Bia Narrando
- O horizonte me pede pra ir tão longe. Será que eu vou? Ninguém tentou, se as ondas abrirem pra mim de verdade, um dia eu vou saber quem sou - Cantei correndo de braços abertos pela praia.
Quando parei Dodô me encarava de braços cruzados.
- Caralho bicho, tu é louca mermo viu - Falou e eu me aproximei dele.
- Vem cá neném - Falei abrindo os braços.
- Vai me dar de mama vai ? - Perguntou safado e eu assenti com a cabeça piscando pra ele.
Ele veio todo pra frente, abracei ele apertado e senti um beijo em meus cabelos, levei minha mão direita em sua bunda e apertei com força.
- Sai porra - Me empurrou e eu acabei tropecando e caindo de cara na areia. Comecei a fingir um tosse - Deixa de graça, levanta logo po. -Levantei um pouco a cabeça ainda tossindo com o cabelo cobrindo o rosto, estava vendo ele através dos cabelos. - Colfoi Bia - Se abaixou do meu lado.
Aí foi a hora que eu o empurrei o fazendo deitar na areia.
- Tapinha no saco - Dei um tapa em seu escroto e saí correndo.
- Desgraçada - Colocou a mão no local e grunhiu - Corre bicho, na hora que eu te pegar tu ta lascada.
- Vou adorar - Me virei para ele e mordi o lábio.
- Filha da puta.
Tirei o vestido que eu estava ficando apenas de biquíni, por mais que fosse de madrugada, eu estava doida para entrar no mar e nao tinha frescura de água gelada, eu adorava.
Entrei no mar e fui mergulhando para o fundo, quando voltei Dodô já estava do meu lado.
- Ta fudida - Falou passando a mão nos cabelos.
- Estou mesmo, a madrugada passada foi bem babadeira - Falei abraçando ele.
- Ram - Me encarou e passou o braço por minha cintura. Descemos para mergulhar e ele segurou minha cabeça em baixo da água por um tempo.
Quando subi estava quase sem ar, puxei o ar de volta para os pulmões quando procurei Dodô já estava na praia, sentado bolando um para fumar, ele olhou pra minha cara e começou a sorrir.
- Filho duma égua desmamada - Falei dando um tapa nele quando cheguei do seu lado.
Me deitei na areia enquanto ele ficou lá bolando o basé dele, quando acendeu jogou fumaça em minha cara.
- Já reparou que maconha parece cocô de cavalo? - Falei e ele sorriu negando com a cabeça. Aproximou nossos lábios e iniciou um beijo, nossas línguas e lábios se encontravam sem pressa alguma, tomei seu rosto em suas mãos enquanto a mão livre dele foi entrelaçada em meu cabelo com certa força.
- To te curtindo pô, papo reto - Falou quando separamos nossos lábios.
- Também to te curtindo, ta ligado - Falei imitando o jeito dele de falar o fazendo gargalhar.
Dodô olhou para e fechou os olhos em algum lugar.
- Ih, babou o bagulho, os pé de bota tão vindo lá longe, oh desgraça. - Se levantou.
- Tive uma ideia - Falei olhando para trás e me levantando, Dodô me olhou confuso e eu pisquei para ele. - Me dá seu celular - Estendi o celular.
- Colfoi po - Perguntou.
- Ih, anda meu filho vou olhar nada não , deixa de ser besta - Falei colocando a mão no seu bolso e puxando seu celular - Agora se prepara para o show.
Olhei para trás e os policiais estavam mais próximos, respirei fundo e me virei para Dodô o empurrando com força.
- Eu não acredito em uma coisa dessa Douglas, como você pôde? - O empurrei de novo.
- O que eu fiz? Tá maluca garota? - Abriu os braços.
- Você me traiu, seu safado, cafajeste, eu vou matar você - Comecei a esmurrar seu peitoral.
- Devagar porra - Falou baixo - Mas amor eu não fiz nada, para com isso - Continuei esmurrando ele - Para com isso vamos conversar.
- Conversar? Eu não vou conversar com você, sabe o que eu vou fazer? Eu vou cortar o que você chama de pinto. - Gritei apontando o dedo para ele. Olhei disfarçadamente e os policiais se aproximavam da gente. - Eu acho bom você correr, corre o mais rápido que você conseguir. Porque na hora que eu te achar vou fazer picadinho de você.
- Mas amor - Dodô tentou chegar perto de mim.
- Saí daqui agora - Falei o esmurrando novamente e ele saiu correndo.
- Senhora você precisa se acalmar - Falou um dos polícias quando me alcançaram.
- Eu não aguento mais, não é a primeira vez que ele faz isso comigo, eu faço de tudo por ele e pra ele e recebo um belo de um par de chifres. - Choraminguei.
- Um relacionamento onde você mais sofre do que sorri vale mesmo a pena?
- Não. - Falei limpando meu rosto.
- A senhora pode dar um basta nessa relação e acabar com o sofrimento. - Aconselhou
- É verdade. Vocês podem me dar um abraço? - Perguntei e eles assentiram.
Abracei cada um deles e depois me despedi agradecendo, esperei eles se afastarem e fui para o carro do Dodô.
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Oi mores ♡
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Amor Marginal
Teen FictionRespirando mágoas de uma outra dor, do nosso caso imoral. Para calar o sexo mais banal, pra virar poesia. Desse amor, desse amor marginal eu vou. Plágio é crime, eu denuncio e ainda faço um barraco.