Aproveitem que é de graça.***
Bia Narrando.
- Amiga você vacilou e feio, vai pegar um cara que ele falou pra ficar longe no morro dele, teve sorte que ele não deu uns murros nessa tua cara e te deixou roxa. Não que eu apoie ele ter te apertado seu pescoço de galinha, mas ele tinha te avisado e esses casas só falam uma vez - Falou após eu contar o ocorrido, já estávamos em casa.
- É - Falei pensando - Mas eu não tenho nada com ele amigo.
- Do jeito que você é safada, logo mais está la sentando e fazendo carinho no bichinho. So te digo uma coisa se ele te por no nome dele tu tá lascada.
- Deus que me livre, quero distância desse bofe possesso, surtado. - Fiz sinal da cruz. - Mas e você, tava com quem em? - Perguntei mudando de assunto.
- Tava com um bofe aí, a gente fica um tempo mas tudo no sigilo sabe, ele ainda não botou a cara no sol.
- Então ele faz bem em, pra tu ficar nas escondidas, logo você que é depravado.
- Só botadão gostoso, o furebs fica todo frouxo - Respondeu.
- Eca nojento - Respondi batendo em seu braço, passou uma propaganda com Léo Santana dançando. - Oh papacapim dos meus sonhos.
- Esse homem é um sonho de consumo, sortuda é Lore Improta. Os dois devem fazer um ribulisso na cama, queria ser uma mosca pra ver. - Falou assistindo comigo.
- Então, amanhã ainda vamos pro barzinho? - Perguntei o encarando
- Claro. Vamos arrasar naquele lugar amanhã garota, você não tem noção do perigo.
(...)
Hoje é terça-feira, dia de chopp dobrado
Aí que deu tudo errado, nós falamos demais
Sempre a mesma mesa do boteco
Agora qual dos dois foi mais esperto?Amiga, hoje estamos iguais
- Amiga, vira essa dose aqui comigo, sabe o cara que tava sumido, disfarça e não olhe de uma vez, tô vendo outra beijando o seu ex - Cantei apontando para Juliano - Agora é sua vez
- Amiga, por favor vira essa dose aqui comigo, eu também vi o seu ex marido, aquele mesmo que te tirou de casa, tá com outra desfilando na calçada - Cantou apontando pra mim.
- Essa é de botar o chifre no chão e sair arando - Falei tomando um gole da cerveja.
Eu e Juli já estávamos no barzinho, sentando de frente para o outro, pedimos uma torre de chopp e alguns petiscos, estava bem favorável, fazia tempo que não saíamos para ouvir um sertanejo.
- Preparada para amanhã? - Perguntou me encarando.
- O que tem amanhã amigo? - Perguntei confusa.
- Amanhã começa as aulas na faculdade - Caramba eu nem estava lembrando, misericórdia.
- Nossa é verdade, tenho que comprar só umas canetas, tenho uma resma de folhas do fichário.
- Eu já comprei minhas coisas - Falou.
- A mais um semestre - Falei levantando o copo para brindarmos. - E que nós sigamos firmes e fortes até o último.
- A mais um semestre - Repetiu brindando comigo, tomamos um gole. - No dia da formatura, vou triturar todas as provas e jogar elas enquanto eu desço da escada.
- Podíamos fazer um mixer de umas músicas, fazer uma coreografia babado e apresentar sabia. - Sugeriu
- E porque não? - Respondi e ele sorriu, já começamos a conversar sobre os estilos das músicas, roupas e tudo.
Amor, não é segredo entre a gente
Que o meu término é recente
E você tá arrumando o que ela revirou .- Ahhh - Gritei - Vamos dançar - Puxei Juliano pela mão e fomos para a pista, ele dançava muito bem um sertanejo, adorava aquelas giradinhas, ficava sorrindo feito boba e ele me chamando de "besta".
- Ainda não me chame de meu nego, ainda não me chame de bebê, porque era assim que ela me chamava e o apelido carinhoso é mais difícil de esquecer. - Cantamos junto.
- É hoje que eu bebo até cair e se e cair eu continuo bebendo deitada nessa miséria - Falei pegando meu copo e tomando um gole.
Imagine se ele soubesse o que eu faço contigo quando faço amor, eu te faço de laranjinha e chupo você todinha e você gostou.
Pera ai, Dodô disse isso pra mim, agora sei da onde ele tirou isso, safado de uma figa, gostoso também. Nem sei porque to lembrando dele, ainda estou chateada.
Nós sentamos novamente e ficamos conversando, tinha um cara querendo flertar comigo, era bonito até, parecia ser gente boa, mas hoje eu estava tranquila, queria mesmo era curtir com meu amigo. Porque quando vamos pro baile um sempre fica só.
- Vai pro inferno com seu amooooor - Cantei jogando os braços pra cima.
- Deixar de ser pião de ouvir modão, meu violão, não deixo não, não deixo não - Juliano cantou e levantou me puxando para dançar.
- Largar o meu chapéu pra usar gel, meu Deus do céu, não deixo não - Completei.
- Amiga me dá um selinho - Juliano pediu, eu o encarei o estranhando.
- Anda peste, deixe de moage. - Falou e eu selei nossos lábios, ele logo fez cara de nojo - Eca.
- Eca é bosta vai na feira e dá o toba - Retruquei.
- Adoroooo - Falou me girando para finalizar, começamos a sorrir igual doidos enquanto voltávamos para a mesa.
Fomos para casa por volta de meia noite, porque amanhã é dia de trabalhar e estudar. Argh.
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Boa tarde.
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Amor Marginal
Teen FictionRespirando mágoas de uma outra dor, do nosso caso imoral. Para calar o sexo mais banal, pra virar poesia. Desse amor, desse amor marginal eu vou. Plágio é crime, eu denuncio e ainda faço um barraco.