem umas manias idiotas, te falar viu! - ri balançando a cabeça e me sentei.

Eduardo sentou atrás de mim, deitei meu pescoço no encosto da cadeira e Eduardo apoiou sua cabeça sobre meu ombro. Passamos todas as aulas assim, nem para o intervalo saímos.

- Por que não vamos para o pátio? - questionou, Gabriel.

- Estamos com sono. - respondi por mim e pelo Eduardo.

- Aprontaram a noite, não é? - brincou, rindo.

- Que nada...- respondi rindo.

Quando o sinal para irmos embora bateu, aproveitei a ída do Eduardo ao bebedouro e fui em direção a Valéria que estava aos beijos com um garoto que eu não conheço.

- Valéria. - chamei, quando ela me olhou fez cara de espanto.

- O que você quer? - perguntou desconfiada.

- Só conversar. - ergui as mãos em forma de rendição.

- E sobre o que? Seja rápida, não tenho tempo à perder. - nem no meu olho ela olhava.

- Essa ameaça é sua? - ergui meu celular com a mensagem aberta.

- Por que seria? - sorriu.

- É ou não é? - a encarei e ela percebeu que eu não estava para brincadeiras.

A Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora