24: Momento a dois

19 2 0
                                    

 

  Bella

    Enquanto eu repassava as cenas daquele dia buscando o impercetível, o que eu não via ali, em minha mente as lembranças ternas pouco a pouco o sombrio consumia a luz.
-Bobo o que pensou que fosse?. Perguntei quando ele me deixou sentar, ainda com a cabeça ali, colada em meu ventre.
-Que estivesse doente... alguma coisa que pudesse tirar você de mim. Disse ele tirando meus sapatos e erguendo-se para me beijar sentando-se ao lado no sofá, eu subi em seu colo e ele tirou os sapatos dele com os pés ajeitando-me em seu colo para colocar as duas mãos no centro das atenções do momento, a pequenina atração que estava crescendo em mim... beijou meu ombro, eu virei o rosto para o seu.
-Bobo, lindo e complexado... você precisa de terapia geralmente são as mulheres grávidas que ficam paranoicas. Comentei, ele riu acariciando minha barriga.
-Minha terapia é você. Disse ele, eu ri.
-Vocês... não estamos mais sozinhos. Corrigi apertando suas mãos ali.
-Certo... meus amores. Disse ele, alguém bateu na porta... eu me levantei salivando já sabia o que era, abri a porta... Alfred empurrou um carrinho de prata com meu pedido, até a mesinha a frente do sofá.
-Obrigada e... Alfred me traga uma xícara de chá por favor. Pedi, beijando seu rosto macio de vovô enquanto ele assentia surpreso com meu ar esfuziante, batendo palmas de alegria eu me sentei no tapete... Adam olhava para mim e para toda aquela comida, sabia que ele não iria querer nada porque não gostava de doce... ele fez uma careta enquanto eu comia creme de avelã com pistache e chantilly e com uma generosa cobertura de calda caramelada... Pierre parecia saber bem do que eu gostava, Alfred me olhava com pavor enquanto eu misturava tudo.
-Eu estou grávida... que apetite queriam que eu tivesse?. Perguntei, Alfred piscou... ele ainda não sabia da novidade.
-A senhora está grávida?. Perguntou ele, eu olhei para Adam, ele estava tão feliz, o sorriso encantador inabalável, os olhos de uma alegria intensa eram orgulhosos genuinamente felizes parecia não caber dentro dele como se fosse explodir como eu.
-Sim... estamos esperando um bebê, minha esposa está grávida... espalhe as boas novas Alfred e peça a minha irmã para organizar os preparativos para uma festa está noite... temos que comemorar este dia... eu vou ser pai pela primeira vez. Disse Adam suspirando na última frase com orgulho, eu engantinhei até ele com a colher na boca e sentei entre suas pernas... ele me beijou.
-Sim claro senhor... com licença. Disse Alfred, assim que ouvimos a porta se fechar ouvimos os gritos de Alfred no corredor anunciando o fato, "A senhora está grávida! Esta grávida!", nós rimos... eu peguei um colherada generosa do que eu comia na taça de cristal e aproximei do rosto dele... ele se afastou.
-Prova. Falei, ele balançou a cabeça.
-Posso lhe assegurar de que é comestível... vamos abra a boca. Disse, ele franziu o nariz para a colher.
-Onde está toda sua corajem? O Príncipe destemido que enfrentava os malfeitores?... abra a boca. Falei, ele balançou a cabeça.
-Vamos la seja corajoso... por nós. Pedi, ele pareceu pensar no assunto.
-Só uma colherzinha. Falei, ele olhou a colher incrédulo.
-Colherzinha!?. Exclamou ele abrindo a boca e eu enfiei a colher toda para dentro, ele ficou com os cantos da boca sujos de chocolate, eu ri.
-Não é horrível. Disse ele superando o susto, eu concordei olhando sua boca.
-Sabe de uma coisa... eu ainda estou com fome. Falei, ele pegou o telefone ao lado, eu me levantei e fui até a porta... passei a chave duas vezes só para ter certeza.
-O que deseja... posso pedir o que quiser, o que quer comer? Algo em especial? Dizem que o desejo de uma mulher grávida tem que ser seguido a risca. Disse ele ligando para a cozinha, eu peguei o telefone de suas mãos e desliguei olhando para ele e coloquei de volta no lugar.
-Eu estou com desejo sim mas acredito que esse o chefe Pierre não vai poder atender... não esta no cardápio. Falei sugestivamente.
-Se quiser eu posso ligar para um restaurante. Disse ele, eu pulei em seu colo revirando os olhos.
-Não seja bobo... bobinho. Falei desabotoando sua camisa.
-O que você quer então?. Perguntou Adam olhando curioso minha expressão brincando com os cordões do laço que prendia minha blusa.
-Você. Falei toquei seu abdômen rígido e me inclinei.
-Não acredito que algum restaurante na face da terra... tenha você como prato principal e servido com calda de chocolate então. Falei rindo e beijando sua boca adocicada quando ouvi uma batida forte na porta, eu tive um sobressalto e Adam riu comigo... eu suspirei contrariada olhando seu peito nu e depois a porta perguntando-me quem seria o intruso que interrompera aquele momento a dois.
-Mas quem faria...
-Nicolay. Respondeu ele a minha pergunta sem que eu se quer terminasse de fórmular a pergunta, eu suspirei.
-Detesto ter que deixar você para depois mas infelizmente...
-Acho que vinheram nos parabenizar. Disse Adam, eu me levantei de cima dele e peguei sua mão e quando abrimos a porta eu fui praticamente arrancada para fora da sala por um par de braços musculosos... ele me estremeu por dois segundos, agora eu sabia como uma laranja deveria se sentir nas mãos dele quando era esmagada daquela forma... e depois ele me soltou e passou para Adam, abraçando-o fortemente como irmãos que se amam.
      Rosemary a irmã de Adam parou no meio do corredor quando nos viu e começou a gritar enquanto corria na minha direção.
-Eu não acredito! Vou ser titia!. Disse Rô me girando em seus braços depois ela me colocou no chão e foi até Adam como um furacão.
-Parabéns irmãozinho!... não posso acreditar, aguardem está noite vai ser de arrasar, eu vou cuidar de tudo, não se preocupem. Disse Rô, tão rápido quanto ela veio ela se foi saltitante gritando "Eu não acredito!"

A Presença Onde histórias criam vida. Descubra agora