Acordei com o sol vindo de encontro ao meu rosto, olhei ao redor e vi que estava no hospital. Droga, o que foi dessa vez?!
- Bom dia! - disse uma enfermeira, surpresa.
- Nem tão bom assim, não é mesmo. - forcei um sorriso.
- Vou chamar o Dr. - se retirou.
Não entendo como vim parar aqui...
- Acordou! - disse o Eduardo, entrando com tudo no quarto.
- Edu! - sorri e abri os braços.
- Você tem que parar de me dar tanto susto! - me abraçou e eu retribui com todas as minhas forças.
- Mas o que aconteceu?
- Não lembra de nada?
- Sinceramente, não.
- Você simplesmente desmaiou.
- Simplesmente desmaiei? Como assim?
- O médico está fazendo alguns exames pra tentar descobrir o que você tem. - acariciou o meu rosto.
- Mas eu tenho que ir embora. - lembrei da festa que já havia remarcado.
- Não, você não vai. - me encarou.
- Você não entende! - exclamei brava.
- Talvez não entenda mesmo, mas quem tem que entender algo aqui é você, sabe há quantos dias você estava desacordada? - fiz que não com a cabeça. - Há dez dias! - exclamou e eu arregalei meus olhos. - Está tendo um pouco de noção sobre a gravidade da situação? - permaneci calada. - Então, não discuta comigo, apenas faça o que é melhor pra você. - segurou fortemente a minha mão.
- O que será que eu tenho?
- Não sei, mas seja o que for, vamos resolver. - sorriu, transmitindo uma calma fora do normal.
- E se eu morrer? - desviei o olhar pro nada.
- Eu fiquei dois meses desacordado e você colocou fé que eu acordaria, então agora coloque fé em si mesma, pode ser? - fiz que sim com a cabeça.
- Como foi lá com o seu avô? - perguntei.
- Foi péssimo, ele faleceu no mesmo dia. - desviou o olhar, limpando uma lágrima rapidamente.
- Vem cá. - o abracei e fiquei fazendo carinho em seus cabelos. - Eu sinto muito... muito mesmo.
- Não quero perder mais ninguém! - me apertou em seus braços enquanto fixava seu olhar no meu.
- Tá tudo bem, amor, não vai me perder. - sorri e ele forçou um sorriso. - Não quero um falso, quero um verdadeiro, anda. - exigi e ele sorriu.
- Eu te amo demais! - me beijou e eu retribui com todo meu amor.
- Eu também te amo! - falei entre o beijo.
Eduardo passou o dia comigo, mas sem querer, eu não dei muito assunto, pois estava com a cabeça em outro lugar, não sei o porquê, mas sentia que essa não tinha sido a primeira vez. Minha mãe chegou para que o Eduardo pudesse ir descansar um pouco, ele ainda insistiu em ficar mais, mas ele precisava ir, não era saudável ficar tanto tempo se preocupando só comigo.
- Vem, vou te ajudar a tomar um banho. - disse minha mãe, me segurando pelo braço, me ajudando a caminhar até o banheiro.
- Calma, não sou uma inválida, consigo andar sozinha. - ri e ela continuou séria.
- Não, não consegue. - disse, como se realmente, soubesse.
- Tem algo pra me contar? - ela parecia estar nervosa.
- Não, não tenho. - fechou os olhos e respirou fundo.
- Tem certeza?
- Sim, toma o seu banho, se precisar de algo, é só me chamar. - apenas assenti.
Fui dar um passo em direção ao chuveiro, mas desequilibrei e me apoiei na pia.
- Viu? - perguntou minha mãe para o médico que me olhava surpreso.
- Ajude-a. - disse o médico e se retirou.
- Vem. - disse e me ajudou a tomar banho.
Voltei a vestir a camisola do hospital e sentei na cama, enquanto minha mãe penteava meus cabelos, como se eu tivesse oito anos de idade.
- Ai, minha pequena. - a olhei e seus olhos estavam marejados.
- O que houve? - estranhei sua reação.
- Saudades de quando você era menor. - sorriu em meio as lágrimas.
- Também tenho saudades daquela época, do papai...- sorri ao me lembrar.
Minha mãe passou a noite comigo, o que me surpreendeu, ela realmente está dando um tempo do trabalho. Acabei dormindo, tive uns relances da minha mãe conversando com o médico e ele havia dito algo muito ruim, pois vi as lágrimas escorrer por todo seu rosto. Infelizmente, o sono foi mais forte e me rendi.

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A Escolha Certa
Lãng mạnSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...