Último Capítulo.
Bia Narrando.
Estava tudo muito lindo, decorei tudo com muito amor e carinho, aliás aniversário só se comemora uma vez ao ano, então deve ser bem comemorado. Vic e Lorena vieram me ajudar, foram ainda agora para a casa se arrumar.
Dodô havia saído cedo, mas até agora não havia voltado, liguei ele não atendeu, deve estar resolvendo algum b.o como ele mesmo diz.
Ontem quando deu meia noite ele fez questão de me acordar e me encher de beijos, disse que queria ser o primeiro a me dar os parabéns, de presente me deu uma boa quantia em dinheiro, pois sabe que eu sou enjoada com presente.
Como já estava dando a hora da festa começar, fui tomar banho e me arrumar, depois verifiquei se estava tudo certinho, liguei o som e enchi um copão para dar início.
- Amigaaa – Vic veio correndo e pulou em meu colo. – Toma seu presente – Me entregou e eu sorri e a agradeci.
- Dindinha/Titia toma – Guidson e Nicolas me entregaram junto e logo atrás deles estava Lorena e Caio.
- Parabéns loira, tudo de bom na tua vida – Caio me abraçou.
- Obrigada – Falei retribuindo o abraço.
- Cadê meu parça? – Perguntou sobre Dodô.
- Menino, te dizer que ele saiu cedo e até agora nada – Falei.
- Lucas tá com ele, me mandou mensagem dizendo que estavam terminando algo lá e já estavam vindo – Vic disse voltando com um copo na mão.
- Vou guardar os presentes, fiquem a vontade.
Levei para o quarto e coloquei em cima da cama, quando voltei Dodô estava entrando junto de Lucas.
- Oi amor - Falei me aproximando dele para dar um beijo.- Amor de cú é rola nessa porra - Falou colocando a mão no meu rosto me afastando.
- Ta louco Rodolfo? - Perguntei.
- Colfoi mermo Bia? Tu faz os bagulhos e acha que vai passar batida, sem ninguém descobrir porra? - Meteu serinho e eu fiquei sem entender, ele deve tá gastando com minha cara.
- Tu observou direitinho a validade das tuas mercadorias?
- Tu se faz mermo né porra? Tá achando que eu tô de brincadeira no bagulho porra? Se manca garota, to de gastação nenhuma contigo não cara.
Engoli seco e realmente, eu estava sem entender o que estava acontecendo e isso me dava medo.
- O que eu fiz então Rodolfo? Me diz - Perguntei cruzando os braços e ele gargalhou, de um modo nada legal.
- Tu não sabe mermo o que tu fez ou tá se fazendo? Na moral mermo Bia, vou te dar logo o papo. - Falou se aproximando - Não quero mais tu dizendo pra ninguém, ninguém no bagulho que tu é minha namorada tá ligada, pode esquecer esse bagulho de namorada que tu foi minha um dia, te considerei pra caralho pra tu fazer um bagulho desse comigo. - Meus olhos começaram a lacrimejar na hora, meu coração apertou e eu abaixei a cabeça tentando segurar o choro.
- Eu não acredito que você tá acabando com o dia da minha amiga, você não pode fazer isso - Vic disse vindo braba em nossa direção mas Lucas a puxou e a levou pra dentro de casa.
- Não esquece que eu sei atirar em um pênis - Lorena disse entrando com Caio.
- Só me diz o porquê disso tudo - Falei o encarando.
- Colfoi Lucas, traz o bagulho lá – Falou alto e logo Lucas chegou com um envelope na mão.
- Tu é muito desgraçada véi, quando digo que mulher é obra do chifrudo lá de baixo, ninguém bota fé. Sabe o que tu fez no bagulho? Tu me laçou, botou o malandro pra ficar de quatro mermo por tu no bagulho, essas paradas de amor cabuloso, que eu dizia que tava era correndo. Se liga po, fico maior felizão quando eu acordo e tu tá do lado, quando to longe, tu fica perturbando a mente, fico logo louco pra chegar pa nois ficar junto, do nosso jeito ta ligada. Tú é muito maldita porra, muito maluca, ram – Sorriu de lado – E sabe porque eu não quero mais que tu seja minha namorada? – Falou abrindo o envelope.
- Amiga tá tudo bem? – Vitória perguntou aparecendo na porta, chamando minha atenção, eu assenti com a cabeça e ela sorriu entrando.
Voltei meu olhar para Dodô e ele segurava uma rosa vermelha em mãos (porta alianças), ela estava aberta e dentro duas alianças de ouro, uma cravejada de brilhante e a outra sem. O encarei incrédula e senti meus olhos marejarem novamente.
- Porque a partir de hoje, tu vai passar a ser minha esposa, é isso mermo no bagulho pô – Falou todo sem jeito – E aí? Bora casar?
- Sim – Eu falei pulando em cima dele o enchendo de selinhos, o pessoal começou a bater palmas e a gritar, colocamos as alianças, nos beijamos novamente.
- Minha de fé – Falou e eu sorri deixando uma lágrima escorrer sobre meu rosto.
- Vai ter troco esse susto que tu me deu viu – Falei.
- Porra nenhuma vida, isso não é nem metade do que tu já fez comigo – Falou e era realidade.
Comecei a lembrar de toda nossa história, desde o início, ele gastando com minha cara, eu tirando ele, cada provocação, cada briga, cada beijo, cada carinho, cada cuidado, quando terminei de lembrar estava sorrindo feito boba.
Eu não me arrependo de estar ao lado dele em nenhum segundo sequer, antes de ser traficante, Dodô é homem, pode ter seus deslizes e defeitos, mas ele sabe muito bem como tratar uma mulher e fazê-la feliz e realizada.
-Meu amor, não mais deixes escapar nenhum desejo no teu olhar, de pecados proibidos, esquecidos – Cantou a música que tocava abraçado a mim.
- Respirando mágoas de uma outra dor, do nosso caso imoral – Encostei minha cabeça em seu peito.
- Pra calar o sexo mais banal, pra virar poesia... – Me virou para ele e eu fitei seus olhos e continuei...
- Desse amor, desse Amor Marginal, eu vou.
Fim.
25/07/2018
22 horas e 26 minutos.
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Amor Marginal
Teen FictionRespirando mágoas de uma outra dor, do nosso caso imoral. Para calar o sexo mais banal, pra virar poesia. Desse amor, desse amor marginal eu vou. Plágio é crime, eu denuncio e ainda faço um barraco.