Senti alguém tocar em meu braço.
- Sai daqui, Edu! Sai! - gritei.
- Sou eu. - olhei e quem estava li era o Miguel.
- O que está fazendo aqui? - o encarei.
- Reconheci você de longe, por que está chorando?
Não respondi, apenas o abracei. O abracei forte e ele retribuiu na mesma intensidade.
- Quer que eu te leve para a sua casa?
- Minha mãe está viajando. - respondi entre soluços.
- E não tem mais ninguém? Acho que você não confia tanto em mim ao ponto de contar. - sorriu sem graça e de certa forma, ele estava certo e os motivos são óbvios.
Na minha mente só veio uma pessoa: Felipe.
- Obrigada. - sorri e acariciei seu rosto.
- Não precisa agradecer. - aproximou seu rosto do meu e eu afastei.
- Não...- sussurrei virando o rosto.
- Desculpa. - pediu e eu assenti.
Fomos caminhando até a minha casa, olhei para a casa do Eduardo e ele estava presente, quando me viu, correu.
- Marina! - disse ofegante.
- Miguel, obrigada. - agradeci sorrindo.
- Tudo bem, até mais! - me deu um beijo na bochecha e saiu.
- O que significa isso? - perguntou, Eduardo.
- Custava dizer que não queria mais? - fui direta.
- Você entendeu tudo errado! - exclamou.
- Ah, é? E quem é aquela garota? - ergui a sobrancelha.
- Ela é uma amiga.
- Hum, amiga, claro... - ironizei, erguendo uma sobrancelha e bati o pé. - O que você iria achar se eu estivesse sozinha com um amigo no meu quarto? - fixei meu olhar no dele e ele parecia sem reação.
- Tá, você venceu! - ergueu as mãos em forma de rendição. - Eu errei.
- Ah, jura? - ironizei.
- Olha dentro dos meus olhos. - me encarou e eu olhei. - Acha mesmo que eu teria coragem de te trair?
Eu olhei firmemente em seus olhos e ele não desviou o olhar em nenhum momento, eu via tanta sinceridade. Ele não estava nervoso ou algo do tipo, estava muito calmo o que só comprova que ele não cometeu tal ato.
- Eu fiquei com medo. - cruzei os braços e abaixei a cabeça.
- De que? - levantou meu rosto e se aproximou.
- Você está estranho comigo e parece que todo mundo sabe o porquê, menos eu! - não pude evitar a maldita lágrima.
- Nós precisamos conversar.
- Ah, é agora...- desviei o olhar.
- O que é agora?
- Vai terminar comigo, não é mesmo?
- O que você tem? Tá chapada? - tocou no meu rosto.
- Não se faça de desentendido! O que quer falar comigo? Se quiser terminar, tudo bem, pode ir! Eu não vou correr atrás, eu vou su...- fui interrompida com um beijo.
- Relaxa! - pediu erguendo as sobrancelhas.
- Tudo bem...- respirei fundo.- O que é?
- Me chamaram para participar de um campeonato de surf! - exclamou e eu sorri.

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A Escolha Certa
RomanceSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...