- O que houve? - perguntou Henrique, assustado.
- O Eduardo, foi o Eduardo quem ligou! - respondi eufórica.
- Como? - perguntou.
- Não sei. - falei, enquanto retornava a ligação. - Alô! - falei.
- Alô, Marina? - perguntou a voz feminina do outro lado.
- Sim sou eu, quem é e por que está com o celular do meu namorado? - perguntei desconfiada e ouvi uma risada conhecida no fundo, não... não é, ou é?
- Sou a Olga, enfermeira do Eduardo Milano. - disse.
- Ah sim, o motivo da ligação? - perguntei ansiosa.
- O Eduardo pediu. - disse e eu comecei a chorar.
- Como assim? Ele acordou? É sério? - perguntei tão rápido que achei que ela não tivesse entendido nada.
- Sim e me pediu para que fizesse essa ligação. - disse.
- Estou indo aí. - avisei e desliguei.
Quando olhei pro Henrique me deparei com todos no meu quarto, me olhando, ansiosos por respostas.
- E aí? - perguntou Diana.
- Bom gente... - falei, fazendo suspense. - O EDUARDO ACORDOU! - falei gritando e todos vieram me abraçar.
Depois de tanta euforia, minha mãe pediu para que eu esperasse até amanhecer, mas poxa, eu já havia esperado de mais! Troquei de roupa rapidamente.
- Vamos? - perguntei para todos, que já estavam prontos e logo assentiram, até o Miguel estava indo.
Foram no total 3 carros pra ir todo mundo. Chegamos rapidamente e o caminho que antes eu fazia triste, hoje, eu estava fazendo radiante por saber que agora eu iria vê-lo acordado. Tem noção disso? Esperar por meses para ver a pessoa amada, e agora, finalmente vê-la. Eu estava pior que aquelas crianças que ganham o brinquedo desejado. Finalmente, havíamos chegado. Fui correndo até o quarto dele mas antes disso o Henrique me puxou.
- Calma, calma! - disse, me dando uma aula de como respirar.
- Não dá, eu vou vê-lo, você não entende! - falei eufórica, ao mesmo tempo em que chorava.
- Mas se acalme, ele acabou de acordar, não pode ficar tão eufórico. - disse e eu assenti.
- Agora posso entrar? - perguntei, tomando postura de uma pessoa "civilizada".
- Sim. - disse sorrindo.
Abri a porta devagar e quando o vi ali, fazendo careta pra comida que a enfermeira, suponho que seja a Olga, estava lhe dando me deu uma alegria imensa.
- Você é teimoso. - disse a enfermeira para o Eduardo, que rejeitava a comida.
- E idiota. - completei, o Eduardo me olhou, como se estivesse vendo a melhor coisa do mundo e eu retribuí com o mesmo olhar, já que ele é a melhor coisa do mundo, do meu mundo.
- Marina... - sussurrou me olhando, sem reação.
- Edu! - falei eufórica, correndo até ele e o beijando. - Que saudade, amor, que saudade! - sussurrei enquanto o abraçava forte.
- Opa. - disse ele se afastando com uma expressão de dor.
- Desculpa, me empolguei. - falei sorrindo sem graça.
- Minhas costas... - disse, se explicando.
- Tudo bem. - falei sorrindo e o beijando novamente que me correspondeu com a mesma intensidade.
- Me dêem licença. - disse a enfermeira, saindo.
- Como é bom sentir o seu beijo novamente! - falei, acariciando seu rosto.
- Saudade. - disse sorrindo e trazendo minha felicidade de volta.
Não tem jeito, o Eduardo me faz feliz como ninguém jamais fez ou irá fazer!
- Eu te amo. - sussurrei em seu ouvido.
- Eu também te amo. - disse sorrindo e eu o beijei novamente.
- Com licença! - disse a Gabriela entrando e todos entrando atrás.
Fiquei ao lado do Eduardo o tempo todo. Aos poucos, foram todos indo embora, o Miguel sussurrou algo pra ele que o fez rir. Eles estavam se tratando como melhores amigos, era isso que eu queria ver. Não estava me sentindo bem, sabendo que a amizade deles havia sido "estragada" por minha culpa. Acabou que fiquei sozinha com o Eduardo, minha mãe me liberou para dormir no hospital. Me ajeitei em um sofá que tinha ali e fiquei o admirando. Passamos o restante da noite trocando olhares, já que Eduardo não tinha sono, também dormiu por quase dois meses... Estava amanhecendo quando o médico entrou no quarto.
- Bom dia. - disse.
- Bom dia. - respondemos juntos.
- O Sr. vai ficar mais um dia de observação e amanhã terá alta. - avisou e eu sorri. - Mas tem que se alimentar muito bem. - disse e eu assenti.
- Pode deixar, que eu vou cuidar muito bem dele. - falei sorrindo e o médico sorriu e se retirou. - Bom dia, meu amor! - falei, enquanto me aproximava dele e o beijava.
- Quero sair logo daqui. - disse todo irritadinho e eu ri. - E eu vi aquele cara com você ontem, quem é? - perguntou, todo enciumado. Ai que saudade!
- Amor, aquele é o Henrique, meu melhor amigo, lembra que já te falei dele? - perguntei.
- Só amigo mesmo, não é? - perguntou, com os olhos semicerrados.
- Sim, ele é igual o Murilo pra mim. - falei e vi um sorriso surgir em seu rosto.
Passamos o dia conversando e namorando, como ele receberia alta no outro dia, ficaria de repouso por uns dois dias e depois iríamos aproveitar nossa viagem juntos. Eu estava muito animada, daqui uns dias ainda teria o Natal e o Réveillon e obviamente, passaríamos juntos. Eduardo era mais teimoso do que eu imaginava, tive que praticamente forçá-lo a comer o almoço e a janta, mas eu até o entendo, aquela comida não parecia estar boa e tive a certeza quando ele fez uma careta, e me mostrou seu braço, com os pêlos todos arrepiados, foi até engraçado. Por fim, vieram ingetar um tipo de calmante no Eduardo, já que ele não sentia sono nenhum. Fiquei olhando ele tentar abrir os olhos, e por fim, se render ao seu sono e ri com a cena.
- Boa noite, meu amor! - sussurrei e lhe dei um beijo na testa. - Eu te amo tanto... - sussurrei, enquanto acariciava seu rosto.
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A Escolha Certa
RomanceSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...