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Bia Narrando
- Fala logo o que é que você quer - Falei olhando para Juliano.
Fazia horas que ele estava me rodeando e não dizia nada, bancando a mona monga, logo hoje no dia que eu não estou para graça, ainda mais com ele.
- É que você faltou ontem, está tudo bem? - Perguntou.
- Está tudo ótimo, não precisa se preocupar comigo, se preocupe com teu macho. Ele não é mais importante que eu? Um pinto não vale mais que uma amizade? Então pronto, me deixe que hoje eu não estou para graça e muito menos xoxagem.
Ele saiu e eu me sentei na arquibancada perto da quadra da faculdade, peguei meu celular e comecei a dar uma curiada no Facebook.
Quando dei fé Juliano estava do meu lado, colocou uma Brigadeiro no meu colo, uma barra de chocolate e tinha um copo em mais com um líquido parecido com cappuccino.
- Chocolate de panela, em barra e em líquido. Sei que você não está bem e que isso te acalma mana, vou ficar aqui quietinho do seu lado, se quiser conversar bem, se não me contento apenas com sua presença. - Falou e eu fechei os olhos respirando fundo.
Esse vinhado me conhecia tão bem, não adianta eu tentar fingir com ele, coisa de pouca mesmo, mas eu também o conhecia bem para saber que ele também não estava bem e precisava de mim, como eu dele.
- Dodô disse que gosta de mim - Falei dividindo a barra de chocolate e entregando a metade a ele.
- E o que tu fez? - Perguntou colocando um pedaço de chocolate na boca.
- Joguei na lata que não queria nada sério. - Recebi foi um tapa na testa assim que calei a boca.
- Você é louca mana, como assim. Da onde já se viu um traficante dizer que gosta tão fácil assim?
- A questão não é essa Jujuba. Imagina só comigo, Dodô tem altas garotas esfregando o xoxota na cara dele, é possessivo, se uma dia ele vier para me bater, eu vou revidar, eu não tenho sangue de barata e não quero passar pelo que passei de novo. - Ele me encarou e fez biquinho, Juliano sabia.
- Eu sei quem pode te ajudar - Se levantou, me encarou, depois voltou a se sentar me abraçando - Me desculpa, depois te conto tudo agora vamos - Se levantou me puxando junto.
(...)
- Conta pra elas - Incentivou Juliano, ele havia me trago para a casa de Vitória e Lorena estava junto dela, respirei fundo e comecei.
- Há três anos atrás, com 18 anos eu era noiva, aquela típica menina iludida, apaixonada, que fazia de tudo pelo namorado, se privava de tudo e o caralho a 4, ele havia sido meu primeiro, tinha 22 anos, vamos se dizer mais vivido, ele trabalhava na empresa do pai, 2 dias antes do nosso casamento, fui a empresa fazer uma surpresa para ele. E advinha? Ele estava fodendo a secretária em cima da mesa, virei o samurai, joguei as coisas tudo nele, bati nos dois, fiz aquele auê todo sabe. Voltei para casa, estava decidida a ir embora, largar aquele trate, imundo, aquela peste bubônica, quando tinha terminado minha mala ele entra em casa, falei que ia embora, tirei a aliança e mandei ele entregar para a secretária, quando estava saindo pela porta, só senti o puxão de cabelo - Fechei meus olhos lembrando da cena e engolindo seco.
- Ele disse que se eu não fosse dele, não seria de mais ninguém, me espancou até eu apagar - Elas abriram a boca surpresas. - Fiquei em coma induzido durante um mês a pedido de meus pais, eles sabiam que eu ia sofrer bem mais com minha fisionomia, meus olhos, minha boca, meu nariz, se tornaram bolsas de sangue, ele deslocou meu maxilar, meu corpo estava repleto de marcas. Quando voltei do coma, denunciei ele, pegou 1 ano e 8 meses de prisão, a pena máxima, mas como era réu, pagou fiança, nunca mais o vi, os pais dele me ligaram, pediram desculpa e tudo, disseram que nunca mais o veria e assim foi feito. Depois disso me tornei essa porra louca da vida, não me arrependo do que sou hoje e levei aquilo como aprendizado.
- Nossa Bia, estou horrorizada - Lorena disse.
- Conta o resto - Falou Juliano.
- Dodô disse que gosta de mim e eu soltei a ele que não queria nada sério - Vic já ia dizer algo - Mas eu disse que poderíamos continuar do jeito que estávamos.
- Isso tudo com receio do que aconteceu no passado. - Juliano completou - Porque ela gosta dele - Falou e eu cerrei meus olhos nele - Não adianta me encarar não garota, te conheço querida, eu em, te manca.
- Bia, eu mais que ninguém sei o que é passar por um trauma, mas como me disseram uma vez - Olhou para Bic - você não pode deixar o medo te afetar, você tem que se permitir viver amiga, se ele te faz bem, deixa ele continuar fazendo, conta pra ele o que houve, ele vai entender melhor se souber.
- E pra que hora melhor se não agora? - Vitória me puxou, assim que saímos no portão, vi Dodô entrando em uma casa, quando dei um passo para ir até ele, uma menina chegou em uma moto e entrou na casa também.
- Melhor não, Dodô não precisa saber disso, ele já seguiu o baile e ele não me merece, eu me basto - Falei fechando o semblante - Vou para casa.
- Bia - Vitória segurou meu braço -Amanhã tem baile na CDD, comemoração do aniversário do patrão de lá, Dodô vai constar, acho que seria uma boa você ir. - Piscou e eu peguei na hora o que ela queria dizer. -Mostre a ele que você também seguiu o baile.
Eu assenti com a cabeça e entrei no carro junto de Juliano. O dia de amanhã promete.
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Boa noite,
O que acharam do relato de B? O que será que ela vai aprontar no próximo capítulo?
Sugestão para o próximo capítulo?
Eu sei que vocês me adoram, beijinhos, rabiosa do blog 😚
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Amor Marginal
Teen FictionRespirando mágoas de uma outra dor, do nosso caso imoral. Para calar o sexo mais banal, pra virar poesia. Desse amor, desse amor marginal eu vou. Plágio é crime, eu denuncio e ainda faço um barraco.