Os dias se passaram normalmente, tirando o fato de que depois da surpresa do Eduardo para mim, "meus amigos" voltaram há se afastar e isso faz com que o ponto de interrogação na minha testa só cresça, pois achei que o que eles não queriam me contar era sobre o campeonato de Surf, mas pelo visto, tem algo muito pior acontecendo. Hoje é sexta e amanhã, o Eduardo vai viajar. Como eu me sinto sobre isso? Estou sentindo um misto de agonia com ansiedade, agonia porque meu pressentimento continua cada vez mais forte dentro do meu peito e ansiedade para que ele volte logo e eu mostre pra mim mesma que tudo não passou de um medo bobo.
As aulas acabaram mais rápido e eu me dirigi até o portão ainda mais rápido, queria aproveitar cada segundo ao lado do Eduardo.
- Por que está correndo? - perguntou, Eduardo quase sem fôlego.
- Só corre, vamos! - exclamei no mesmo estado que ele e corri mais ainda enquanto segurava sua mão.
Eu estava correndo tanto que tropecei no degrau que levava ao portão e voltei para trás com tudo, caindo sobre o peito do Eduardo.
- Se não fosse eu...
- Se não fosse você...- rimos.
Chegamos na minha casa e Eduardo parecia distante, durante o almoço só eu falava e ele mal concordava, apenas me olhava fixamente.
- O que você tem? - indaguei após uma troca de olhares sem fim.
- Você acha que é só você que está mal com essa viagem, não é? - ergueu a sobrancelha.
- De certa forma, sim. Por que? Estou errada?
- Está. - abaixou a cabeça e eu me aproximei, o abraçando.
- Como eu sou tonta... lógico que você vai sentir saudades. - passei a mão em seus cabelos enquanto falava e ele levantou a cabeça, me lançando um olhar angustiado.
- Eu não queria ir! Eu não aguento mais! - disparou as palavras e senti uma forte pontada no peito.
- O que está acontecendo, Eduardo? Seja sincero. - pedi.
- Só vou poder contar quando voltar. - desviou o olhar.
- Tem certeza disso? - toquei seu rosto, o forçando há me olhar.
- Sim.
- Está bem, não quero saber demais nada. - ergui as mãos em forma de rendição.
Subi para o meu quarto e me deitei, não dormi, nem nada do tipo, apenas permaneci quieta enquanto tocava o meu coração firmemente, na esperança de mantê-lo ali, pois senti que ele iria sair há qualquer momento. Eu sabia que havia algo de errado, eu sabia! Minha intuição nunca falhou e não seria agora que iria falhar.
Ouvi passos se aproximando da porta e direcionei meu olhar para ela, ou melhor, para o Eduardo que parou ali e ficou me analisando.
- O que foi agora? - perguntei e senti uma lágrima deslizar, virei meu rosto e a limpei.
- Não quero brigar com você na véspera dessa viagem idiota. - disse e eu o olhei. - Posso? - apontou para o meu lado na cama e eu assenti.
- Só não entendo o porquê não confia em mim.
- Eu confio, só que eu te conheço e sei que vai querer agir.
- Como assim? - ergui uma sobrancelha.
- Prometo que quando eu voltar, eu te conto. - me lançou um olhar compreensivo.
- Promete voltar? - pedi ao lembrar da conversa dele com o Miguel.
- Tá doida? - riu. - Claro que eu volto.
- Promete? - pedi novamente ao erguer o meu mindinho.
- Só você mesmo. - balançou a cabeça negativamente enquanto ria.
- Tá esperando o quê? - ergui uma sobrancelha.
- Eu prometo. - entrelaçou seu mindinho no meu.
- Rum, isso mesmo. - sorri.
- Por causa de uma promessa de mindinho você sorri? - ergueu uma sobrancelha enquanto simulava um sorriso.
- É...- concordei. - Me sinto mais confiante.
- Você é maluquinha! - riu enquanto me abraçava forte.
- Você causa esse efeito em mim. - sussurrei em seu ouvido.
- Ê! Não faz isso. - disse rindo e eu fiquei sem entender.
- Do que está falando? - me afastei para olhá-lo e o mesmo permaneceu em silêncio.
- Eu te amo e sempre vou amar. - declarou e me puxou para si, me apertando em seus braços.
- Sempre, sempre?
- Assim como eu sou a sua escolha certa, você também é a minha.
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A Escolha Certa
RomanceSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...