Henrique estava só de toalha e Laura nem presente estava.
- Ah, não acredito! - bufei.
- Mari, a Laura está com enjoo. - disse, Henrique e eu me senti uma idiota.
- Sério? Onde ela está? - perguntei apreensiva.
- No banho. - tentou responder calmamente.
- E agora? - o encarei.
- O médico disse que é normal. - deu de ombros.
- É, deve ser. - concordei.
- Pois é, mas se divirtam! - simulou um sorriso.
- Mas eu não vou. - o encarei.
- Vai sim, já fiz as reservas. - retrucou.
- Como vamos comemorar a novidade sem a novidade? - ele riu e eu permaneci o encarando.
- É melhor vocês irem, é só um jantar não precisa ter a novidade.
- Tá bom. - revirei os olhos.
Voltei pra sala e Gabriel estava jogado no sofá.
- Demorou. - se levantou.
- Eles não vão mais. - avisei cruzando os braços.
- Então já era?
- Vamos só nós mesmo.
- Beleza então, vamos?
O segui até seu carro, onde Fernando estava presente e sorriu pra mim.
- Oi. - sorri.
- E aí, Gabriel me contou...
- Contou o que? - olhei para o Gabriel.
- Que vocês tem se dado muito bem.
- Ah, é verdade.
Ao chegarmos no restaurante, todos já estavam presentes.
- Cadê a principal? - indagou, Gabriela olhando para os lados.
- Está com enjoo e não pôde vir.
- E o que estamos fazendo aqui?
- Henrique disse para nós jantarmos normalmente. - dei de ombros.
Durante o jantar, Gabriel não parava de olhar para Júlia que me olhava com um ponto de interrogação na testa, fiz sinal de que explicava depois. Havia um clima estranho entre nós, parecia que eles sabiam algo que eu não sabia, pode ser nóia, mas eu estava sentindo isso. Prova disso é que o jantar todo foi em silêncio, pareciam que evitam falar por medo de falar demais. Aquilo me incomodou e muito. Comecei há encarar todos.
- O que você tem? - indagou, Murilo.
- Não, nada. - ergui a sobrancelha e mordi o lábio inferior.
Por fim, Murilo foi deixar Gabriela em casa e aproveitei para ir junto.
A casa estava silenciosa demais. Fui até o quarto do Eduardo, abri a porta e o vi com uma garota! UMA GAROTA!
- Respira, respira! - sussurrei pra mim mesma enquanto via aquela cena.
Eu sei, eles não estavam se beijando, nem nada, mas ele estava ali sozinho com ela e no quarto! Quem garante que ele não a beijou antes?
- Marina. - Eduardo me olhou.
- É... tchau. - foi a única coisa que consegui dizer antes de bater a porta com força.
Sai correndo, corri muito até chegar ao porque, onde caí na entrada e ali mesmo, eu fiquei. Eu não estava entendendo nada. Uma hora, tudo fica ótimo, depois duvidoso e logo depois, um lixo!
- Pai, por que o senhor teve que partir? - chorei.
Pode parecer estranho, mas desde que meu pai se foi, sempre que sofro ponho culpa na partida dele, parece que assim fico mais leve, mas dessa vez não deu certo. Acho que a dor da traição não passa tão rápido.
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A Escolha Certa
RomantiekSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...