Dodô Narrando.
Aquela dona era uma graça, só Jesus na causa viu, vou te falar, querendo ofender minha giromba. Ram.
Depois da graça que fizeram com rla fiquei marcando um tempo com os caras, até que passou um com um tribal massa desenhado no cabelo.
- Ou – Bidu chamou ele – Quem fez esse corte ai? – Perguntou.
- A guria que tá trampando lá no seu Neco.
- Caralho mermão ideia? – Perguntou e o cara assentiu – Vou lá cortar o meu é agora. – Se saiu.
Começou um alvoroço lá elogiando ela e eu fiz foi me sair, nem tava acreditando.
Me despedi dos caras e voltei pro Bangu, Lucas havia me ligado dizendo que tinha um cara querendo entrar para o movimento, eu tinha que ir ver qual era né, num é qualquer um que eu aceito não rapá.
Cheguei na boca e Lucas já estava com o menor lá me esperando. Fiz toque com o Lucas e ele saiu da sala.
- Fala aí, Dodô– Perguntei estendendo minha mão, ele ergueu a sua a apertou a minha.
- Caio – Disse seu nome.
- Quer entrar no movimento por quê? – Me sentei na cadeira de frente para ele, era a cara do Menor da Vg.
- Mano a situação lá em casa tá difícil demais, estamos passando necessidade, meu pai já está meio velho sabe e fica ralando de pedreiro, minha mãe trabalhando na casa do outros passando por humilhação e o mais foda é que eu tenho uma irmã pequena, Sophia, ela às vezes pede um danone um biscoito e não tem, tentei arrumar serviço mais tá difícil nessa crise – Explicou e eu assentia com a cabeça o escutando atento.
- Barril pesado em, então cara, tu quiser mesmo pode entrar como soldado, mas vai ter que ter disposição, que aqui não tem brincadeira nem moleque,, sabe mexer com arma? – Perguntei tirando uma .40 da gaveta e entregando pra ele.
- Sei – Pegou a .40 já checando a munição.
- Atira naquele vaso ali – Apontei para um que estava no canto esquerdo da sala. Ele se virou destravou e arma, posicionou, mirou e acertou.
- Acertei mizeravi – Brincou e eu me mantive sério. – Sei com a M4 também,ali é bom demais – Falou e eu o encarei surpreso.
- Bora ali – Me levantei o chamando, fomos para o galpão de treino, abri o armário peguei uma M4 e entreguei para ele, coloquei uns alvos e ele acertou tudo, moleque era bom.
Voltamos para a boca, o deixei ciente de tudo e chamei Lucas para apresentar o morro para ele, assim que eles saíram abri a gaveta, peguei uma dolinha de maconha, a tirei do saco e a coloquei na mão a dichavando com os dedos mesmo.
Peguei a ceda, coloquei dentro, arrumei e comecei a enrolar, passei a língua na ponta e finalizei. Peguei meu celular e coloquei a música Você Vai Entender do 1Kilo, sou fã demais.
Coloquei fogo no basé e coloquei na boca fumando, prendi e depois soltei, balancei minha cabeça ao som da música e cantarolei.
- Eu me esquivei de todas marteladas, entre todas opções tô na mais arriscada, meus irmãos na luta iluminando cada passo e mesmo quando me sentia só, havia alguém ali, eu peço proteção a todos os meus, ouço reclamações e o mundo continua igual – Cantei
Fiquei ali curtindo o som e o basé até acabar, terminando, joguei a ponta no lixo e me levantei, desci pela cerâmica falsa que dava acesso ao porão, o pessoal ficava aqui em baixo embalando as drogas e fazendo a contagem do dinheiro.
Tanto homem quanto mulher.
Fiz um aceno com a cabeça para o pessoal, me sentei junto do pessoal que estava na contagem de dinheiro e comecei a contar com eles.
Sou apaixonado pelas cédulas, principalmente as de peixe.
Uma mulher espirrou fazendo espalhar a cocaína.
- Não espirra não porra, tá vendo que espalha não? Fora que enche de micóbrios, se não aguenta rala rapá – Falei e ela abaixou a cabeça, cortou até minha onda.
- Desculpa. – Falou baixo.
- Desculpa é o caralho, sabe dos bagulhos e fica nessa – A encarei – Ram, se orienta não pra ver se eu não eu não te coloco para ralar daqui com um cabo de vassoura entre as pernas.
Continuei ali até dar chegar o final da tarde, depois deixei Lucas de olho e fui pra casa na XJ, estacionei e entrei indo direto para o banheiro, tirei a roupa e liguei o chuveiro na água gelada indo pra de baixo dele. Hoje era dia de baile , então tinha que marcar presença, eu passava um fds aqui e outro na CDD, os bailes lá também eram foda, na próxima estou lá.
Saí, nem me dei o trabalho de me secar, coloquei uma cueca box preta, uma calça lavagem clara, blusa preta com o símbolo da Quiksilver branco, calcei um mizuno, penteei o cabelo, coloquei meus ouros, passei o Kaiak Pulso pra ficar cheiroso e pistar as pepecas.
Fui pra cozinha, fiz dois pães com mortadela, aqui é humildade sem chutchara, enchi um copo de coca-cola e lanchei na boa, peguei o celular dando uma verificada, olhei o zap poucas mensagens, não sou de dar meu número pra quase ninguém o que eu passo para as gurias é outro, que eu quase nunca nem vejo, só vejo quando estou naquela necessidade, que é algo raro.
Terminei, fui ao banheiro escovei os dentes, peguei a chave da BMW, entrei, liguei o som e pisei o pé no acelerador.
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Amor Marginal
Teen FictionRespirando mágoas de uma outra dor, do nosso caso imoral. Para calar o sexo mais banal, pra virar poesia. Desse amor, desse amor marginal eu vou. Plágio é crime, eu denuncio e ainda faço um barraco.