Os dias se passavam e a minha angústia por não receber uma resposta do Eduardo me matava lentamente. Felipe havia entregado a "carta" fazia três dias e nada de respostas, eu precisava de respostas! Nem que fosse um não, isso não era o que importava no momento e sim, o fato dele não ter um pingo de consideração pára comigo.— Nada? — indagou, Gabriel na porta do meu quarto.
— Nada. — respondi sentindo um aperto forte no peito.
— Não acha que está passando da hora de seguir em frente?
— Eu já estou seguindo.
— Presa há um amor do passado? É isso que você chama de seguir em frente?
— Eu não sei o que eu faço, as lembranças me torturam demais!
— São só lembranças.
— Nunca são só lembranças. — o olhei e ele me encarava como se quisesse contar algo.
— Talvez seja.
— O que aconteceu?
— Como assim?
— Você quer me contar algo, eu te conheço.
— Pelo visto, não conhece.
— Por que está dizendo isso?
— Porque eu preciso te contar algo mas não quero.
— Ah é? E por que não quer?
— Odeio te ver sofrendo.
— E eu amo ver a sua preocupação comigo. — o abracei de lado e dei um beijo em sua bochecha.
— Se eu te mostrar, promete não chorar? — me olhou com dúvida e eu retribui o olhar.
— Não prometo nada. — ergui a sobrancelha.
— Mas ainda sim, quero que veja. — afirmou me entregando seu celular.
Sabe aquele momento em que você vê algo que não te agrada e parece que o tempo para? Foi o que aconteceu comigo. Era uma foto do Eduardo beijando outra! Será que foi por isso que ele não me respondeu? Ou melhor, tenho certeza que foi por isso. Ele havia me esquecido bem rápido! E pensar que me culpei por ele ter achado que eu gostasse do Miguel! Burra, burra, burra e burra! Ele não podia ter feito isso mas esse era o sinal que eu precisava. Já parei muito a minha vida, estava sempre falando que iria seguir mas nunca seguia porque uma esperança gritava dentro de mim que ele voltaria, sinto que essa esperança acabou de morrer definitivamente.
— Como está se sentindo? — questionou, Gabriel me despertando.
— Ótima! — respondi e dei o meu melhor sorriso.
Nada de lágrimas, não dessa vez.
— É sério? — duvidou.
— Claro, por que eu não estaria? Eu insiti, acho que mais do que eu, você sabe o quanto eu insisti e não deu em nada, então é bola para frente até porque para trás só rola gol contra! — ironizei e pisquei.
— Pelo visto, uma nova Marina surgiu e confesso, gosto mais dessa viu. — piscou e eu ri.
— É, eu também. — afirmei.
— Ficou até sexy falando que gol para trás é contra. — brincou.
— Você é muito bobo. — ri balançando a cabeça negativamente.
— Sábado, festa na minha casa às 20 horas. — afirmou erguendo uma sobrancelha.
— Eu topo! — exclamei e ele me olhou sério.
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A Escolha Certa
RomanceSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...