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Bia Narrando.
Mais um dia de serviço, pela manhã seguiu tudo tranquilo. Hoje iria almoçar na casa dos meus pais, fazia uma semana que eu não ia lá e minha mãe vivia me mandando mensagem dizendo que eu havia abandonado ela.
- Ô de casa – Falei entrando com o refrigerante em mãos.
- Minha filha – Falou vindo até mim, me abraçando e eu dei um beijo em seu rosto. – Finalmente achou um tempo para vir me ver. – Andou em direção a cozinha e eu segui ela.
- Oh mãe, até parece que tem um ano que não venho aqui – Coloquei o refrigerante na geladeira e ajudei minha mãe a arrumar a mesa.
Estávamos nos servindo quando meu pai chegou.
- Oi pai – Falei.
- Oi – Respondeu seco. Meu pai não estava muito alegre pelo fato de eu ter reatado com Rodolfo depois do que eu passei, mal falava comigo. Eu entendia o lado dele, mas é como minha mãe diz, eu já sou adulta e vacinada, eu faço minhas decisões e arco com elas.
- E como está seu namorido? – Minha mãe perguntou enquanto almoçávamos.
- Está bem mãe, nós também estamos bem, graças a Deus.
- Até ele te colocar em outra furada – Meu pai resmungou.
- O senhor vai ficar remoendo essa história até quando pai? – Perguntei o encarando.
- Até quando você se livrar desse cara.
- Sinto em lhe dizer que isso não vai acontecer. Eu entendo que o senhor se preocupa comigo e teme que algo pior aconteça, mas o senhor tem que entender, que eu já sou capaz de decidir o que eu quero ou não para minha vida, o senhor goste ou não. Eu decidi voltar com ele sim, porque ele nunca escondeu de mim que eu correria risco, e eu aceitei e aceito passar risco, porque encontrei alguém, que independente da vida que leva, me respeita e me ama e eu o amo. Ou o senhor esqueceu o que aquele engomadinho fez comigo? Chegou bancando o bom moço e no final me deixou na cama de um hospital em coma propositalmente. Me desculpe pai, mas entre um engomadinho e um favela, eu sou favela. E se o senhor quiser culpar alguém, me culpe, porque fui eu quem escolhi ficar com ele. – Me levantei segurando meu prato indo em direção da pia para o lavar, quando terminei, sequei minhas mãos e parei ao lado da minha mãe.
- Já vou viu – Falei e ela assentiu – Amo você – Beijei a testa dela, fui até meu pai e também beijei sua testa – Amo você. – Peguei as chaves do carro, saí da casa de meus pais, entrei nele e dei partida para retornar ao serviço.
(...)
- Pô vida, que barra em - Dodô falou após eu falar para ele do acontecimento com meu pai.
Eu estava banhando quando ele chegou e ele aproveitou e chegou junto.
- É mais já passou, uma hora ele toma tento - Falei e Dodô sorriu.
- Quer dizer que prefere um favela é - Falou dando um beijo em meu pescoço.
- Um favela não meu amor, a favela. - Pirracei - To fazendo amor com a favela toda, mas meu coração, vai ser pra sempre seu - Cantei e ele já fechou a cara e eu sorri.
- Tá fazendo porra nenhuma mermão, colfoi parceira, tá tirando, ram - Enrolou meu cabelo na sua mão e puxou.
- Tu sabe que é brincadeira e mesmo assim fica nervoso cara - Falei sorrindo.
Terminamos o banho e deitamos na cama para assistir um filme, era até legalzinho.
- Ih alá a cria - Falou sorrindo - Povo é maluco pô, deixa o moleque sozinho.
- Isso se chama irresponsabilidade meu bem.
- Nós nunca bateu um lero de bagulho de filho né - Falou e eu o encarei.
- Eu nem sei se quero ter filho - Falei sincera.
- Nem eu pô, papo reto.
- Nós somos adultos, conseguimos superar as coisas com mais facilidade. Já pensou, eu ter um herdeiro teu e o pessoal botar o olho, maldar, vir na covardia, pegar meu filho e judiar - Pensei alto. - Vou querer bancar a justiceira e matar todo mundo.
- É isso que eu penso ta ligada, ter filho não é moleza não pô, ainda mais sendo trafica, os bico cresce o olho mermo, são tudo covarde po, vão agir na maldade cabuloso, nois vamos ter que privar a cria de altas coisas e eu não curto esses bagulhos. Se for pra ter um filho pra ele nascer e sofrer por minhas escolhas, quero não pô. Quem sabe um dia eu saia dessa vida, aí sim nós constrói uma família.
- Por enquanto a gente vai treinando - Falei subindo em cima dele.
- Cachorra - Deu um tapa na lateral da minha perna, me fazendo soltar um gritinho.
Me abaixei e chupei seus lábios o fazendo sorrir de lado e entrelaçar sua mão em meu cabelo. Rebolei em seu colo e ele arfou.
(...)
- To numa fome da porra - Falou passando a mão na barriga.
- Ué, acabou de comer - Brinquei.
- Tu ta ligada do que eu me referi po, vai lá fazer um rango dahora pá nois, vai vida. - Selou nossos lábios.
- Pedindo assim - Falei me levantando.
- Ou ou ou - Falou rápido, me virei e ele jogou uma blusa sua em mim - Bota essa porra pô, tá maluca, tem moleque fazendo ronda aí.
Vesti a blusa e dei língua pra ele.
- Passa a língua aqui - Falou apertando seu pênis, acho um tesão quando ele faz isso, neguei com a cabeça indo em direção a cozinha logo.
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Oi mores.
Estamos próximo do fim 💔
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Amor Marginal
Teen FictionRespirando mágoas de uma outra dor, do nosso caso imoral. Para calar o sexo mais banal, pra virar poesia. Desse amor, desse amor marginal eu vou. Plágio é crime, eu denuncio e ainda faço um barraco.