Dodô Narrando.
Tinha saído de missão, tava faltando adrenalina no bagulho e eu armei um roubo ao carro forte.
Convoquei só os brabo e fomos, ganhamo fácil, voltamos pro morro no pique, muita grana pro bolso, só sucesso fiel.
Pereira havia ficado no comando era o único que eu confiava pra ficar no posto.
O furdunço acabou na hora que passaram o rádio que tava tendo invasão. Lembrei da Bia na hora fi, dona ficou dormindo, mandei o motora meter o pé.
Passamo que nem bala pela entrada, na hora que desci da van e vi meus soldados tudo morto em frente de casa, aloprei cabuloso.
Entrei e tudo tava quebrado, procurei Bia por todo o canto e ela não tava, só podia ser gastação po, tinha que ser, tava certo não, podia não, montei na xj e voei pra boca.
- Cadê ela? - Encarei Pereira, gelou na hora, o peguei pela gola da blusa e levantei.- Que eu te falei arrombado? - Desci murro sem dó, o melaço escorreu na certa. - Eu te falei desgraça, eu falei pa tu que a mina era prioridade porra, - Soltei ele e ele limpou o nariz. Tava nervosão po, meti a bica(chute) nele - Pau no cú arrombado, vacilão do caralho.
Passava a mão no rosto o tempo todo e negava com a cabeça. Ele sabia que tava no erro, sabia po, eu havia dado o papo caralho.
- Faz teus corres ladrão e acho bom tu achar ela, se não tu ta morto. - Ele assentiu com a cabeça saindo.
Peguei o celular e avisei Lorena. Quebrei os bagulhos da boca tudo, tava só o ódio, virado no samurai.
- Os canas levaram ela - Pereira chegou dando o papo.
- Eu não quero saber quem foi desgraça, eu quero ela seu filha da puta - Gritei e ele se saiu de novo.
Ela não tava bem não po, os canas iam surrar ela até descobrir algo. O foda é que ela não sabia porra nenhuma, ela nunca quis po e eu até achava massa, mas agora não sei se é bom ou ruim. E isso me deixava louco das ideias.
Tinha que botar a mente pra funcionar, tinha que agir porra, tava foda de foder mermo.
- Orelha, rastreia o celular da Bia. - Chamei no rádio.
- Tá na tua casa patrão - Respondeu em menos de um minutos, respirei fundo e apoiei as mãos na cabeça, depois de um tempo desci pra endola.
- Rala - Geral saiu pianinho. Fiz 5 carreiras e cheirei, cocei o nariz e fechei os olhos. - Orelha, visa o mandante da invasão. - rádio.
- O Paiva chefe. - Tinha que ser esse desgraçado.
Pé de bota imundo, lixo, corrupto do caralho. Fazia isso só para arrancar grana, desgraçado.
Ouvi passos e já mirei a M1 na reta, era Pereira com um celular na mão, moleque tava com o cú na mão e eu achava bom mermo.
- O pé de bota, ligou no celular de um dos moleques que faziam a contenção da tua casa - Estendeu e eu peguei colocando no ouvido.
- Colfoi
- Dodô meu amigo - Era o Paiva, conhecia a voz desse rato de longe.
- Cadê a Bia?
- Ih alá, todo preocupadinho com a vagabunda, olha a tela do celular vagabundo. - Falou e eu olhei, era uma foto de Bia com saco na cabeça, a sacola estava vermelha, eles machucaram minha mulher po, sangue ferveu cabuloso.
- Desgraçado, eu vou te picotar todinho.
- Olha essa boquinha suja em, tá em condições de ameaçar ninguém não vagabundo - Debochou. - Me conta o que essa vagabunda tem de tão valiosa.
- Dá o papo. – Sabia que ele ia pedir grana.
- 200 mil.
- 150.
- Vai dar desfalque patrão - Pereira se meteu e eu peguei a .40, coloquei no automático e disparei em sua reta, sorte que o filha da puta ele correu a tempo.
- Eu falei 200, peba.
- 150, se a mina tivesse intacta eu daria os 200, mas vocês são um bando de pau no cú, desgraçados e covardes do caralho. Daqui uma hora na entrada. – Desliguei.
- Cobra, separa 150 mil, daqui meia hora to constando pra buscar. - Avisei no rádio.
Saí da endola e voltei para a boca, Pereira estava lá de cabeça baixa.
- Ta ligado que o crime não admite falhas – Apontei pra ele, que me encarou e assentiu – Pode se preparar que teu serviço vai dobrar e que tu vai receber só de um turno que do outro tu vai tá pagando pelo teu erro.
Comecei a anotar o novo preço das mercadorias, que iam aumentar e passei para ele ir em todas as bocas informar.
(...)
- Cadê ela? – Perguntei segurando as bolsas na mão. Estava cara a cara com esse safado, ele com a tropa dele e eu com a minha. Não ia pegar esse desgraçado agora, ele está preparado pro confronto, vou pegar quando ele menos tiver esperando.
- Na hora que tu me entregar a grana vagabundo – Falou.
Joguei uma bolsa nos seus pés, ele se abaixou e abriu conferindo.
- Cadê ela – Repeti.
- Joga – Falou no rádio e eu ouvi barulho de carro, ele veio pegou a outra bolsa e no mesmo instante Bia foi jogada do camburão na entrada do morro.
- Tu vai ter o teu filha da puta, vamos bater no teti a teti rapá, de homem - Apontei pra mim - Pra covarde – Apontei pra ele, antes de correr até Bia, a peguei no colo e um dos moleques já veio com o carro, ela estava desacordada, toda machucada, cheia de sangue, porra tava foda pra caralho ver a dona daquele jeito.
Bagulho estranho no peito, na moral, na hora que eu pegar esse desgraçado vai tá fodido, vai sentir na pele como se age na covardia. Chegamos em casa e eu coloquei ela no nosso quarto deitada na cama, peguei uma cadeira e me sentei ao seu lado, palmeando ela.
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Boa tarde povo do watt.
O que acharam?
Como será que bia vai reagir ao acordar.
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Amor Marginal
Teen FictionRespirando mágoas de uma outra dor, do nosso caso imoral. Para calar o sexo mais banal, pra virar poesia. Desse amor, desse amor marginal eu vou. Plágio é crime, eu denuncio e ainda faço um barraco.