Capítulo 65

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Dodô Narrando.

Mermão, mulher louca da porra viu, ram. Como não tinha nada pra fazer em casa.

Constei na boca e Pereira estava lá fazendo a contagem das notas,o olho chega brilhou, gosto é disso, lucro pra caralho.

- Decidiu dar as caras foi cocota. - Falou me encarando.

- Meu pau filha da puta - Apertei e ele mordeu os lábios.

- Adoron - Fez voz fina e eu neguei com a cabeça.

- Qual foi que tava se encubando? Era a dona lá que tava contigo? - Perguntou. - To xonado meu parceiro em, quem diria.

- Papo reto, a dona é maluca demais parceiro . - Coloquei a aba do boné para trás.

- Uma doida e um surtado, só sucessagem meu bom. Fora que nós gosta é das maluca mermo.

- Na moral né - Falei, lembrei dos vacilão que agiram na covardia com o moleque, aproveitei que Pereira estava e bolei o plano com ele.

(...)

Depois do bagulho do Caio, parti para o esquema, tinha avisado Bia mas ela não quis presenciar, achei até melhor.

Se tem uma coisa que não tolero na minha favela é covardia, papo retão! O certo é pelo certo pacero e o errado será sempre cobrado. Se subiu, vai descer, é a lei, pode ser cria, o que for, se der mancada vai ser cobrado sim, independente.

Moleque foi morto na covardia, pilantragem pô, bagulho de preconceito tá por fora, tá ligado? Cada um come do que gosta, dá se quiser paceiro.

Não fecho com isso, não fecho mermo mano. Nem por ser esse bagulho de preconceito, nem por trazer problema pra quebrada!

Quando tú entra, tú tem que tá ciente que um puxa o outro. Se tú fizer merda, num respinga só em tú não, cai pra geral.

O cara faz a cena, chama mídia, mata na covardia na frente da mina e ainda se camufla aqui pensando que vai ser abraçado. Tá enganadão ele, vai descer ligeiro, nadar em uma poça de sangue.

Tá tudo armado já , vai rodar todos cinco na lei do miojo e depois microondas pra aprender como que funciona o sistema.

Já tinha metido k.o neles de promoção, ficaram tudo contente, investi na mentira de verdade. Armei até uma festa pra comemorar e era lá mesmo.

(...)

Fiz questão de montar tudo em um terreno mais isolado lá por cima, pique churrasco, ia ser lá mesmo pacero.

Cerveja a rodo, churras e minha tropona braba. Quem sabia do plano só era os meus, fiz sigilo. Uma surpresa pra galera!

Coloquei o Binho ao meu lado, tava se achando pra caralho, todo se querendo e eu enalteci de verdade.

- Rapaziada? Tenho um papo pra mandar pra vocês. Atenção aí de geral!

Geral ficou calado, todo mundo olhando curioso, quem não calou eu só dei uma olhada pra se ligar e pronto.

- Posso mandar o papo? Então vai, parceiro, Binho? - toquei no ombro dele. - Isso aqui é pra tu- Moleque se achou, vacilão. - Tão ligado que nada é de graça né? Tudo que tú faz, tem volta, se tú agir pelo certo, tú sobe, se não agir, tú desce sem pena. - Geral confirmou. - No meu bloco eu sempre deixei claro, só quero os puros, menor bolado e consciente, que tenha visão e é claro.Não seja pilantra! De resto tô nem aí, cada qual no seu canto, agindo pelo certo e dentro dos mandamentos do comando tá tudo liberado. Se quiser ter uma mulher pode, se quiser ter duas também, pode quatro, quantas tú quiser.Se quiser ser viado, pode também. - geral mandou um "sai fora". - Colfoi? Pode sim pô, geral pode fazer tudo andando pelo certo, mas não pode mermo é fazer o que o Binho e os - Segurei o ombro dele e apontei pras outras cabeças que estavam com ele no dia. Ficaram tudo de olhão, maldaram logo qual seria o proceder.  - Fizeram. Pegaram o moleque que era gay na covardia, o espancaram e ele morreu, e o pior ainda na frente de uma mina. Bando de vacilão do caralho. - Respirei fundo - Tudo isso com medo de assumir que tu gosta de comer cú Binho. Ram . - Geral sorriu da cada dele. - Bagulho é gosto é igual cú. Mas pro meu parcero Binho fica, gosto de cú ne rapaziada?

- Fecha o cerco, ninguém vai sair daqui. Vocês não gostaram de espancar o menor? Agora forma dupla, dá certinho, um vai pancar no outro, quero ver quem é o mais brabo agora.

Foi pau a torto e a direita, geral olhando eles se matando de verdade. Gosto assim, tem que ser de verdade, de maldade coloquei o pau cheio de prego, é pra fuder mesmo.

- Bora binho, bate que nem homem porra. Tú num diz que é homem, não matou o cara pra ninguém ficar sabendo que tú é viado encubado? - Geral deu risada. - Bate caralho - tava cheio de dedos eles pra bater uns nos outros. Chega, para tudo, já que vocês vão ficar nessa agora é geral no Binho, desce o pau nele.

- Colfoi, cara. Colfoi Dodô? Pô mano, pô mano. - Implorou.

- Num adianta chorar não. Tu se fudeu, bora caralho, desce de perna de três nele.

Tomou uma sequência esquema miojo, quase 4 minutos tomando paulada firme sem dó, tava jogado no chão já, arriado.

- Pode parar vocês. - Apontei pros meus soltados. - Leva eles, dá de rajada nos cinco! - E o Binho vai pro microondas, tratamento pra ele é especial. Pois tão ligados que homofobia é crime né?

(...)

- Por favor, colfoi, mano? Pelo amor de Deus, eu tenho família - Binho chorou.

- Deixa a cabeça dele livre, só bota pneu até o pescoço, hein. - Dei ordem.

Os caras armaram o monte um a um por cima dele oprimindo, e ele gritando que nem doido.

Posso mandar o papo reto? Fico viajando esses caras que entram pro tráfico e na hora de morrer vai escândalo, não aguenta.

Porra, pacero é foda. Quando tú entra tú já tem que saber qual o caminho e as consequências. Se tú mata, um dia você vai ser morto também. É a lei do retorno, não falha jamais!

Assim que os caras terminaram de despejar a gasolina nele, eu cheguei junto com um isqueiro na mão. Ele tava tremendo, cara toda amassada e quebrada. Bagulho feião, mas pra gente assim é pouco.

- Tú quer que de cima pra baixo ou de baixo pra cima, encubado? - Gastei com ele.

- Vai... Se... Fuder! - Binho disse com dificuldades e cuspiu na minha cara.

Tive que rir dele na moral, já tá fodido e ainda quer se fuder ainda mais. Comédia, pau no cú do caralho!

- Trás a faca e o álcool aí. - Falei pra um soldado. - Acho que ele ainda não entendeu a brincadeira!

Puxei duas vezes no pescoço dele de leve, nada muito fundo fazendo dois cortes rasos. Sangue espirrou na hora, taquei álcool e ele gritou mais ainda. Deixei arder mesmo enquanto ele urrava de dor e eu observava. De cansado, resolvi terminar, mandar ele finalmente pro inferno.

- Agora tú vai pro inferno seu pau no cu! - Assendi o isqueiro e joguei nele.

Agora esse arrombado vai sentar no colo do capeta. O moleque tá vingado.

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Boa noite mores.

E aí o que acharam?

Quem me ajudou nesse capítulo foi minha pacera contosdomorro1 porque ela arrasa.

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