Fomos para o apê na mais perfeita paz e alegria, Gabriel foi dirigindo o carro de Henrique que, optou ir atrás babando na Laura. Eles estavam tão felizes! Eu, realmente, achei que Henrique ia reagir mal, mas ele nos surpreendeu. Horas atrás, se me dissessem que ele ia ser pai, eu não iria acreditar e ia rir muito, mas agora estou feliz por ele! Mais uma evolução para os dois.
Chegamos e o apê estava do mesmo jeito, acredita? Sim, Miguel, Murilo e Gabriela ainda estavam jogados no tapete da sala. Olhei para o Gabriel que me entendeu perfeitamente, até estranhei ele ter entendido, mas entendeu. Colocamos um sertanejo dos bons para tocar!
Miguel levantou em um pulo ao ouvir a música e me encarou, realmente bravo e eu ri, Gabriela despertou aos poucos e Murilo continuava dormindo. Me joguei em cima dele que se assustou e me jogou longe.
- Meu Deus! - exclamei rindo.
- Está tudo bem? - perguntou, Gabriel se aproximando e me estendendo a mão.
- Sim, está. - respondi rindo e segurei em sua mão que me puxou, me levantando.
- É de família...- disse, Henrique e eu continuei rindo.
- Realmente. - concordei.
Eduardo chegou minutos depois e estava bem estranho. Contei para ele sobre a novidade, ele parabenizou Henrique e Laura, mas ainda sim, continuou quieto.
- Ei, vamos ali. - o puxei para o quarto.
- O que houve?
- Eu é quem te pergunto.
- Ah, você notou...- sussurrou.
- Como não? Você está quieto, o que convenhamos, não é nada normal. - o encarei.
- Nada demais.
- Se não é nada demais por que está te afetando tanto?
- Nossa, Marina! Você complica. - riu e eu o encarei.
- Não vai me contar?
- Eu tô precisando esquecer. - desviou o olhar.
- Vem cá, seja lá o que for, vai passar. - o abracei.
- É, assim eu espero. - sussurrou ao aconchegar seu rosto em meu pescoço.
À noite, decidimos ir jantar fora para comemorar a novidade. Os pais do Henrique viriam no final de semana, mas Henrique já estava tranquilo, afinal, é ele quem toca a vida dele mesmo.
Às 20h, eu estava na sala esperando Henrique e Laura terminarem de se arrumar. Sim, eu fiquei pronta antes deles. Eduardo não iria conosco, o que eu estranhei muito. Ele parece estar se afastando de todos, inclusive, de mim. Como uma pessoa muda do dia pra noite? Será que ele já não sente mais o mesmo e prefere se manter afastado? Se bem que nesse caso, seria mais correto ele terminar.
Calei meus pensamentos ao notar que alguém batia na porta. Ao abrir, vi que era o Gabriel e ele parecia estar bem animado.
- Oi! Você está linda, é, que horas vamos mesmo? Eu cheguei adiantado? Nossa, que correria, é que eu fui buscar o Fernando no aeroporto...- ele falava com tanta pressa que parecia ter vindo de uma maratona.
- Calma. - pedi rindo.
- O que? Eu estou calmo! - reclamou e eu ri.
- Não, não está.
- E então?
- Eu que te pergunto isso.
- Vem cá. - me puxou para fora.
- O que?
- Eu confio muito em você, então...- o interrompi.
- De quem você está afim? - fui direta e ele riu.
- Está tão na cara assim?
- Sim, está. - rimos.
- É da Júlia... ela vai hoje, não é?
- Sim, ela vai. - confirmei.
- Ela não vai nenhum pouco com a minha cara. - fez careta.
- O que você fez pra ela? Realmente, ela não te suporta. - ri e ele permaneceu sério.
- Ela tem essa sisma comigo desde que eu dei um fora nela. - seus olhos semicerrados fixaram-se nos meus como se pedisse ajuda e por conta do nervosismo, balançava a cabeça freneticamente.
- Calma. - pedi.
- Você tem essa mania escrota, não é? - ergueu a sobrancelha, me encarando.
- Que mania? - estranhei.
- Essa de pedir calma.
- Por que isso seria uma mania escrota?
- Porque não dá pra ter calma...- deu uma pausa. - Nunca dá.
- Quando se é uma pessoa equilibrada, dá sim. - retruquei.
- Então foi mal aí, mas você tem um amigo completamente desequilibrado. - ergueu as duas sobrancelhas e eu ri.
- Tá...- respirei fundo. - Vou te ajudar, só tem um probleminha.- fechei um dos olhos, fazendo careta.
- E qual seria?
- Acho que ela está afim do Alex.
- Quem é esse cara?
- O meu ex.
- Nossa, por que você o trouxe pra cá? - parecia desanimar.
- Não é minha culpa se você deu um fora na garota e agora está todo apaixonadinho. - revirei meus olhos.
- Vamos brigar, é isso? - franziu a testa.
- Espero que não. - confessei.
- Você parece não estar muito bem também, algo com a Laura?
- Ela está ótima...- desviei o olhar.
- Pelo visto, é o Eduardo. - afirmei com a cabeça. - O que houve dessa vez?
- Acho que ele vai terminar comigo.
- Por que acha isso?
- Ele está se afastando, acho que não gosta mais de mim.
- Mano, ele fuzila com os olhos qualquer um que chegue perto de você ou até mesmo que te olhe sem nenhuma intenção e acho que só não fuzila literalmente, por você estar por perto, então para de nóia e tenha uma conversa com ele, não complica, não. - franziu a testa e eu sorri.
- Obrigada. - dei um tapa em seu braço e ele me encarou.
- Obrigada nada, cinquenta conto ou tá achando que sou psicólogo de graça?
- Como você é besta. - rimos e ele me abraçou.
- Tenho certeza que ele te ama. - deu um beijo na minha cabeça.
- E tenho certeza que você vai conquistá-la, afinal, você tem um perfume melhor que o do Alex. - zombei e ele riu.
- Fazer o que. - ergueu uma sobrancelha enquanto ageitava a gola de sua camisa.
- Carambaa! - exclamei.
- O que?
- LAURA E HENRIQUE, ESPERO QUE ESTEJAM PRONTOS! - gritei e não ouvi nada como resposta.
- Estranho.
- Pois é, vou ver o que houve. - avisei.
Bati na porta e ninguém respondeu, então eu mesma abri.
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A Escolha Certa
RomanceSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...