Meta: 450 votos 🌟
300 comentários 💭Bia Narrando.
Acordei assustada com o barulho de fogos e tiros, olhei para o lado e Dodô ainda não havia chegado, ela havia saído para ir em uma missão.
Me levantei e fui para a sala de estar, liguei a televisão para ver se passava algo e passava uma reportagem onde os policias subiam o morro.
Em nenhum momento da invasão consegui me sentar, eu estava nervosa, andava de um lado para o outro impaciente.
Odiava ter que esperar, ficar aqui sem saber se Dodô estava bem ou não, na indecisão, se ele ia voltar para casa ou não. Isso ia me corroendo aos poucos.
O barulho dos tiros se tornou próximo da casa, desliguei tudo e corri, fiquei olhando um lugar para me esconder.
Das outras vezes Dodô me tirava daqui, me levava para outros lugares eu até sei onde é, mas não iria sair daqui no meio de um confronto.
Tava com um medo babadeiro, coração faltava sair pela boca, a cama era um lugar muito fácil, entrei dentro do guarda roupa e fechei as portas.
Logo ouvi passos e vozes dentro da casa, ouvi um barulho de coisas se quebrando, preferi ficar quieta.
As vozes se aproximaram e avistei pela brecha do guarda roupa uns policiais encapuzados entrando no quarto, eles começaram a revirar as coisas.
Olharam de baixo da cama e puxaram uma bolsa que tinha lá, abriram e tinha dinheiro.
- Esse desgraçado só tem isso aqui, é uma filha da puta mermo.
A porta foi aberta com tudo e eu fui vista.
- É a mulher dele, é a mulher do vagabundo.
Me puxou pelos cabelos e me jogou no chão com tudo.
Um se aproximou e levantou meu rosto.
- É a mesma vadiazinha da foto ? - Perguntou para um outro e ele assentiu.
- Além e vadia é burra - Falou me levantando pelos cabelos. - Me analisou. - Pelos menos pra escolher mulher aquele peba presta.
- O comandante vai gostar disso, vamos levar ela, já que não encontramos o que queríamos.
- Não, por favor - Falei e levei um soco no nariz, já senti o melaço descer.
- Cala a boca vagabunda - Gritou e os outros sorriram. - Agora vamos e se tentar alguma gracinha vai virar peneira - Saiu me puxando.
- Costa manda uma viatura para alto, tamo na casa do desgraçado, achamos uma coisa que vai ser de bom agrado. - Falou no rádio. Eles me levaram pra fora e logo chegou um camburão.
- Apaga a vadia até chegar lá.
Senti algo forte em meu nariz, a tontura me alcançou, fui perdendo os sentidos e força e acabei desmaiando.
(...)
Acordei, queria que fosse a porra de um sonho, mas não, eu estava sentada em uma cadeira amarrada, olhei ao redor e tinha cerca de uns 5 policiais, todos encapuzados, mas pelo físico percebi que não eram os mesmos. Fiquei desesperada, tentei puxar minha mão, mas fez foi apertar mais.
- A marmita acordou – Comentou com os colegas fazendo eles me encararem e se aproximarem de mim.
- O peba soube escolher bem a vadia né, gostosa pra caralho – Tocou meu rosto e eu puxei meu rosto com força.
- A vagabunda é braba - Falou e todos sorriram.
- Vamos logo ao que interessa porra, temos todo tempo do mundo não caralho, agiliza – Falou um deles, olhei em sua farda e o esperto havia tampado a identificação. – Bianca Tavares, nós precisamos de umas informações sobre seu marido.
- Eu não sei de nada – Falei entre dentes.
E eu não estava mentindo, nunca procurei saber nada sobre o morro ou algo do tipo. Isso não era do meu interesse, eu não estava com ele por nada disso.
- Ah a donzela não sabe – Debochou da minha cara - Vamos ver se lembra de algo- Se aproximou de mim com uma sacola em mãos e cobriu minha cabeça apertando a sacola me sufocando, o desespero foi grande, comecei a sacudir a cabeça e ele não soltava, estava ficando sem ar quando ele tirou. – Lembrou de algo? - Neguei e ele repetiu o processo.
- Eu não sei de nada – Falei em tom alto quando ele tirou a sacola.
- Fale baixo desgraça – Deu um murro em meu rosto.
- Eu acho bom você começar a falar – Outro falou.
- Eu não sei de nada – Repeti a frase.
- Surra essa filha da puta. – Mandou o que parecia ser o comandante. Dois vieram na minha reta e começaram a me bater, no primeiro murro o melaço escorreu por meu nariz e boca, havia partido meu lábio.
Eles me esmurravam, chutavam, eu sentia meu corpo todo dolorido, era sem dó. Quando eles pararam eu não tinha força para nada.
- Tem algo a dizer? – Perguntou, eu apenas neguei com a cabeça e senti uma pancada na cabeça fazendo com que eu apagasse.
》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》
Quem poderá defender Bia?
Cheiro ;*
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Marginal
Teen FictionRespirando mágoas de uma outra dor, do nosso caso imoral. Para calar o sexo mais banal, pra virar poesia. Desse amor, desse amor marginal eu vou. Plágio é crime, eu denuncio e ainda faço um barraco.