Capítulo 09

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Bia Narrando.

A semana passou correndo e já era sábado, ontem dormi lá na casa de meus pais, voltei pra casa e deixei o carro do lado de fora porque eu iria lavar ele.

Tava mais sujo que pé de criança na lama, credo. Peguei sabão, mangueira, um balde, a bucha e a escova, coloquei um top e um short, prendi o cabelo em um coque e lá vamos nós.

Mas antes, liguei o som do carro, porque arrumar casa e lavar carro sem música é muito sem emoção. Estava tocando um funk bem gostosinho do qual eu desconhecia o nome.

O toque da música era bem envolvente, depois iria procura no Google porque eu já gostei, estava ensaboando o carro e balançando a potranca.

Quando trocou de música e começou Vai Malandra eu não aguentei, tive que parar de lavar o carro pra dançar.

- Vai malandra - Coloquei a mão no joelho e empinei a bunda - Eita louca tu brincando com o bumbum an an - Mexi para cima e para baixo - Tududum - Fiz o quadradinho. - An an

- Eita mais essa bicha arrasa, olha o tamanho dessa melancia que ela tem na bunda - Juliano chegou gritando, o olhei e sorri. - Olha a machaiada te olhando, - Olhei ao redor e de longe estava uma tropinha de homens e no meio dela? Dodô, tudo olhando, vocês ligaram? Nem eu.

Abracei Juliano e ele me tirou do chão, depois foi indo em direção á entrada de casa.

- Vai me ajudar a lavar não? - Perguntei colocando a mão na cintura.

- Eu não, o carro não é meu, não fui eu que sujei, vou descansar minha beleza que acabei de dar uma pimbada. - Falou e entrou dentro de casa, neguei com a cabeça sorrindo, logo terminei de lavar o carro, peguei um pano, sequei e depois fui limpar por dentro, deixei cheirosinho, por fim passei pretinho nos pneus e estava lindo meu bebê.

Peguei os utensílios, travei o carro e entrei dentro de casa.

- Vai tomar banho para eu arrumar esse cabelo - Falou e eu apenas assenti indo em direção ao banheiro, banhei rápido.

- Ai vinhado - Falei reclamando com Juliano que estava puxando meu cabelo com força.

- Cala a boca se não eu queimo sua testa. - Falou - Você também não fica quieta. Mona monga. - Resmungou.

Quando ele terminou me maquiou e eu fui me vestir, coloquei meus acessórios e pedi para ele tirar uma foto para eu atualizar o facebook.

Logo postei e fomos saindo de casa, fomos de moto-táxi, porque como os dois bebem, pra dirigir fica difícil. Era 01 da manhã já quando adentramos o baile, Juninho já chegou dançando e eu o acompanhei, fomos direto para o bar, iríamos fazer o esquenta.

- 4 doses de tequila, por favor. - Juninho pediu e o garçom logo trouxe já acompanhado de limão e sal. Pegamos um copo e viramos, depois chupamos o limão e colocamos o sal na boca.

Fizemos o mesmo com o outro copo, pegamos cada um, uma Skol Beats, pagamos e fomos para a pista dançar.

Atura ou surta.

Começou a música e eu dei um gritinho adoro essa música.

- Vai mulher fica de quatro que chegou a sua hora, essa é a tropa do baile, essa é a tropa da caixa - Juninho cantou.

- Esse é o baile da CDD - A tropa passou, os caras tudo trajado com as armas pra cima.

- Ela vai se jogando na onda do lança, morde a cara que ela tá na moda vai - Cantei colocando a mão no joelho e rebolando a bunda. - Senta na piroca torta - Fui descendo até o chão - Trava a xereca e se joga - Abri e fechei as pernas, quiquei e subi mexendo a bunda para os lados.

- Vou fuder meu teu batalhão com a minha piroca de metal - A tropa passou de novo e dessa vez um deles passou esbarrando em mim enquanto eu dançava, olhei para trás e era Dodô, virei o rosto e fingi nem ter visto.

Continuei dançando, eu já estava zoada da bebida mesmo, depois de um tempo fui no bar pegar mais uma bebida enquanto Juninho estava de rolo com um cara.

- Moço, me vê uma Skol Beats da verde, por favor. -Pedi e coloquei os cotovelos em cima do balcão, quando senti alguém chegar por trás de mim apertando minha cintura, e que aperto em, se aproximou de meu ouvido e sussurrou.

- Como que eu faço para sentir o gosto dessa boca gostosa. - Ah eu reconheço essa voz, coloquei um sorriso no rosto e me virei para ele toda boba.

- Desdenhou tanto e agora quer pegar? - Arqueei a sobrancelha.

- Ah qual foi, esquece isso. - Falou me puxando para ele, tirando o cabelo de meu pescoço para depositar um beijo, me arrepiei por inteiro, não posso negar que mexeu comigo, mas eu não ia dar essa oportunidade a ele.

- Esqueço nada - Falei - Da licença, que eu tenho muito que rebolar a bunda hoje. - Ele respirou fundo e se afastou.

Voltei para a pista e fiquei dançando até Juliano voltar todo amarrotado.

- Menina o boy queria me pegar no banheiro, na hora que vi aquela neca pequena eu saí correndo. - Falou e eu gargalhei - A santa dos 22 centímetros que me defenda viu.

Dançamos muito, parecia até que o mundo ia acabar amanhã, quando fiz um coque em meu cabelo, senti um beijo em meu pescoço me virando para o rapaz, ele estava com um boné aba-reta, era branquinho, pelo pouco que vi seus cabelos eram negros.

Ele abriu um sorriso e se aproximou de meus lábios e sem dizer nada me beijou, um beijo calmo mas com desejo, ele passou sua mão por toda lateral do meu corpo e eu passei a unha em seu braço sorrindo entre o beijo.

Quando terminamos o beijo, pelo ombro dele eu vi Dodô, ele nos encarava e sua feição não estava nada boa.

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Tem mais 1 em, votem e comentem bastante, que mais tarde eu posto.

Cheiro ;*

Amor MarginalOnde histórias criam vida. Descubra agora