12 de Dezembro do ano de 2012
Encostada no tronco de uma árvore de magnólia ela tentava escrever quando desistiu por fim dando liberdade a seus pensamentos, tinha que admitir que estava preocupada, assustada com as marcas que vira na mãe aquela manhã antes de sair, estava claro que era mentira quando dissera que não era nada... agora no parque em meio a serenidade da natureza não conseguia achar aquele ponto de tranquilidade e prazer em sua consciência para continuar a escrever, decidiu que precisava fazer alguma coisa a respeito, mas quem poderia ajudá-la? Os irmãos ainda eram muito novos e tinham medo, a quem poderia recorrer?
Ela se sinta como um problema, um problema bem grande que tem se arrastado por dezessete anos, seus pais não se importavam talvez a mãe um pouco mas ela tinha os próprios problemas e outros filhos com o que se preocupar... ninguém se importava com a estranha Ella, às vezes ela pensava que se desaparecesse, que se fosse riscada do mapa como se fosse um ponto qualquer, insignificante, uma Ilha que afundou no mar como Atlântida rapidamente seria esquecida quando deixasse de existir, seu nome seria mais um eco distante quase inexistente nas profundezas dos pensamentos de seus familiares, talvez Mercy sua professora se importasse de verdade, a única mas o resto deles... seus pais, divorciados, já tinham construído outras famílias, tido outros filhos, sua falta seria preenchida por eles como mais uma bolinha pintada em um bilhete de loteria na esperança de ganhar o grande prêmio com um deles, com os sonhos de carreiras de sucesso, de serem reconhecidos, quem sabe até famosos era a única coisa além de Ella que seus pais tinham em comum, o interesse por uma boa formação dos filhos... a madrasta era boa, Ella a visatara algumas vezes em ocasiões como aniversários, batizados dos irmãos mais novos, coisa de um ou dois dias, ela não se permitia ficar mais do que isso, não gostava de ficar perto do pai e de sua crença religiosa distorcida... Ella morava com a mãe, os três irmãos e o padrasto, outro homem que ela queria distância, diversas vezes viu marcas rochas em sua mãe e em seus irmãos para odio-lo também, o padrasto só não a tocava por que tinha medo do pastor, o pai de Ella.
Quem eu sou? Eu não sou ninguém aos olhos julgadores do mundo dizia Ella, essa pergunta era seu maior mistério, não sabia quem era, para onde iria, sinta-se gravemente deprimida consigo mesmo e com a mãe e os irmãos mas o que poderia fazer para ajudar? Não havia nada que pudesse fazer, falar com a Polícia não adiantaria se a mãe não quisesse denuncia-lo às autoridades, só existia para a angústia, nem seus passatempos favoritos eram capazes de saciar esse grande vazio que existia dentro de si, mas é a única coisa que tinha, a faculdade, estudar, ler e escrever são às únicas coisas que consomem sua existência, sem isso não era nada, não teria mais nada que lhe prendesse aqui... não tinha amigos, não tinha para onde ir, seu quarto e os sonhos eram o mais próximo de lar que conhecia, era seu mundo. Ler era sua grande paixão, logo escrever também se tornou algo significativo para ela, escreveu livros que não publicou, talvez nem nunca sejam publicados, isso não pertencia a mais ninguém somente a ela mesma, não é algo a ser compartilhado, mas é importante para ela apenas para ela, particular, íntimo, escrever era algo que tinha que fazer... não tinha escolha.
Hoje Ella estava presa em um labirinto terrível, não encontrava uma saída, o bloqueio a mantinha isolada em um canto obscuro e inexpressivo de sua mente então decidiu vagar para mais longe, flutuar por cima dessas barreiras intransponíveis e tentar se salvar com algum bom livro, Ella perambulou pelos corredores abastecidos da biblioteca a procura de algo que lhe chame-se a atenção quando desistiu de tentar escrever, desejou achar algo intrigante ou até extasiante que lhe tirasse desse tédio e angústia mortal, ela sempre ficava mais suscetível a bloqueios ao iniciar novos capítulos dos seus romances como se ideias lhe faltassem, e a escassez delas so podia ser suprimida com algo inspirador, um autor estimulante que a conduzisse onde queria estar, no pico mais alto observando a natureza das suas criações brotarem da terra para depois escolher quais flores do vasto campo colher, ela precisava de inspiração...
Passou por várias estantes, viu títulos promissores, chegou a ler alguns páginas, poderia passar horas naquela procura até dias se não tivesse que sair para a faculdade, no fim não achou o que queria, ela nunca achava, poderia dar voltas e mais voltas e jamais encontraria, a procura de algo que na realidade não existia, ela tentava desesperadamente fugir da sua própria realidade.... talvez quisesse ser um dos personagens românticos dos livros com seus destinados definidos, já predestinados, ela não sabia o que fazer... saiu do prédio pegando a bicicleta cortando o caminho pelo bosque distraída entre pensamentos percebeu vagamente alguém no meio da trilha, olhou mas não havia ninguém...
O que a imaginação pode fazer com uma pessoa? Ella pensou que poderia usar uma abordagem assim em alguma passagem de seu livro... uma garota sozinha atrevassando o bosque sombrio quando é surpreendida por um homem misterioso, até que não era má ideia... continuou a pedalar, para chegar a faculdade o meio mais rápido era atravessar o bosque do que passar pela ponte e seguir pelo centro era ainda mais longe, às pessoas tinham medo de passar por ali, medo de lobos ou animais selvagens, mas estes preferiam o obrigo das montanhas eram mais felizes vivendo longe da maldade humana... novamente a preocupação com a mãe tornou a cintilar como uma luzinha vermelha e suplicante, Ella pedalou olhando o caminho de pedrinhas claras no chão pensando nisso tomando coragem para procurar alguém como o pai biológico ou a professora que era uma boa e atenciosa pessoa quando viu algo brilhante meio encoberto pelo caminho, ela parou para ver o que era, olhou para trás parecia um cordão meio enterrado... dourado como ouro, brilhava, encostou a bicicleta em uma árvore e andou até o meio da trilha, puxou o cordão... havia um pingente de uma pequena Cruz.
-Isso me faz lembrar de redenção... arrependimento e culpa é o único caminho para ser humano, era do meu pai. Disse alguém, ela se assustou ajoelhada no chão onde estava o coração disparou, ergueu os olhos apavorados e viu um homem a sua frente, encostado em uma árvore, um sorriso sombrio nos lábios, os olhos cinzentos pareciam sem vida, mortos... ela se colocou de pé olhando o vazio naquele olhar sem vida, admirando o rosto desconhecido e belo do homem, ela estendeu o colar em sua direção.
-Deve ter sido muito importe para ele um dia. Disse ela, o cavalheiro assentiu estendendo a mão branca, a palma aberta virada para cima era lisa e macia e inesperadamente fria ao toque dela, ela não entregou o colar de início queria sentir o toque dele, deslizar os dedos pela superfície tão macia, fria e incomum, ela se pegou analisando a palma, não conseguiu ver às veias, somente o tom alvo ininterrupto até pela presença de sangue... perguntou-se se ele não achou estranho sua aproximação como ela mesma achou mas ao erguer os olhos para o estranho havia incerteza em seus olhos, não compreendia porque estava fazendo aquilo, não era normal, deveria ter se afastado mas alguma coisa nele a atraía... uma atração perigosa.
O estranho pegou um lenço no bolso interno do casaco quando ela fez menção de depositar o colar na palma da mão dele, ele segurou o cordão com o lenço como se não quisesse toca-lo, ela o olhou sem entender sua expressão formando uma pergunta... ele sorriu mais uma vez, tão encantador e hipnótico quanto um domador e sua serpente, ou talvez ele fosse às duas coisas... ergueu o colar na frente do rosto dela olhando-a com curiosidade, o tecido do pequeno lenço não era suficiente para cobrir a corrente grande, ele ergueu a palma da mão vazia fitando os olhos dela e aproximou o pingente, a cruz o tocou por um segundo seu rosto se retorceu em algo entre tortura e dor, ela o olhou com pesar mas também curiosa quando ele afastou o colar da palma havia uma cruz nela, vermelha e preta nas bordas como se o metal inofensivo o tivesse queimado mas não podia ser... ela também tocou no colar... ela estendeu um dedo e tocou o ferimento, estava quente como se o pingente tivesse sido aquecido no fogo e o tivesse queimado... mas ela estava com o colar nas mãos a menos de dois minutos e ele estava na mesma temperatura que qualquer peça de metal ficaria ao relento em um dia chuvoso, frio como pedra, ela ouviu o som dos trovões, olhou a marca na palma por um segundo antes de perceber o que havia acontecido ali... a marca desapareceu de sua mão, primeiro escurecendo como uma tatuagem e depois desaparecendo na pele alva... ela ergueu os olhos inocentes para o cavalheiro percebendo o perigo notou que ele não era um simples alguém...
-O que você é?. Perguntou ela, os olhos azuis enormes... ele fitava o colar com seus olhos cinzentos mais vazios quase amargos e dolorosamente lindos... ele não responderia a pergunta.
-Eu roubei dele. Disse lançando outro olhar ao colar antes de envolve-lo no lenço e guarda-lo no bolso do blazer.
-Porque?. Perguntou ela surpresa... ele falava do pai era um sentimento vazio, cinza como seus olhos, ele sorriu mais ainda.
-Era a única coisa com que o velho se importava... ele era um religioso fanático, dizia que Deus era seu maior amor, e achava que a melhor forma de demonstrar sua adoração era através da punição física, cruel e sacra para purificar a alma de todos os pecados mas Deus não o salvou da morte, no fim seu amor torto não foi suficiente para livra-lo de morte e do fogo do inferno. Disse ele esperando que ela se espanta-se com o que disse mas em vez disso ela aparentou uma forma mais profunda de tristeza e desilusão que fez com que em algum lugar nele arde-se... ele sentiu depois de muitos anos alguma coisa... não foi uma ilusão, ele não pensou que sentiu e ficou espantado ao desconfiar que tinha algo haver com a garota a sua frente.
-Meu pai também é assim... às vezes, eu acho, mas não posso ter certeza... acho que ele gosta disso e não se arrepende nem um pouco. Disse Ella com horror e lágrimas em seus olhos olhando às pequenas marcas em seus braços delgados, puxou as mangas do blusão que estavam enroladas, escondendo sua vergonha e desprezo, as sombras do passado sombrio que vivera quando a mãe era casada com o pai biológico ainda estavam lá ao seu redor ameaçando domina-la... ele a impediu puxando um de seus braços, deslizou os dedos sobre às cicatrizes no braço dela, a olhou intrigado por um instante com sua franqueza... o passado e o presente de ambos se entrelaçando... ela acompanhava fascinada o olhar do cavalheiro misterioso. Puxou o lenço do bolso do casaco o cordão se desenrolou, ele secou as lágrimas que haviam transbordado e quando acabou de repente com um sobressalto o colar estava ao redor de seu pescoço.
-Eu olhava para esse colar todas às vezes que ele me pedia para se ajoelhar a sua frente e estender as mãos na frente do corpo... era o colar da minha mãe antes que meu pai o tirasse de mim.
-O que ele fazia com você?. Perguntou Ella em seu ar de inocência mas já sabia o que se passou... também sofrera o mesmo... com relutância, antes de responder, ele estendeu uma mão para acariciar seu rosto.
-O que nenhum pai deveria fazer com o seu filho.
-Você o amava?. Perguntou Ella, ele a fitou indagando sombrio.
-Isso é relevante?
-Bom... não... eu só estava pensando no meu pai.
-Ele poupou a gentileza e afeto e a tratou como filha do pecado, estou certo?. Perguntou ele deslizando às costas dos dedos de seu rosto até a base do pescoço... Ella se arrepiou com o toque distraída com a nostalgia melancólica de seu olhar mas não se afastou.
-Ele não me ama nunca amou.
-Já perguntou isso a ele?
-Já o ouvi dizer que eu não deveria existir... o fruto de um pecado, uma vergonha para a família.
-E você se importa com isso?
-É a única vida que eu conheço. Disse Ella, de repente percebendo que pela primeira vez na vida estava tendo uma conversa interessante com alguém além de suas personagens fictícias... ele se aproximou mais chegando mais perto, o coração da jovem em seu peito arrebatada pela esperança de um momento como esses... ele sorriu com gentileza fitando-a de cima, ergueu a mão branca a frente de seu rosto mais uma vez e seus dedos passearam lentamente por sua bochecha rosada até a ponta do queixo, os olhos dela se arregalaram mas não pelo pânico por ter sido tocada por ele, estava entregue, seduzida.
-É realmente uma pena. Disse ele parecendo pedir desculpas.
-Porque?
-Sei que você não é quem eu procuro, e eu a desejo... não quero matá-la. Disse ele, Ella se retraiu mas não se afastou completamente, não conseguia entender porque simplesmente não fugia... talvez em algum lugar dentro de si ela reconhecia o perigo e por isso mesmo não fugia dele, talvez deseja-se não ser mais um problema.
-Porque você quer me matar?. Perguntou, o coração quase doía da forma como batia agora, ele sorriu de um jeito doce.
-Só estou cumprindo ordens... eu mal a conheço no entanto parece um crime ainda maior do que deveria ser, sinto que há tanto a descobrir e eu sou um ótimo explorador. Disse ele correndo um dedo nos lábios macios de Ella que fechou os olhos em deleite, apreciação, eram tantas sensações... como se ele a tivesse enfeitiçado.
-Então não cumpra. Disse, Ella não sabia que ele estava falando sério, nem se importava, queria mais... não podia acreditar que um anjo pudesse ser nem tão magnífico nem tão cruel... ele ainda não parava de toca-la, os dedos frios desciam pelo maxilar delicado até o pescoço deixando um rastro de calor na pele sensível em contato com o toque gélido dele que a fez se arrepiar.
-Curioso... você reage a mim de outra forma, não está com medo?. Perguntou ele, ela abriu os olhos o fitando profundamente.
-Não.
-Vocês mortais são tão estranhos. Disse ele continuando com o toque sensual, dosado de uma excitação que Ella jamais experimentou na vida, ela não sabia porque não podia interromper aquilo, mas sentia uma sede estranha, uma ânsia de mais, mais dele...
-Você vai mesmo me matar?. Perguntou ela tremendo quando ele parou os dedos no leve decote, trilhando uma linha horizontal acima do tecido até parar no ponto onde um pequeno laço prendia a blusa e mantinha seus seios juntos.
-Estou considerando isso embora tenha mais coisas em mente.
-O que por exemplo?. Perguntou ela sem se afastar, ele olhava exatamente aquele ponto onde seu dedo havia parado... ele riu com delicadeza e malícia e recolheu a mão.
-Isso me deixaria bastante encrecando mas o que eu quero fazer com você é rasgar sua roupa neste momento. Disse ele, ela piscou em choque, o rosto de um rosado acentuado.
-Se desobedecer às ordens o que acontece?
-Nós dois morremos... você não se importa? Me perdoe mas não estou acostumado a ser tão bem recebido... você é diferente das outras, eu gosto disso.
-Já abordou outras antes de mim?. Perguntou curiosa, perdida na conversa com seu Assassino.
Sua expressão escureceu reflexivo ele a olhava pela primeira vez hesitou... sabia que teria que levá-la mas não queria pois sabia que ela fosse rejeitada teria igual destino como as outras tiveram e ele não queria isso para ela.
-Muitas embora por nenhuma delas cheguei a sentir...
-Sentiu?. Perguntou ela quando ele se interrompeu, seus olhos ainda estavam nela, a testa levemente franzida.
-Eu não sei ainda... de todas aquelas vidas que destruí nenhuma me fez parar assim, nenhuma me fez querer tanto... mas...
-Mas?. Perguntou ela erguendo a mão e pousando-a no rosto dele, ele a olhou, confuso talvez um tanto assustado mas a forma circunspecta com que a olhava intensamente prendeu seu olhar... como se ele não soubesse bem o que sentir ou o que estava lhe ocorrendo.
-Se você não fosse tão parecida com a Escolhida e eu não entendo por que estou me sentindo assim agora... se for eu mesmo que terá de tirar sua vida assusta-me a possibilidade de que possa me arrepender depois e eu nunca lamentei nada em todo esse tempo... não sei a princípio porque estou pensando sobre isso mas admito que detestaria matar você e seria lastimável para mim se acontesse e eu tivesse que viver com isso para sempre... sobretudo temo o que me causaria se a perdesse agora antes de conseguir uma explicação sobre porque; sabendo o que sou e depois de tantos anos, estou sentindo. Disse ele num tom sério.
-Deveria ser de outra forma?. Perguntou Ella, ela não sabia do que falavam mas queria ouvir mais sua voz...
-Não era para você estar respirando neste momento no entanto aqui estou hesitando... não faz parte de mim, de quem sou... hesitar.
-É um daqueles momentos de indecisão quando pensamos melhor se vamos mudar de posição ou não no jogo? Você mata ou é morto, não existe vida após a morte, tem que fazer uma escolha.
-É exatamente isso, não existe vida após a morte... e você tem razão... não se pode morrer duas vezes, somente uma e eu já estou morto.
-Que conversa maluca. Disse ela, ele sorriu.
-Eu diria interessante como você. Disse ele pegando uma de suas mãos e beijando-a com ternura.
-Onde isso vai dar?
-Tem pessoas que irão ficar muito mas muito furiosas comigo e disso eu não posso fugir para sempre mas se você fosse como eu talvez teríamos uma chance... mas não quero pensar nisso agora. Disse ele encostando os lábios outra vez fitando-a nos olhos, o sorriso branco magnético, perfeição pura.
-Em que então?
-Você fugiria comigo senhorita? Deixaria qualquer coisa para trás por mim? E embarcaria em uma aventura sem igual?. Perguntou o estranho, Ella riu... ele fazia parecer com que a situação fosse épica... ela pensou mais séria agora, pensou olhando aqueles olhos a chamarem e isso era injusto... ela queria partir para qualquer lugar com ele.
-Sim.
-Que espécie de caçador eu sou? Fui pego pela minha própria armadilha. Observou ele sedutor, Ella ouviu o estrondo feroz de mais um trovão e olhou o céu pensando para onde iria, se morreria aquela noite... mas ele não parecia um homem mal.
-Acho que vai chover.
-Venha eu tenho um lugar onde podemos passar um tempo antes que eu complique demais às coisas deixando pistas. Disse ele estendendo a mão para ela nas margens arborizadas da trilha, ela olhou para trás para o que um dia foi conhecido como o Vale da Lua Crescente, Half Moom e quem quer que fosse que estivesse lá a esperaria retornar da faculdade como todos os dias e voltou a fitar a mão estendida, pensou na mãe e nos irmãos pequenos com quem se importava, não seria justo com eles, ela sabia mas a voz de sua mãe surgida de uma lembrança desejando unicamente que os filhos fossem felizes a persuadiu... não pensou mais em coisas que afetariam sua decisão, sua existência naquela cidade era de dor e solidão... deixaria tudo para trás... Ella segurou a mão dele indecisa mas algo dentro de si ao olhar aquele rosto dizia que não importava o que quer que fosse que o destino a reserva-se foi sua melhor decisão e sem olhar para trás mais uma última vez o seguiu para as sombras do bosque, ela não voltaria mais para casa...
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A Presença
RandomLivro II Bella encontrou seu verdadeiro amor, a metade que lhe faltava e que sem ela sua vida seria uma desilusão emoldurada pela tristeza, com a nova chance de viver a paixão que foi antes interrompida pela morte da moça, onde puderam recomeçar de...