Bia Narrando.
Pra compensar meus pais que eu não vim jantar com eles ontem, sexta, ficarei com eles sábado e domingo, o salão de seu Neco só funciona de segunda a sexta. Eu estava com um humor maravilhoso, o que um sexo bem feito não faz né.
Bom que ele não encheu o saco de nada, não ficou pedindo número, nem falando de próxima, gosto é assim, homem que sabe diferenciar, um pente
- Cheguei família – Falei ao entrar na casa de meus pais.
- Onde que tu tava ontem que não veio ficar com a gente? – Meu pai perguntou.
- Fui para baile o baile mais Juliano pai.
- Ah e agora baile é mais importante que eu e seu pai é? Bom saber – Falou minha mãe fazendo drama.
- Deixa a menina se divertir mulher – Meu pai falou e eu sorri pra ele.
- Você é igual ela, gosta de sem vergonhice – Falou pro meu pai.
- Eu vou é embora, credo, venho aqui de bom coração e sou recepcionada desse jeito, nem quero ó – Me levantei e fui caminhando em direção da porta.
- Volta aqui filha duma égua, não vai embora não. – Minha mãe falou vindo em minha direção, ela abriu os braços e me abraçou – Estava com saudades.
- Eu também mãe. – Retribui o abraço sorrindo.
- Fiz um bolo que você adora – Falou e eu a encarei.
- Bolo de cenoura com chocolate?
- Esse mesmo – Falou se soltando e indo em direção a cozinha.
- Hum, já quero – Ela colocou o bolo em cima da mesa, chamei meu pai e nós lanchamos.
- Como está indo lá na barbearia filha? – Meu pai perguntou e nós embalamos em uma conversa, minha mãe ficou xingando os homens quando eu comentei da parte do preconceito e eu não aguentei segurar o riso.
Depois nós decidimos ir ao shopping, eu estava mesmo precisando fazer umas compras, minha mãe já se animou dizendo que ia na loja da Tupperware, pensa em uma mulher viciada nessas vasilhas, eu acho lindo, mas muito caro. Tenho umas três lá em casa que eu achei muito linda, a de colocar alho, cebola e garrafinha.
Passeamos muito no shopping,estávamos voltando para a casa e meu pai reclamando que a gente gastava demais e andava demais. Ele não gostava de ir pro shopping, diz que dá agonia aquele tanto de gente pra lá e pra cá. Fico imaginando ele em uma boate, iria sair de lá corrido.
(...)
O fim de semana passou rápido e cá estava eu cortando um cabelo no salão de seu Neco, Depois de sexta feira parece que as coisas foram de um a um milhão, não parei nem para lanchar hoje, mas não podia reclamar, era só agradecer.
Terminei o cabelo desse rapaz que era o último da fila de espera, me sentei um pouquinho e respirei fundo, peguei meu celular e fiquei olhando o facebook, por pouco tempo já que chegou uma mãe junto de seu filho que aparentava ter uns 5 anos.
- Oi – Cumprimentei ela e me abaixei para falar com o garotinho – Oi rapazinho.
- Oi tia, eu quero fazer um listra bem aqui – Apontou para o lado direto da cabeça.
- Quer? – Falei. – Então pede para a mamãe, se ela deixar eu faço.
- Pode mamãe? – Perguntou olhando para ela e ela assentiu com a cabeça sorrindo.
- Então eu vou fazer – Falei me levantando
- Faz bem bunita tá? – Falou me fazendo sorrir, peguei ele e coloquei na cadeira infantil, a mãe dele me deu as ordens do que fazer no cabelo dele.
Enquanto cortava o cabelo dele, chegou um menino e eu pedi para ele esperar, até que o infarento do Dodô chegou.
- Quero dar um trato no cabelo, mandar aquele disfarçado ta ligada . – Falou se aproximando de mim.
- Uai pensei que você cortava na pista – Falei dando de ombros.
- Decidi cortar aqui rapá– Falou todo marrento.
- Senta e aguarda então, o rapaz ali está na sua frente – Falei e ele fez uma carranca.
- Mas eu estou com pressa, tenho uns barulhos para fazer pô – Esse cara estava me testando só pode.
- Então vai pra pista – Falei e ele respirou fundo, olhou para mim, olhou para o menininho, para o rapaz sentando aguardando e depois para seu Neco e foi se sentar todo largado no banco.
Mereço.
Terminei o cabelo do menininho e mostrei para ele.
- Mas ficou lindo tia, obrigada – Abraçou minhas pernas me fazendo sorrir, me agachei até ficar de sua altura, o abracei e depositei um beijo seu rosto. Tirei a cadeira infantil e coloquei a normal e chamei o menino, ele me explicou como queria e eu fiz rápido.
Olhei para o enjoado que continuava largado no banco de braços cruzados, ele me olhou e eu o chamei com a cabeça, ele se levantou e veio andando calmamente.
Pra quem tava com pressa ta devagar demais, se sentou na cadeira todo largado, coloquei a capa nele e o encarei, abrindo um sorriso vitorioso no rosto.
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Boa tarde amores.Talvez mais tarde posto mais um, vai depender de vocês em.
Cheiro.
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Amor Marginal
Teen FictionRespirando mágoas de uma outra dor, do nosso caso imoral. Para calar o sexo mais banal, pra virar poesia. Desse amor, desse amor marginal eu vou. Plágio é crime, eu denuncio e ainda faço um barraco.