Henrique - Capítulo 49

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Acordei com o barulho do meu celular. Tentei me levantar mas não consegui, tinha dois marmanjos com as pernas em cima de mim, inclusive, minhas costas doíam e minha visão estava bem embaçada. Esfreguei um pouco os olhos e vi que Miguel estava com o pé na minha cara praticamente.

- Ah, vaza. - o empurrei e levantei de uma vez, só ouvi um estalo. Foi minhas costas. Droga!

Tive que ter cuidado para não passar por cima da Gabriela que estava bloqueando a passagem. Procurei o meu celular e não o encontrei, deve ser bem urgente porque não parava de tocar, segui o som e o encontrei dentro do bolso do Murilo. Ignorei isso e atendi.

- Alô.

- Finalmente! - com essa voz fininha, só pode ser a Marina.

- Mari?

- Não, Murilo. - zombou.

- O que é, engraçadinha?

- Corre pro hospital!

- O que aconteceu dessa vez?

- A Laura... - meu coração acelerou de uma forma diferente, que merda é essa?

- O que aconteceu com ela? - meus olhos começaram a procurá-la pela sala, na esperança dela estar ali e ser apenas uma pegadinha.

- Bom, é melhor você vir pra cá.

- Fala logo, Marina!

- Ei, calma, só vem pra cá!

- Por que não diz de uma vez?

- Porque é ela quem tem que contar. - disse e desligou.

Como eu fiquei? Pois bem, atordoado. Eu estava com um odor horrível, devo ter vomitado até umas horas. Tomei um banho e vesti qualquer roupa. Corri para o estacionamento, mas não encontrei o meu carro. Estava começando há achar que havia sido roubado quando o porteiro me chamou.

- Oi?

- Tem um senhor há sua espera lá na entrada.

- Valeu.

Quando cheguei na entrada, o porteiro apontou para o senhor e eu fiquei sem entender. Quem é esse?

- Sou o motorista do Gabriel...- só ouvi até ai.

- E cadê ele? Sabe onde está o meu carro?

- Sim, está comigo.

Ele me levou até o meu carro que estava em perfeito estado, inclusive, limpo. Eu não me lembro da última vez que ele havia brilhado tanto.

- O senhor vem comigo?

- Sim, quer que eu dirija?

- Se não se importa, prefiro eu mesmo. - ele apenas assentiu.

Dei à partida e o senhor entrou junto comigo, liguei para o Gabriel para avisar que ele estava ali e fiquei aguardando na recepção.

- E aí, papai! - Gabriel me cumprimentou com um aperto de mão forte seguido de um abraço.

PAPAI?? QUE HISTÓRIA É ESSA??


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