- O que está acontecendo?
- Senta aqui, Mari. - respondeu Henrique mostrando um lugar ao seu lado e eu fiz que não. - É um assunto sério. - me fuzilou com os olhos.
Olhei para o Eduardo e o mesmo olhou pra mim, estendendo sua mão e eu a peguei. Nos sentamos ao lado de Henrique.
- E então? - perguntei.
- Filha, é sobre você ter saido de casa...- disse, minha mãe.
- Eu não vou vol...- falei, quando fui interrompida pela mesma.
- Calma, eu acho ótimo você ter vindo morar com seus amigos. - fiquei sem entender.
- O que está acontecendo?
- Eu trabalho muito, não tenho tido tempo pra você, e agora você precisa de muita atenção. - disse cabisbaixa.
- Por que eu preciso?
Minha mãe me entregou um envelope enorme, olhei para todos presentes que me olhavam atentamente e senti uma pontada de medo, uma pontada forte. Abri e era alguns exames estranhos.
- O que é isso?
- Lembra dos meses em que você ficou fazendo vários exames? - perguntou, minha mãe e eu assenti. - Então, os exames constatou que você tem um distúrbio chamado síndrome de Kleine-Levin, que é bascicamente a síndrome do sono. - fiquei sem reação.
- Calma, estou com você. - disse Eduardo, segurando minha mão.
- Estamos. - disse, Henrique segurando minha outra mão.
- Eu posso mo-mo-morrer? - perguntei gaguejando.
- Não é tão grave assim. - respondeu minha mãe e eu suspirei aliviada.
- E o que essa síndrome causa, além do sono, obviamente?
- Alucinações, irritabilidade e o sono é prolongado.
- Por quanto tempo?
- De uma semana, até três ou mais. - arregalei meus olhos.
- Como assim? Eu vou dormir e entro em coma, é isso?
- Basicamente, semana que vem iremos ao médico ver o que ele te aconselha. - respondeu. - Bom, eu preciso ir, fico feliz que esteja aqui com seus amigos e eu ligarei todos os dias. - se aproximou e me dando um beijo na testa. - E quanto à Luana, bom, eu prometi para Luciana que cuidaria delas. - disse, incluindo Laura.
- Tudo bem. - devolvi o beijo na testa e a abracei.
Minha mãe foi embora e Eduardo ficou o tempo todo comigo. Já era mais de 1h quando ele me levou para cama.
- Não quero dormir. - sussurrei.
- Por que não?
- Estou com medo de acordar só daqui um ano. - respondi com ironia e ele deu um sorriso leve.
- Vai dar tudo certo. - sorriu e me deu um beijo na testa.
- Fica comigo? - pedi.
- Não se enjoa de mim?
- Nunca, amor! - exclamei e ele me beijou.
- Tudo bem, eu só vou tomar um banho. - avisou, indo em direção ao banheiro.
Fiquei o esperando enquanto escutava música.
- Não vai trocar de roupa? - perguntou, já vestido.
- Estou com preguiça. - ri.
- Você precisa de um banho. - concordei.
- Me ajuda? - pedi esticando meus braços e ele riu.
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A Escolha Certa
RomanceSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...