Marina - Capítulo 54

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Fui com o Eduardo para o apartamento e encontramos Henrique e Laura aos beijos.

- Desculpa atrapalhar. - peço totalmente sem graça.

- Ah, já deveria ter se acostumado. - brinca, Henrique.

- Gente... tenho uma notícia para vocês. - sorrio.

Olho para Eduardo que estende a mão para mim e de imediato, a seguro firmemente.

- Vocês também estão esperando um bebê? - pergunta, Laura aos risos.

Sinto Eduardo gelar.

- Por que está nervoso? Nunca nem fizemos nada. - sussurro rindo.

- Por isso mesmo, se você estiver grávida é de outro! - me encara.

- Não deixa de ser idiota. - reviro os olhos rindo e lhe dou um selinho.

- E então? - pergunta, Henrique.

- Eu estou voltando para a casa. - digo sorrindo e eles me olham sérios.

- Por que? O que houve? - me encara surpreso. - Fizemos algo de errado? - direciona seu olhar para Laura.

- Nossa, claro que não! - acabo rindo.

- E então?

- Vocês tão formando uma família, não posso ficar aqui tirando a privacidade de vocês e a Luana voltou para Nova Petrópolis. - digo sorrindo.

- Sentirei sua falta.

- Sentiremos. - Laura corrige Henrique.

Dou um abraço nos dois e deposito um beijo na bochecha de cada um. Eduardo me acompanha até o quarto e me ajuda há fazer as malas. É engraçado como em pouco tempo aquele lugar tinha se tornado o meu lar. Mas é hora de voltar para o meu lar de origem! Nem tão de origem, mas vocês entenderam.

Depois de duas horas, tudo está pronto.

- Que horas são? - puxo o pulso do Eduardo e o relógio que ali se encontra marca 22 horas e 32 minutos. - É, hora de ir...

- Preparada? - balanço a cabeça positivamente.

Dou uma última olhada no local e desligo a luz.

- Foi bom enquanto durou. - sussurro e acabo rindo.

Me apego tão facilmente que chega há ser patético.

- Vamos? - pergunta, Eduardo e novamente balanço a cabeça positivamente.

Me despeço dos meus amigos e pego a estrada acompanhada do Edu. Fomos em silêncio até o primeiro sinal vermelho.

- Está feliz? - questiona após alguns segundos de espera.

- Estou normal. - respondo e olho pela janela.

- E isso é bom ou ruim? - pousa sua mão sobre minha coxa e pressiona, chamando minha atenção.

- Ah amor, eu tô legal. - forço um sorriso.

- Vai sentir falta deles. - afirma e eu faço que sim com a cabeça.

Antes que ele pudesse dizer algo, o sinal fica verde e voltamos ao silêncio de antes. Ligo o som e coloco qualquer música para tocar, só queria calar um pouco meus pensamentos e sentimentos. Fiquei encarando a estrada pela janela e percebo que não estamos fazendo o caminho para a casa, permaneço quieta. Após alguns segundos, Eduardo desliga o som e percebo que o carro está estacionado no meio do nada.

- Ei, eu estava ouvindo. - minto e o encaro.

- E eu sou o pateta. - ironiza e eu acabo rindo.

- Pior que é mesmo. - continuo rindo e ele me encara.

A Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora