Capítulo 67

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Bia Narrando.

Essas malandras assanhadinha. Que só quer vrau, só quer vrau. Só quer vrau, vrau, vrau. Vem pra favela ficar doidinha. Então, vem sentando aqui.

- Senta aqui, senta aqui, senta aqui, senta aqui, vai - Coloquei a mão no joelho e fui balançando a raba até o chão.

Havia acabado de chegar no baile, vim de casa, fui direto no bar, peguei uma vodka com energético, estava indo para o camarote quando vi uma oferecida dançando para Dodô, bem de frente pra ele, ele estava todo largado, só de olho, nem me viu.

Mas ele vai me ver, bem linda e bela, voltei para a pista e continuei a dançar.

To doido para te comer, mas antes vou perguntar. Posso te empurrar, posso, posso te empurrar.

Olhei de relance e ele estava na grade, no mínimo já tinha me visto, continuei de costas para lá, abaixei bem até colocar uma mão em cada tornozelo, fui subindo a mão enquanto balançava minha bunda, quando cheguei com minhas mãos em minha bunda, joguei o cabelo e dei aquela rebolada marota ainda quiquei no chão e subi fazendo o quadradinho.

- Se liga, patrão tá chamando. - Falou um soldado chegando do meu lado.

- Como? - Perguntei me aproximando.

- Patrão tá te chamando dona. - Me fingi e aproximei mais nossos rostos até sua boca está em minha orelha.

- Repete que eu não ouvi direito por conta do som - Falei sorrindo para Dodô ter a impressão de que nós estavamos em um papo bom, ele repetiu e eu assenti com a cabeça me afastando.

Banquei a mona monga e continuei dançando, quando a bexiga apertou fui ao banheiro, encarei aquela fila enorme, quando entrei tranquei e fiz aquele maravilhoso xixi, tem mona que senta no vaso, eu não sento nem que me pague, nunca se sabe o que as manas tem na xana.

Quando estava terminando a porta é aberta, xixi cortou na hora, me vesti num pulo, Dodô entrou e a trancou, quando se virou veio com tudo pra cima de mim, me empurrando na parede, bati as costas grunhindo de dor.

Fiquei só o ódio, desci um murro em seu peitoral o fazendo recuar para trás.

- Tú é doida filha da puta, tava dando mole pro cara da tropa no meu baile porra, desgraçada - Falou vindo pra cima de novo, já armei outro soco.

- Você respeita minha mãe. - Apontei o dedo na cara dele - Ah quer dizer que você pode ficar dando mole pra puta é? Que lindo - Debochei e bati palmas - Depois quer bancar o brabo quando digo que só temos um lance. - Mandei a real.

- Ta mandada é porra? Papo de mina maluca. - Gargalhei.

- O homem quando tá no erro sempre chama a mulher de louca. No dia que eu enlouquecer de verdade, não tem Dodô que segura viu - Falei, em um ato rapido ele se aproximou, segurou meu rosto e iniciou um beijo.

- Tú fica gostosa demais com raiva, na moral - Disse quando nos afastamos. - Tú é uma maldita mermo, colfoi cara, me deixou pertubado das ideas, ram.

- Eu ia subir, quando cheguei tinha uma mona se oferecendo e tu de olho, arrumei logo um jeito de tu me olhar.

- Desgraçada mermo véi.

Estavam praticamente quebrando a porta de tanto bater, Dodô destrancou e abriu, quando viram ele, abriram maior olhão.

- Quebra essa porra que eu penduro vocês nessa desgraça de cabeça pra baixo pra substituir, to ligado que cachorra mija no chão. - Fechou a porta de novo e se virou pra mim. - Chega mais - Me aproximei, ele enfiou a mão no bolso e tirou de lá dois anéis, o encarei nervosa.

Pegou minha mão e colocou um deles no meu dedo mindinho, me entregou outro anel e coloquei no seu mindinho também, meu coração faltava sair pela boca.

- Vou dar papo longo não. Nois pode até ter um lance, mas um lance serio maldita.

- Ah nem acredito que um ogro igual tú tem sentimentos - Falei e recebi um tapa na testa. 

- Colfoi, tá tirando no bagulho - Gargalhei e o abracei, selando nossos lábios

- Eu gosto de você meu bem - Falei e ele sorriu, pulei em seu colo e iniciei um beijo. 

Paramos por falta de ar, desci de seu colo e segurei sua mão sorrindo. 

- Porque no mindinho? - Perguntei olhando o anel de prata.

- Nois não pode dar mole no bagulho e deixar as coisas na cara ta ligada, tem altos pau no cu de olho. Olhei na net e no mindinho tem envolvência com relacionamento.

- Relacionamento, minha gente, to chique demais.

- Bora que agora eu quero ver você dançando pra mim. - Abriu a porta do banheiro e nós saímos, muitas mona curiosas e eu sorrindo para a cara delas.

Subimos para o camarote e passamos o resto da noite e a madrugada só na sucessagem, depois fomos para a casa dele e passamos o resto do dia só fazendo o que fazemos de melhor.

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