Marina - Capítulo 87

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Duas semanas depois...

Eu estava seguindo a minha vida, tudo estava conforme o que eu planejei, chega há ser estranho chegar nessa conclusão mas aquilo estava se tornando a minha vida. Uma vida sem o Eduardo. Não era para soar tão dramático mas não é fácil focar em uma nova vida se a antiga ainda mexe comigo. Bom, como eu estava dizendo, tudo está nos conformes. Tenho um namorado compreensivo, uma melhor amiga que está grávida de uma menina (sim, é uma menina!), um melhor amigo que vai ser pai e está super babão, um outro melhor amigo que não desgruda nenhum pouco e vive de discussões com o meu namorado, um irmão que está por aí com a namorada que é uma das minhas melhores amigas, uma mãe que agora está mais presente do que nunca e por último mas não menos importante, um pai postiço que está de malas prontas, infelizmente.

— Você precisa mesmo ir? — indaguei, vendo Felipe colocar a última peça de roupa na mala.

— Eu volto o mais rápido possível. — respondeu, se aproximando e me dando um abraço forte.

Se ele soubesse o quanto eu não confio nesse "eu volto o mais rápido possível".

Chegamos rapidamente no aeroporto, onde logo anunciaram o vôo de Felipe.

— Mãe, ele vai voltar mesmo, né? — indaguei a olhando.

— Assim que eu for, ele volta. — disse, me abraçando.

Não entendi muito bem o que ela quis dizer mas não quis argumentar, só queria ir para casa.

Assim que cheguei, vi que Laura estava a minha espera.

— Nem precisa entrar em casa, vamos! — disse me puxando pela mão.

— Para onde vamos? — indaguei assustada.

— Adivinha? — indagou erguendo a sobrancelha.

Nem precisei pensar muito, previa que minhas pernas doeriam do tanto que iriamos rodar o Shopping.

Dito e feito! Havíamos entrado em todas as lojinhas de roupinhas de neném mas confesso que gostei, sempre amei olhar esse tipo de coisa mas também confesso que estava agradecendo mentalmente por essa ser a última loja.

— O que está fazendo? — Laura indagou me encarando.

Só ai percebi que estava segurando um macacãozinho azul.

— Empolguei. — respondi rindo.

— Em breve, será você. — disse e eu senti um arrepio.

— Vamos! — exclamei, enquanto a puxei até o caixa.

Estávamos na praça de alimentação, quando avistamos dois caras marrentos se aproximando e atraindo olhares de todos no local, ou melhor, de todas.

— Matamos aquela ou aquela primeiro? — indaguei, apontando para um grupinho de garotas.

— Bom, talvez isso aqui seja melhor e mais fácil. — disse se levantando e eu levantei junto, apenas a seguindo.

Assim que ficamos frente à frente com eles, Laura apenas puxou Henrique e o beijou. Vi quando uma garota saiu bufando e não aguentei, ri na cara dela.

— O que houve? — Miguel indagou, estranhando minha reação.

— Não foi nada. — respondi quando uma das garotas esbarrou no Miguel, de propósito.

— Menina doida. — sussurrou balançando a cabeça negativamente.

— Vem pra cá, não quero que seja contaminado. — falei aumentando o tom e recebi um sorriso de deboche como resposta.

A Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora