34: Tensão

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Bella

      A morte de Alfred, meu remorso, o medo de Adam de que algo mais grave pudesse acontecer tinha nos deixado frágeis, expostos de tal maneira que mesmo abalado e por mais que ele não admitisse... Adam também se sentia indefeso, impotente, sem saber de que lado seríamos atacados, se teria uma próxima vez e o culpado pelo crime permanecia um mistério. Naquele noite após o enterro eles tinham se reunido no escritório de Adam para discutir o assunto, todos os seis do clã, a tensão era tangível. Eu estava sentada a mesa, os gêmeos Ivan e Ian estavam nos sofás ao canto irradiando irritação, Nicolay de pé de braços cruzados encostado ao lado da porta com o rosto bastante rígido como um oficial militar, Arthur olhando a noite lá fora ao lado da janela o rosto normalmente sereno era sombrio, Rosemary sentada na beirada da grande mesa do escritório estava com raiva mas conseguia se controlar já o irmão... Adam circulava de um lado a outro no meio da sala podia ver como os músculos por baixo da camisa preta de botões e mangas compridas estavam bastante tensos enquanto ele se movimentava, a postura e o tom de voz mostravam toda sua inquietação.
-Eu não sei quem e nem o porque essa pessoa... quem quer que seja que tenha nos atingido dessa forma mas eu vou descobrir... precisamos descobrir. Disse Adam irritado aos demais conselheiros presentes no escritório procurando por uma explicação.
-Mas porque alguém iria querer sua esposa morta?. Perguntou Arthur, de perfil e olhos fechados a janela... sua última palavra me trouxe um calafrio. Nicolay foi quem se pronunciou depois.
-Bater no lugar mais fraco, onde dói mais... talvez o propósito fosse atingir você Adam, Bella não é uma ameaça a ninguém a não ser... talvez Demétrius...
   A menção a Demétrius fez o olhar frio de Adam endurecer ainda mais.
-Ele não poderia entrar aqui sem que sem ser notado. Disse Ivan, um dos gêmeos.
    Rô, a irmã de Adam se levantou da ponta da mesa de mogno do irmão, sempre elegante em seu vestido longo e escuro.
-Existem outras formas. Disse ela fitando a todos.
-E quais seriam?. Perguntou o irmão, Rô sorriu embora seus olhos fossem ferozes aliás todos ali tinham aquele brilho selvagem no olhar, o olhar de fera.
-Uma delas eu descobri em uma viajem a três anos... algo macabro mais engenhoso que pode ser usado como meio para se infiltrarem em nossos domínios eles ficam quase impercetíveis até o sangue humano desaparecer. Disse ela parecendo se lembrar de algo, Adam a olhava.
-O que você descobriu?. Perguntou ele, Rô ergueu o olhar para o irmão.
-Nunca estudamos a anatomia vampiríca, só sabemos sobre nós mesmos porque isso foi estudado, minuciosamente estudado... mas não sabemos quase nada sobre eles.
-Onde quer chegar? Esclareça minha irmã. Pediu Adam, Rô andou até ele.
-Eu estava com Black em uma viajem até a Ilha, queria visitar alguns meninos nossos... durante o trajeto houve uma situação desagradável para Black... alguns de seus homens estavam sumindo, apenas sangue era encontrado nada de corpos, acho que sabe o que isso significa. Disse Rô, eu a olhei sem entender, ela notou minha confusão e se dirigiu a mim.
-É simples Bella, mais do que parece... descobrir quem fez a sujeira... geralmente nossa espécie deixa mais estragos do que nossos inimigos, fazemos mais sujeira. Disse ela, eu assenti.
-Seu modo de caça é bastante previsível... eles nunca se alimentam da vítima no local, a atacam isso pode deixar rastros... o sangue da vítima e o cheiro deles, nada que um humano possa identificar com suas habilidades limitadas... as vezes menos de uma única gota de sangue fica para trás, eles se alimentam em outro local quieto e sossegado e depois desovam o corpo em algum lugar... alguns são mais espertos e sabem encobrir seus rastros, sabem como fazer uma pessoa desaparecer sem deixar pistas mas outros não são tão cuidadosos. Explicou Rosemary olhando para mim, eu assenti.
-Prossiga Rosemary. Pediu Adam impaciente por ela ter se desviado do relato, ela olhou cada um dos rostos antes de soltar...
-Havia um intruso no navio... um vampiro. Disse ela, os gêmeos ridicularizaram o fato, eu não sabia o que pensar, porque eles debocharam.
-Vampiros não podem passar por nós despercebidos, conseguiria sentir o cheiro deles a quilômetros... Black deixou um vampiro subir a bordo? Iria levá-lo para onde? Para as Bahamas na primeira classe?. Zombou Ian o irmão gêmeo de Ivan.
-Antes de responder a sua pergunta gostaria de debater uma questão anterior. Disse Rosemary olhando os gêmeos friamente, depois ela se virou para Adam, ele assentiu e ela se voltou para os gêmeos.
-Como podemos saber que um vampiro atacou?. Perguntou Rosemary com a postura superior de uma professora severa.
-Se o rastro for recente... pelo cheiro principalmente, após algumas semanas o cheiro fica fraco e assim mais difícil de rastrear... na chuva o rastro se distingue quase como se surgisse uma linha invisível, se for em terra fica fácil persegui-lo na água é um pouco mais complicado. Disse Ivan convicto.
-E se não houver cheiro? Como identificar?. Perguntou Rosemary, essa o acertou em cheio mas Ivan respondeu mesmo assim.
-Não há possibilidade de saber o que aconteceu... a pessoa poderia ter só se ferido acidentalmente, não tem como identificar. Disse ele, Rô assentiu concordando.
-Respondendo a sua pergunta Ian, Black não deixou o vampiro embarcar, ele acharia a ideia repugnante em especial por conta do cheiro, o vampiro simplesmente se misturou com os demais agindo como um dos funcionários, um humano comum, nem eu que fiquei a maior parte do tempo rondando o navio pude percebe-lo... eles encontraram uma forma de anular o cheiro deles por isso ficam impercetíveis. Disse Rosemary, o choque foi geral.
-Isso é impossível. Disse Nicolay balançando a cabeça com descrença, Rô continuou.
-Não descobrimos o que ele queria no navio, o que pretendia, o Item que transportava escapou e cruzou seu caminho e o matou meu palpite é que o Item por ser novo ainda e nunca teve contato antes com a outra espécie até aquele momento, a estranheza foi instantânea... tendo notado as notas no ar do cheiro original do vampiro. Disse Rô fazendo uma breve pausa enquanto todos absorviam em escalas variadas de preocupação o que ela dizia... Item era como se referiam a sua espécie no laboratório.
-Ele passou um bom tempo conosco sem que déssemos conta de sua presença se passando por um dos funcionários de Black, no fim descobrimos seu esconderijo improvisado, um quarto escondido onde ele mantinha certos utensílios para a realização de transfusões de sangue humano fresco misturado aos de nossa espécie, havia um banco de sangue com o sangue dos nossos... seu cheiro é praticamente nulo com a mistura, por isso os marinheiros estavam desaparecendo. Contou ela, as expressões e murmúrios de asco e revolta repercutiram pela sala.
-Isso é uma afronta... asqueroso!. Disse Nicolay, Rô continuou ignorando delicadamente os grunhidos dos irmãos.
-Você está de cabeça quente Adam pense bem... o que Demétrius fez na outra vida de Bella, o estrago feito e o único prejudicado foi você. Disse Rô, eu concordei com ela nada satisfeita com a suposição mas quem mais poderia ser? Adam me fitou, eu estendi a mão sobre e ele veio até mim e envolveu minha mão com a dele, brinquei com sua aliança olhando em seus olhos.
-Demétrius tinha motivações suficientes para querer acabar comigo... lembra-se?... eu lhe falei a respeito a algum tempo sobre a questão... ele não queria que seu Mestre me colasse ao lado dele, você se enganou ao achar que poderia me esconder para sempre, quando Anastácia Vanderheiden veio até mim achamos que isso pudesse acontecer mas foi um engano, como sabemos não foi intenção dela me delatar, apesar disso você e eu sabemos que é inevitável, é  uma questão de tempo para que ele descobrisse, nós dois sabemos onde isso termina. Sussurrei... minhas palavras eram uma sentença sem direito a fiança, não podia escapar estava presa a esse destino, era ilusão achar que agora estaria livre, Adam me olhou perplexo por um instante antes de seu olhar desmoronar no meu, ele fechou os olhos derrotado mas ainda negando.
-Não...
-E se alguém de dentro tivesse tais instruções sombrias recebidas de fora, alguém que trabalha aqui, conosco. Disse Rô, todos a olharam.
-Do Príncipe Sombrio? E se ele já tiver descoberto a verdade, que Bella e Adam já estão casados talvez ele quisesse vingança. Disse Ivan, eu me encolhi apertando a mão de Adam, a cada dia nossa felicidade estava mais próximo do fim... do meu fim. Arthur foi quem falou.
-Acho que se fosse ele mesmo, as ordens seriam outras... ele não iria querer Bella morta, não acredito nisso... depois desse tempo todo procurando por ela e seu empenho no passado para possuí-la, acho que Demétrius pode ser o mandante, concordo com Rosemary. Disse Arthy, Ivan continuou.
-Talvez o Príncipe soubesse que os dois estão juntos e não se alegra-se tanto com o fato... eliminar Bella por vingança não me parece algo tão inadmissível assim que possamos ignorar já que o amor que ele mostrou ter por ela é tão insano, as coisas poderiam ter mudado, amor pode virar ódio... mas Demétrius por outro lado, ele tem o motivo e os meios para conseguir colocar alguém aqui disso ninguém aqui tem dúvidas do que ele é capaz... ele poderia contratar alguém para cuidar disso sem precisar sujar as próprias mãos, sem que ninguém percebesse. Disse Ivan explanando seu pensamento.
-Suspeitam que há alguém infiltrado aqui no meio de nós? Ou talvez o pessoal do bufê durante a festa?. Perguntou Adam procurando uma explicação naqueles rostos, Arthur se aproximou saindo das sombras de sua melancolia.
-Contratar um humano qualquer para fazer o trabalho é mais sensato do que colocar morto-vivo entre nós, apesar de achar que a ideia de Rosemary não seja totalmente excludente, não podemos descartar essa hipótese é claro, a ideia de mesclar o sangue o humano com o nosso é engenhosa e poderia ter dado certo, haviam tantos de nós na festa o cheiro poderia ser confundido, camufla-lo, até apaga-lo por completo... mas há algo aqui que não está se encaixando perfeitamente, me intriga bastante... a festa não foi planejada, foi um impulso da descoberta de Adam sobre Bella estar grávida que Rosemary aderiu, como Demétrius descobriu isso? Como ele sabia quando e onde seria festa? Como ele teve essa informação? O mais provável Adam é que há mesmo alguém de dentro passando esse tipo de informação para ele, um dos seus poderia ter si infiltrado aqui, mas um morto-vivo precisa caçar e assim alguém descobriria uma hora ou outra, as transfusões de sangue podem ser uma ideia arriscada iríamos suspeitar, não sabemos com que frequência elas devem ser feitas para manter o disfarce e o quanto de sangue seria necessário seria dispendioso demais e muito perigoso para quem tentasse, esta é a nossa cidade, há muitos de nós por aqui alguém perceberia, já um humano não... em todos esses anos quantos criados já passaram por está casa? Quantos espiões já não estiveram por aqui? Demétrius pode estar nos vigiando a anos e colocou alguém de sua confiança para a tarefa, alguém que conhece a rotina da casa e a própria casa até mesmo a nós, um desconhecido vindo de fora não teria tanta mobilidade para executar o plano em poucas horas se não soubesse dessas coisas, entrar e sair sem ser visto e percebido seria difícil, Demétrius precisa que nós tenhamos confiança nessa pessoa, tem de ser alguém de confiança possivelmente alguém que tivesse acesso a cozinha e pudesse servir com eficiência ao seu propósito... em todo o caso devemos começar as investigações o quanto antes e não podemos deixar absolutamente ninguém de fora humano ou não, não creio que ninguém de nossa própria espécie tenha nos traído mas todos temos olhos para notar algo de estranho, fora da normalidade. Disse Arthur, Adam estava encostado na mesa ao meu lado com um olhar decidido e firme; as sombras de seu medo foram sufocadas, ele se dirigiu aos irmãos de coração.
-Todos sem exceção passarão por um interrogatório então... eu preciso ter alguma coisa em mãos antes que enlouqueça, não vou ficar em paz enquanto isso não for resolvido... só de pensar na possibilidade de que alguém de dentro, debaixo do meu teto, foi capaz de tal ato... que teve tamanha coragem para isso... fico aflito... isso não pode voltar a se repetir. Disse Adam olhando para mim.
-E não vai... o insucesso da operação nos serviu de alerta, agora nós sabemos, devemos manter isso em sigilo por enquanto ninguém sabe o que realmente está acontecendo além de nós. Disse Arthur, Adam assentiu.
-E o culpado pode escapar se não agirmos logo. Disse Ivan, Adam se virou para os concelheiros.
-Sim... e eu não quero que escape. Disse Adam com o olhar feroz.
-Fique tranquilo meu irmão cuidaremos de tudo. Disse Nicolay, Adam tocou meu rosto.
-De qualquer forma é o melhor... não posso deixá-la. Disse ele, eu me levantei e o abracei.
-Fique com sua esposa Adam e não se preocupe mais... o manteremos informado. Disse Arthur tocando o ombro de Adam ao se retirar com os outros.
-Obrigado. Sussurrou ele ainda olhando para mim, eu peguei suas mãos e as beijei quando eles se foram.
-Não fique assim... tenha calma. Pedi, ele me olhou fixamente nos olhos... sabia o que estava sentindo, o que pensava a respeito, não era necessário dizer um palavra para que eu soubesse o que o afligia, estava explícito em seus olhos, claro como água em seus olhos de noite escura, no modo como seus braços me apertavam, uma situação parecida ocorreu no passado... o medo dele de me perder, ainda antes de eu ter ciência de toda aquela história do nosso passado do século XV, aquele medo o atormentou mas não era pelo mesmo motivo, antes que eu descobrisse a verdade ele tinha um medo verdadeiro de me perder pelo que ele era no momento em que eu soubesse que ele não era tão humano, o medo de que eu o rejeita-se o machucou mais do que sua culpa injusta por ter tirado a minha vida que até um tempo atrás tinha tomado grande parte da sua vida, eu jamais faria isso, não por pena, por remorso mas porque o amava demais, jamais teria coragem de dizer que não o queria, que não era capaz de aceitar o que quer que fosse inclusive se ele realmente tivesse sido meu assassino, eu o teria perdoado embora me deixasse mais tranquila em paz que não tivesse sido ele mas sim Demétrius o autor da minha desgraça e morte... não queria que ele se sentisse culpado, que o remorso o tortura-se como o tinha torturado mesmo se ele fosse o culpado pela minha morte, eu o perdoaria e faria o impossível para que ele não sofresse mais...
      Mas hoje, ali... havia um medo real e mais profundo que o atormentava, que a morte nos separa-se outra vez, contra isso nem eu e nem ele poderia lutar... a tentativa de assassinato era uma forma clara e torturante de atingi-lo.
      Minha morte agora representaria em sua vida um marco marcado a ferro e fogo em seu coração... no passado tivemos uma noção parcial do que era amor, o amor romântico de época era diferente, havia menos contato por respeito, o namoro breve era uma troca de olhares incansáveis e palavras bonitas, de mãos dadas e não mais que isso, ele nunca tinha se quer me beijado na outra vida, mas mesmo que não me lembrasse o suficiente desde o novo começo nessa nova vida sabia que não seria diferente que não seria menos intenso, mesmo depois de casados olhar em seus olhos me enchia de inspiração e paz, fazia meu coração se agitar no peito era fácil saber porque tinha me apaixonado por ele.
   Eu toquei seu rosto enternecida enquanto fitava seus olhos, as promessas, as declarações tudo tinha valor e significado bem ali, eu o amava e faria tudo por ele até o impossível.
-Como posso me acalmar depois disso Bella?. Perguntou ele ao me envolver em seus braços, eu o apertei com força desejando ter as palavras para reconforta-lo, dizer que ficaria tudo bem parecia insuficiente e incerto... eu tinha medo de sua tristeza de antes, que ele estivesse tão infeliz como estava quando o reencontrei a quase três anos... a morte para aqueles que ficam é mais dolorosa, para os que amam podia ser insuportável quase como morrer em vida... não queria que fosse assim de novo, que os mesmos sofrimentos se repetissem, ele precisava ser feliz depois de quinhentos anos de uma indescritível dor e tristeza por minha falta e pela culpa crescente e penitente ele merecia ter seu momento de paz, ser feliz... mas ser feliz parecia algo delicado demais, antes parecia inalcançável com a minha morte agora que chegamos lá a sensação era que topo estava ruindo como se nosso amor estivesse sentenciado, amaldiçoado e que não poderíamos ser felizes por mais tempo... como se a sentença estivesse proxima de ser cumprida mas quem pagaria mais alto? Ele não suportaria mais cem anos no inferno.
-Do que adianta aborrecer-se se estamos bem. Tentei afugentar a dor que pressionava meu peito, como se estivesse me afogando e tentasse desesperadamente manter a cabeça fora d'água na esperança de sobreviver mas apesar dos esforços eu me sentia como se por mais que lutasse algo parecia me puxar para o fundo... e estava conseguindo. Ele se ajoelhou aos meus pés para colocar o rosto em meu ventre por um instante e depois fitou meus olhos com temor nos seus e eu não sabia o que dizer.
-Eu estive a ponto de arder amargamente por mais uma eternidade... sem vocês seria um inferno com o qual não posso lidar, não saberia como viver nem como conviver comigo mesmo se você se fosse.
-Não me assuste. Pedi, ele riu com rouquidão e suspirou olhando-me seriamente, intenso, seu olhar foi como uma descarga elétrica que se caiu sobre com toda a intensidade.
-Como acha que me sentiria se acordasse em uma manhã e não a encontrasse em parte alguma? Quem sorriria como você sorri para mim ao acordar? Como viveria se não visse mais seus olhos? E além disso quem enfrentaria a tarefa de cortar meu cabelo?. Indagou Adam, ele riu levemente com as duas mãos em minha barriga, eu não consegui sorrir.
-Ainda acha que isso não é motivo para aborrecimento? O que eu faria sem você meu amor? Como sobreviveria?. Perguntou ele, a angústia tornando a cintilar mais ardente em seus olhos, eu coloquei minhas mãos em seu rosto e me inclinei para ele... era melhor fingir, pensava... não que ajudasse ignorar o problema, ele não desapareceria mas se ele visse em mim o medo, minha covardia, Adam se angustiaria mais do que já estava aflito... ele não podia descobrir o pavor que eu sentia, em quem se apoiaria nesse momento de desespero...?

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