Salva Pelo Traficante (Livro 2 - Versão Original)

♚ II - 28 ♛

SEM REVISÃO

PV: Sofia

O nome dele é Leo, ele é engraçado e parece não querer me levar pra um local escuro. Isso é bom.

-Tá gostando daqui? Nem parece de fora, fala português muito bem.

-Ah, nossos pais são brasileiros - O que é uma mentirinha no meio do desastre que a Manuella causou?

-Hum

-O que você faz? - Pergunto tentando ser o mais normal possível.

-Trabalho, sou garçom num restaurante aqui perto. - Ele sorrir me encarando por um tempo - Cara, tu é muito linda.

Baixo a cabeça, tentando não ficar mais sem graça do que já fiquei todas as vezes que ele solta um elogio.

-Obrigada. Você também é. - Ele sorrir, um sorriso completamente branco contrastando com sua cor.

-Sou? - Coloco a mão na bochecha, pra esconder a minha timidez.

-Claro que sim. - Ele gargalha alto

-Você fica vermelha - Sorriu sem graça, tenho certeza que isso é verdade - Fica ainda mais linda.

E sorrir abertamente me fazendo ficar ainda mais desconfortável.

-O que tu faz? - Ele rouba o coco da minha frente e o toma.

Meu sorriso se vai com a sua pergunta, não sou ninguém. Ele me olha atentamente.

-Nada... nesse momento.

-Ahh, um ano livre dos deveres da vida. -Diz se encostando na cadeira - Isso é normal pra quem tem dinheiro.

Sorriu "Não tenho dinheiro pra um palito de fósforo."

-Vocês são amigas? São bem diferentes pra serem irmãs - Ele faz uma careta engraçada. Olho pra Manuella, ela fita o céu emburrada

-É, vamos dizer que sim. Amiga doida. - Ele gargalha

-Essa são as melhores - Confirmo -Tem namorado?

Penso um pouco analisando a minha situação.

"Sem volta" A voz do Conan ronda minha cabeça.

"Mas ele tava com outra" - Tento responder ao meu cérebro

-Eu não sei. - Digo calmamente. Ele me olha em dúvida

-Como não?

-Ele não é muito bom... da cabeça. - Ele faz careta - Acho que ele pode esquecer do que diz. É complicado

-Ele tem problema? - Ele diz serio apontando pra cabeça.

-Eu não sei, ele fala sozinho as vezes. - Léo arregala os olhos.

-Porque tá com ele então? - Dou de ombros.

-Acho que gosto dele.

-Acha? Ele já foi internado, algo assim? - Fico pensando durante alguns segundos.

-Acho que não. Mas não me importo com seu problema, ele cuidou de mim quando precisei.

Só faziam cinco dias que eu havia saído do inferno. E quatro que o Conan havia entrado na minha vida.

Em apenas quatro dias ele me fez acreditar que algo em mim poderia ser feliz, mas, do nada, ele provocou a queda de tudo que havia construído.

-Ele me magoou, mas não posso odiar-lo por viver a vida dele