Acordei com o peso do Gabriel em cima de mim, o que é confuso pois poderia jurar que na noite passada, o deixei dormindo no sofá.
— Bom dia. — falei, o cutucando.
Silêncio.
— Bom dia. — repeti.
Silêncio.
— BOM DIA! — gritei e o empurrei, o fazendo cair de imediato.
— Você acorda sempre assim ou só quando está comigo? — indagou, coçando os olhos.
— Esse privilégio é só seu. — afirmei querendo rir.
— Nossa, que honra. — ironizou.
Me levantei e fui dar início a minha rotina matinal, assim que terminei, procurei pelo Gabriel e ele continuava deitado no chão.
— Tá gostoso aí? — indaguei, cruzando os braços.
— Sim, bem geladinho. — respondeu com os olhos fechados.
— Se ficar gripado, não vou cuidar de você. — briguei.
— Está parecendo minha mãe. — disse caindo na gargalhada.
— Só estou avisando. — afirmei, dando de ombros.
— O que vamos fazer hoje? — indagou, se sentando no chão.
— Não faço a mínima ideia. — respondi fazendo careta.
— Vamos para a praia? — convidou animado.
Praia = lembranças do Eduardo.
— Eu acho melhor não. — afirmei.
— Por que? — indagou estranhando.
— Eduardo. — respondi, abaixando a cabeça.
— Lembranças? — sugeriu, erguendo a sobrancelha.
— Exato. — admiti.
— Mas o que qui tem? Não importa o lugar, você sempre vai lembrar dele ou até agora não se tocou de que ele é o amor da sua vida? — indagou e eu o encarei. — Não me olha assim, só estou dizendo a verdade. — afirmou óbvio.
— E como já dizia aquele velho ditado, a verdade dói. — afirmei.
— Para com isso, está parecendo aquelas garotinhas de quinze anos que acha que o mundo vai desabar só porque o cara terminou com elas. — disse revirando os olhos.
— No meu caso, eu terminei. — afirmei.
Mais burra ainda, eu sei.
— De trouxa que é. — disse balançando a cabeça negativamente.
— Tá, Gabriel! Você venceu, eu vou. — afirmei, erguendo as mãos em forma de rendição.
Que fique bem claro que eu só aceitei porque se não, a conversa renderia muito mais pois o Gabriel não cala a boca e o pior é que tudo o que ele diz faz bastante sentido.
— Sabia que você iria. — disse e deu uma piscadinha.
— Babaca. — falei rindo.
— Vou passar em casa e já, já tô aqui de novo. — disse me dando um beijo na testa e saindo.
Como consegue ser tão idiota e fofo ao mesmo tempo? Isso me lembra alguém... opaaaa!
Arrumei uma bolsa com as coisas que precisaria e fui para a sala, escutei de longe um chorinho e sorri, talvez o choro de um bebê incomode muitas pessoas e não sei o amanhã mas no hoje, eu estou curtindo muito ouvir esse chorinho, poxa, é o primeiro som do bebê! Isso não é fofo? Claro que é!
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A Escolha Certa
RomanceSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...