Nova York, 27 de Março.
No outro dia de manhã bem cedo após um treino na academia do hotel e uma chuveirada, Adam desceu para apreciar o amanhecer nublado das ruas de Nova York, saiu do hotel para caminhar pensando em sua bela esposa... o gelo se desfazia na alameda abrindo espaço para a primevera, ainda era frio mas uma pequena parte da cidade se transformou, as pessoas notaram a diferença nas árvores secas... deviam haver brotos nos galhos retorcidos em meados de Março era o início da primavera mas ainda sim talvez ainda fosse um pouco cedo demais considerando o clima tão densamente frio como estava, mas flores? Naquele estágio precoce de folhas e a floração espetacular era muito mais do que cedo, a primevera veio antes do tempo, prematuramente, em seu auge como se fosse a alta temporada, como se tudo tivesse crescido durante a noite, como mágica.
-Não é cedo demais para isso?. Perguntou uma senhora admirando as flores no jardim embaixo de sua janela, Adam sorriu para ela como se fosse uma acusação e ele era o culpado, o causador de fato daquela mudança radical na cidade, ela retribuiu o sorriso ainda espantada com suas flores.
Ele seguiu em frente pela calçada ainda sorrindo a procura da joalharia onde vira um colar durante a noite enquanto seguia de carro para se hospedar no hotel, era uma loja pequena, quase invisível, espremida entre duas grandes lojas de departamento de roupas femininas, lembrando-se do que ela, sua esposa, lhe dissera uma vez em uma viajem a Holanda visitando o Keukenhof, o maior jardim de tulipas do mundo que fica em Lisse andando de mãos dadas entre os canteiros de tulipas, "Nunca vi a neve cair, eu morei durante minha vida toda no clima quente e seco dos trópicos, tentando não assar como um camarão" ele parou na vitrine envolvido pelo som trinado do riso dela que acompanha a lembrança... olhou o colar, o pingente brilhante de prata, ele entrou na loja, a vendedora ouviu a sineta acima da porta de vidro tocar mas não olhou de imediato, além dela havia uma mulher elegante do outro lado da loja de sobretudo olhando a sessão de colares de peloras de costas, ele andou em direção ao balcão, a senhorita que atendia ergueu o olhar assim que ele se aproximou jogando sua sombra em cima das páginas brancas do livro que ela lia distraída... seu queixo caiu alguns centímetros quando o viu, o espanto não foi de susto, ela se atrapalhou para guardar o livro sem marcar a página, colocando-se a postos, arrumando o casaquinho cardigã e alisando a saia, Adam não percebeu essa cena, olhava a vitrine toda de vidro do balcão, os anéis de safira parecidos com os olhos da esposa mas não totalmente iguais, o tom dela de azul não existia para ser comparado e ele sabia disso, ela era única...
-Posso ajudar senhor?. Perguntou a senhorita colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha, Adam não notou o sorriso tímido dela nem o rubor em seu rosto, a olhou rapidamente quando ela se dirigiu a ele... viu o nome no casaco dela.
-Sim Amélia gostaria de levar este anel e o colar da vitrine por favor. Pediu ele, ela assentiu e foi até a outra vitrine, pegou o colar com o suporte.
-Este aqui senhor?. Perguntou ela, ele assentiu com uma olhada rápida.
-Vou embrulhar com o anel. Disse ela ficando mais vermelha e ansiosa a cada vez que se dirigia a ele, Adam esperou ao lado olhando um conjunto de brilhantes imaginando Bella usar um dessas tentado a comprar... mas sabia dos gostos da esposa e de sua simplicidade, ela nunca usaria aquilo, para agrada-lo talvez mas não por prazer, por isso ele resistiu em comprar.
-Escolhendo algo para a esposa?. Perguntou uma voz insinuante de uma mulher parando ao lado dele... de chapéu e os óculos escuros, a mulher elegante que admirava as pérolas... Adam sorriu.
-Um presente de viajem.
-Ela deve ser uma mulher de sorte pelo que vejo... vai levar?. Perguntou ela, as lentes escuras dos óculos eram uma barreira, ele não conseguiu ver os olhos dela... seu rosto estava virado para o colar de brilhantes e ele percebeu a que ela se referia.
-Minha esposa não apreciaria...
-Que mulher não gosta de joias?. Perguntou ela sorrindo amargamente para a vitrine, Adam não notou o tom amargo da senhora foi seduzido completamente arrebatado pelas lembranças da mulher que tanto amava.
-Bem ela... ela não se importa com jóias.
-Simplicidade e um marido rico não combinam. Disse ela, Adam suspirou abrindo os olhos para fitar a dama distinta ao seu lado.
-Eu não iria querer algo que não a deixasse feliz.
-Certamente que não... é como um bom marido que ama a sua esposa pensaria, estou enganada?. Perguntou ela, Adam sorriu para a estranha.
-Não está enganada madame, eu a amo mais do que a minha própria vida.
-E ela o ama. Sussurrou ela com amargura, os lábios em uma linha rígida... Adam sorria satisfeito por saber disso, a avaliou melhor.
-Sinto que a conheço de algum lugar. Expôs ele em evidência suas impressões, a mulher lhe reservou seu sorriso mais auspicioso, audaz.
-De outra vida quem sabe?. Inquiriu a mulher elegante, Adam sorriu despretensioso pretendendo dizer algo a dama mas Amélia apareceu.
-Senhor? Sua compra. Chamou a vendedora, Adam se virou com um sorriso e foi até ela, pagou pelas compras e saiu da loja sem olhar para trás, a vendedora ainda sorria depois que ele se foi... Adam, ela viu o nome dele no cartão de crédito, ela não esqueceria dele... depois se virou para a mulher parada na loja ainda olhando, não a tinha visto entrar, estava tão distraída, se perguntou se ela teria entrado com o cavalheiro se os dois se conheciam... mas ele partiu sem ela então não estavam juntos, mas ele comprou jóias para uma mulher então devia haver alguém... ela suspirou entristecida olhando a mulher que ainda olhava a loja toda, esperava que não fosse mais uma que pediu para usar o toalete e agora despistava olhando alguma coisa para depois ir embora sem levar nada, seu patrão ficou irritado com o sumiço crescente dos sabonetes caros nas cestinhas ao lado dos lavatórios.
-Posso ajudá-la em alguma coisa senhora?. Perguntou Amélia, a mulher se virou tirando os óculos e andando até ela, olhando fixamente em seus olhos, sorriu com uma gentileza cruel... Amélia a reconheceu mas estava presa no transe como um encantador de serpentes seduz a víbora.
-Não deveria desejar o que não lhe pertence, pessoas se machucam por até menos que isso, simplesmente por querer o que jamais poderá ser seu, tenha um bom dia Amélia... pense em cada palavra, foi um imenso prazer revê-la... mas essa será a última vez. Disse ela saindo da loja que segundos depois entrou em combustão... uma explosão de chamas a sucumbiu lançando vidro por toda a rua fazendo os pedestres correrem em pânico, a dama desapareceu em uma viela sombria, fogo... ela gostava de brincar com fogo, do próprio fogo, espelhava sua raiva e ódio insanos, o fogo que tudo consome o que toca como seu ódio... o sorriso luxuriante de quem tinha tudo fora do controle estampado no rosto mas não dava a mínima, tudo começou quando a outra ficou grávida, não era seu dever interferir a esse ponto mas vigiar cada passo do casalzinho feliz, ela confiava apenas no que lhe foi prometido o resto não importava mais... desde a morte do mordomo, ela não se importava mais com às consequências, ninguém poderia impedi-la além da própria morte que nunca a milhares de anos aconteceu...
Leon veio buscá-lo ainda naquela manhã, o escritório do CS era em Nova York, era para onde mandavam todos os garotos que saíam aptos da Ilha, era onde eles tinham um novo começo no processo de reintegração, a academia treinava e distribuía os jovens nos diversos setores de segurança, a empresa de Leon uma das mais famosas e bem articuladas no ramo, não existia melhor segurança do que um lobisomem com experiência e uma boa preparação, a empresa de Leon era a melhor no mercado, ele sabia fazer seu trabalho desde que mantivessem o segredo a convivência na sociedade humana era benéfica para todos.
-E como é esse garoto?. Perguntou Adam no carro a caminho do escritório de Leon.
-Bom... ele não é tão novo assim como os outros, não precisou de treinamento, está apto para qualquer coisa, faz pouco tempo que ele saiu da Ilha.
-Não necessitou de treinamento?. Perguntou Adam intrigado com o fato.
-Não... ele já tem experiência é por isso que lhe falei que ele é uma boa aposta.
-Eu quero testa-lo de qualquer modo, só assim poderemos conversar... não se esqueça de que é com a segurança da minha esposa que estamos lidando. Disse Adam apreensivo e no entanto curioso com o jovem notável que conheceria tão logo chegassem ao destino, se Leon acreditava no potencial do garoto então ele era realmente bom mas não entregaria de bandeja dessa forma, confiança não era algo a dar devia ser ganhada e Adam já tinha em mente como saber disso.
-É justamente por isso que ele é a minha melhor indicação Adam.
-Eu quero saber dos antecedentes dele... tudo, nos mínimos detalhes.
-Ele vai contar ele mesmo. Disse Leon sorrindo tranquilamente como se estivesse prestes a revelar algo inédito.
-E você confia nele?
-Eu acredito em cada uma de suas palavras... ele foi avaliado você sabe.
-Então ele não tem passado. Disse Adam pouco a vontade com aquela história enquanto Leon estacionava na frente do prédio de tijolos marrons da academia, as portas do carro foram abertas pelos homens que os aguardavam na entrada.
-Senhor. Cumprimentou um deles que abriu sua porta.
-Jordan. Assentiu Adam seguindo pela entrada acompanhado por Leon e os outros.
-E onde está sua aposta Leon?. Perguntou Adam atravessando os corredores marmoreos e brancos da instituição... Leon olhou Jordan em busca de resposta.
-Treinando no porão senhor. Respondeu, Adam assentiu dobrando a esquerda e descendo as escadas até o porão onde estava o centro de treinamento, uma academia subterrânea com todos os itens que se tem a oferecer para a manutenção da forma física, também haviam mais equipamentos espalhados nos outros três andares acima mas ali havia um ringue, um tatame onde eles poderiam travar suas lutas entre si, a está hora o lugar estava vazio, era a primeira vez que viam o amplo salão tão vazio assim porém havia um único homem treinando em um aparelho, um cavalo com alças, fazendo manobras girando o corpo utilizando as mãos como apoio nas alças que ficavam na parte de cima acolchoada.
-Então é ele.
-Seu nome é Derek Volga senhor. Disse Leon, Adam fez um gesto com a mão indicando que eles poderiam ir e Leon saiu acompanhado com os outros dois homens, ele ainda continuava com seus exercícios agora plantando bananeira com as mãos apoiadas no cavalo com alças sustentado o peso do corpo, os pés a um metro do teto... sem camisa o suor reluzia um brilho cristalino em sua pele clara, o efeito da incidência da luz dos raios da manhã que invadiam os vitrais na altura da calçada faziam as gotículas de água no corpo dele cintilarem como a luz que perpassa um prisma, haviam cicatrizes espalhadas no corpo escultural, a pele alva maculada por cicatrizes de guerra e sofrimento, o cabelo preso a nuca com um elástico... ele desceu da posição em que estava com um salto pousando no chão de maderia com um pouso leve como o som de um caminhar, os pés tocando o chão... um som impercetível aos ouvidos humanos, Adam não ficou impressionado com o movimento elegante, não se surpreendeu e nem mesmo se indagou como uma pessoa normal teria se importado, convivendo durante anos em espécie, tantos séculos esse tipo de coisa era natural, saltos e movimentos com uma eficiência maior que a média, caminhares quase silenciosos demais, sentidos aguçados como sensores extremamente sensíveis, sua realidade era comum da mesma forma que qualquer um via a sua própria realidade.
Ele caminhou até uma bolsa preta em cima de um equipamento de levantamento de peso, desfez a bandagem que lhe cobriam as mãos, dobrou as faixas rapidamente e as colocou na mochila pegando uma garrafa de água mineral, Adam não se incomodava com o silêncio enquanto o observava, sabia que ele sabia que tinha mais alguém ali, qualquer lobisomem perceberia isso, só estava esperando...
-Você costuma treinar todas as manhãs?. Perguntou ele enquanto Derek bebia a água calmamente ainda sem se virar.
-Sim, todos os dias úteis.
-A que horas levanta?. Perguntou Adam encostado na parede.
-Depende da hora que deito e se eu quero dormir, quando durmo três ou quatro horas de sono já é o suficiente para mim. Disse Derek secando o rosto suado com uma toalha... fazia tempo que Adam não se transformava, não precisa mais da companhia da noite Bella ocupara o vazio de antes, ele não tinha mais porque correr a noite toda na outra forma vivendo eternamente acordado em seu mundo de tormentos, no entanto o tormento cessou pois tinha tudo de que precisava em casa, agora ele podia passar a noite com a esposa e descansar em paz a seu lado... a transformação permitia o descanso físico necessário, com ela não havia necessidade de dormir para a espécie mas alguns ainda preferiam o conforto dos sonhos.
-Tão pouco... porque? Sofre de insônia?
-Só não consigo ficar na cama mais que o necessário. Disse ele, Adam riu suavemente.
-Essa era minha resposta favorita no passado, eu não dormia muito bem ou melhor preferia ficar acordado a ter que fechar os olhos e reviver meus pesadelos mais profundos, as coisas só melhoram depois que me casei... mas percebo que não durmo bem quando não estou com ela, a minha esposa... Leon já lhe informou do que se trata o emprego?
-Sim... ele me informou. Disse Derek terminando com a garrafa d'água e virando-se para Adam, ele puxou o ar com força para os pulmões fazendo um ruído ao solta-lo por entre os lábios entreabertos quando viu os olhos de Derek, o mesmo tom desconcertante de azul e turquesa quase violeta nas íris como os olhos de sua esposa, o brilho purpuro eram como veias, bem finas como riscos, listras ultrafinas cravadas nas íris que só podem ser vistos bem de perto, se Adam fosse humano ele precisaria estar a meio metro para visualizar aquele brilho violeta no azul profundo entre o azul claro e escuro.
-Tudo bem?. Perguntou Derek erguendo um sobrancelha, Adam assentiu piscando ao balançar levemente a cabeça ao se recompor, ele estendeu a mão para um cumprimento sem interromper o olhar, Derek a envolveu em um aperto firme e curto.
-Me chamo Adam. Disse ele, Derek assentiu pegando a bolsa e passando no ombro.
-Se incomodaria se eu tomasse um banho antes de conversamos no café ou se não me engano acho que o senhor tem a pretensão de me testar como Leon disse que me avaliaria... quer fazer isso agora?. Perguntou ele apontando para o tatame com um gesto... Adam tirou o casaco e o atirou no cavalete tirando as abotuaduras e começou a enrolar as mangas da camisa de linho branca nos braços fitando Derek sugestivamente, ele assentiu e recolocou a bolsa no lugar que a pegara.
-Não há melhor forma de se conhecer um homem do que em cima de um ringue. Disse Adam, Derek assentiu com a expressão neutra quando Adam chutou os sapatos com os pés e tirou as meias, recusando o tatame ele não queria imobilização queria movimento, objetividade, só assim saberia como Derek agia de verdade, ele empurrou os sapatos para o lado pulando para o ringue de boxe saltando a cerca de proteção com suas cordas bambas sem usar as mãos, Derek passou por baixo, os dois se prepararam tomando distância um do outro erguendo os punhos, os tendões de ambos tensos já a postos, eles começaram a circular em um dança violenta de investidas, nenhum dos dois recuava ou deixava se intimidar pelo outro.
-O que mais você sabe fazer Derek? Eu estava ansioso para conhecê-lo, faça isso valer a pena se esforce mais garoto. Tentou provocar Adam, Derek o encurralou em um canto ou Adam se deixou encurralar e ele começou a trabalhar socos rápidos na região das costelas de Adam.
-Eu não estou sentindo nem cócegas Derek. Disse Adam afastando-o com um golpe... Derek parou o estudou sem ofegar, ataca-lo pelos flancos não parecia a melhor das estratégias já que Adam tinham a resistência de um tanque, mas por onde se ataca um homem para derruba-lo se ele nem mesmo possui um calcanhar de Aquiles? Adam sorriu generoso, Derek não era alguém que se deixava provocar fácil... e além disso ele tinha que admitir que estava tendo um pouco mais de trabalho do que em geral seria para colocá-lo no chão, ele era bom, estava surpreso de ter aguentado tanto tempo.
-Deixe que eu facilite as coisas para você... que tal um lance vale tudo como os jovens dizem?. Perguntou Adam erguendo a sobrancelha divertindo-se, Derek varreu a sala subterrânea abarrotada de expectadores e se voltou para Adam.
-Eu não quero machuca-lo. Disse ele, Adam sorriu dando de ombros.
-Não acho que você seja capaz de me mandar para casa desmontado. Soltou Adam ficando cada vez mais provocante... Derek balançou a cabeça devagar e Adam saltou para cima dele sem esperar reação, agarrando-o pela cintura e tentado jogá-lo no chão, com algumas cotoveladas precisas Derek se livrou dele mas quando Adam se levantou pensando que Derek o deixaria ir, ele na verdade esperou que Adam levantasse pegou um de seu braços foi de encontro com o ombro abaixo do peito de Adam e o puxou jogando-o por cima de si fazendo Adam cair desnorteado no chão com a rapidez do assalto, houveram murmúrios de assombro no ambiente quando Adam veio ao chão.
-Ninguém nunca, nunca na vida tinha me derrubado antes garoto... você foi o primeiro. Disse Adam no chão surpreso demais para levantar mas isso foi um desafio, ele fez um movimento com a perna e atirou Derek no chão se moveu até ele passando um dos braços em seu pescoço prendendo-o, Derek insistiu nas cotoveladas aplicando mais força para se soltar, Adam ouviu algo ceder com um estalo, uma costela quebrada, era naquele ponto que ele queria chegar, uma luta de verdade, ele soltou Derek e se colocou de pé com uma rapidez mortífera investido contra Derek a adrenalina queimando em suas veias em meio aos golpes, Derek deu um golpe conhecido como uppercut em Adam, um soco de baixo para cima tão forte no queixo de Adam que ele foi arremessado para as cordas de proteção na borda do ringue, ele segurou a corda tentando recuperar o equilíbrio, cambaleou alguns passos, o sangue escorria em um canto de seus lábios...
Adam riu com diversão cuspindo para fora do ringue enquanto Derek ainda estava inteiro, Adam o olhou a excitação brilhando feroz em seus olhos selvagens, dessa vez impulsionado por uma energia brutal ele correu no ringue com o arranque de um touro bravo furioso e se jogou contra Derek os dois caíram rolando no chão e atirados para fora do ringue, os homens que assistiam o confronto se afastaram para que eles caíssem no piso de madeira laminada rolando no chão derrubando tudo que tinha pela frente.
Adam caiu por cima de Derek sem se conter desferindo uma infinidade de cruzados no queixo de Derek dos dois lados até um filete de sangue escorrer pelo canto da boca até o chão e quando ele abriu os olhos em meio aos golpes Adam parou... fitando aqueles olhos ele não conseguiu mais continuar, ele fazia tanto se lembrar de Bella, isso o fez engolir em seco, era pensamento fora da realidade machucar a esposa, isso o impediu de continuar mas também houve outro motivo que seus sentidos captaram que o fez parar completamente... Derek aproveitou aqueles segundos de hesitação saindo debaixo de Adam com um impulso no chão liso e antes de ficar de pé atingindo-o com um chute tão forte com os dois pés no centro do peito que o impacto como uma onda reverberou no peito de Adam e o arremessou a cinco metros de distância só parando quando suas costas encontraram uma parede que amorteceu seu corpo fazendo o som surdo de uma rocha batendo na encosta, a força com que a parede recebeu o assalto foi capaz de fazer a estrutura do prédio tremer com um abalo, como um pequeno terremoto fazendo as paredes vibrarem, uma rachadura cresceu no ponto do impacto no lugar onde um estante antes Adam estivera, uma fenda comprida separando a parede grossa de tijolos, Adam se apoiou no chão sentando sobre um calcanhar, um cotovelo no joelho erguido enquanto o outro joelho estava no chão, ele olhava Derek na mesma posição que ele, Adam arfava com a respiração acelerada, ambos fitando um ao outro nos olhos.
-O que é você?. Perguntou Adam olhando Derek enquanto percebia a verdade, o cheiro dele era diferente... diferente de tudo que já vira na vida, ele não era um lobisomem, era algo mais, indefinível, não humano...
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A Presença
عشوائيLivro II Bella encontrou seu verdadeiro amor, a metade que lhe faltava e que sem ela sua vida seria uma desilusão emoldurada pela tristeza, com a nova chance de viver a paixão que foi antes interrompida pela morte da moça, onde puderam recomeçar de...