Marina - Capítulo 74

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Entrei no carro do Gabriel e não demorou muito para que nós partíssemos.

— Não vai me perguntar o que aconteceu? — indaguei confusa.

— Para você me fuzilar logo depois? — ironizou.

— Olha, vou fingir que você não me chamou de grossa. — afirmei, ligando o som.

— Mas eu chamei sim. — retrucou.

— Você é muito idiota. — revirei meus olhos.

— E você é muito ciumenta. — disse dando ênfase no "muito".

— Sou mesmo, ninguém mandou ele dizer que é apaixonado por mim e depois ficar com aquela lá. — reclamei, cruzando os braços.

— Ei, eu estava falando de mim! — exclamou e eu fiquei sem entender.

— Como assim? — indaguei, o olhando.

— Me viu com a mina e saiu me puxando...— explicou e eu ri.

— Desculpa, depois você liga pra ela. — pisquei.

— Duvido se vai me atender, você parecia uma namorada estérica! — exclamou gargalhando.

— Desculpa de novo. — pedi e não consegui segurar o riso.

— Então, está afim do Miguel?

— Talvez.

— Acho que está.

— Você não tem que achar nada, querido.

— Uhhh, desculpa aí. — disse erguendo as mãos.

— Tá doido? Não tira as mãos daí não! — exclamei colocando suas mãos novamente no volante.

— Mas eu acho que está afim do Miguel. — continuou e eu aumentei o volume do som.

Sério que tinha que tocar essa música?

— Ei, já parei, foi só brincadeira. — disse pousando uma mão sobre minha coxa enquanto mantinha a outra no volante.

— Estou chorando com saudade daquele idiota. — sussurrei abaixando a cabeça.

— Você estava agorinha com ciúme do Miguel. — disse estranhando.

— Não precisa jogar na minha cara o quanto eu sou perturbada. — cruzei os braços e desliguei o som.

— Sugiro que fique com o Miguel.

— Deixa ele lá com a Fernanda.

— Quer que eu passe o dia com você?

— De novo? — brinquei.

— Nossa, já enjoou? — questionou fazendo biquinho.

— Tô estranhando como é que você não enjoou. — rimos.

Passei o restante do dia com o Gabriel que fez questão de ir no mercado comprar sorvete enquanto eu pedia pizzas para comemorarmoso o fato de estarmos indo para a faculdade.

— Você gosta desse sorvete aí? — questionou, Gabriel fazendo careta para o meu sorvete.

— Não gostava até ontem...— lembrei e ri.

— Como assim? — indagou confuso.

— A Laura estava com desejo de sorvete de pistache, fomos na sorveteria só que não adiantou, aí fomos para o mercado e compramos um pote, por fim, ela não conseguia tomar tudo sozinha e eu ajudei, confesso que é gostosinho. — contei e ele riu.

A Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora