♚ II - 62 ♛

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OBS: Cenas um pouquinho forte. Vocês sabem que quando me empolgo o negocio fica bizarro. Eu tirei algumas coisas quando editei pra não ficar muito pesado, mas segue ai. Boa leitura.



 A vingança não é um prato que se come frio, não tem gosto de requentado. Vingança é servida na taça, é engarrafada na data do desafeto, guardada em nossa adega de rancores, e quando chega o grande dia, o dia da desgraça alheia, estouramos a rolha e antes de beber, nos banhamos.

Luana dias schuarcz

PV: Conan 

Termino as contas do dia anterior e de hoje sem ver o resto do dia passar. Focar na Sofia ou na invasão do Trek nos últimos dias tinha me tirado completamente dos trilhos. As despesas estavam chegando sem que eu me desce conta, o único consolo é que entrava mais que saia e não teríamos que gastar tão cedo com armamento. Era só focar nas mercadorias e nos movimento dos fardados.

Era quase dez da noite quando sai, o fluxo tava maior, a música da quadra ali perto tava alta, os carro dos engomadinho tava estacionado até na esquina da boca, como se aquela desgraça fosse estacionamento. Bando de pau no cú. Depois que os noia arromba procurando grana vem encher a boca pra culpa os meus, como se a grana de cada um no bolso não desce pra comprar uma merda daquela no desmanche ali do lado. 

Cruzo os braços vendo um carro do playboy tentar enrolar o beco com dificuldade por causa da merda de um carro na esquina. Ele desiste e estaciona o carro ali mesmo na rua e desce caminhando até o ponto de venda. Fico esperando ele sair. Fico mais puto quando vejo ele voltar de ré irado porque não tinha espaço. Era só o que faltava, perder as venda por causa de um merdinha.

— Oh zé!—  Mando a visão pro nando que tá fazendo a guarda de um dos pontos na rua

— Falae, qual o problema?—  Diz assustado enquanto me aproximo

— Conta ai meia hora, se os zé buceta não vier tirar essas porra daqui— Aponto pros carro— Fura os pneu.—Ele rir

— Ihh, vai ter play de cú na mão quando a favela acordar—  E rir ainda mais imaginando as desgraça vendo o esta do carro. Era o que eu queria

— Manda empurrar favela abaixo! Avisa que se eu acordar e essas merda tiver ai, vão ter que procurar as peça uma por uma lá no desmanche do ferruge. — Ele gargalha

— Patrão hoje não tá de papo.  A branquinha expulsou de casa? — Encaro o desgraçado que rir—  As mina gostosa só da trabalho, mas oh, chegando em casa pega de surpresa, tá ligado? Elas geme bonitinho quando caimo de boc...—  Ele percebe que ainda tô de braço cruzando encarando ele

— Que que tu tá dizendo ai?—  Pergunto dando um passo, ele da dois pra trás

— Q...que to indo ali furar uns pneu, que os play... Eu já tô vazando —  E sai da minha frente quase correndo. 

Era só o que faltava, tinha na minha testa que eu tava com problema com a "Branquinha"? Desgraça!

Sem rumo, sem querer chegar em casa pra não discutir de novo, deixo a moto lá e tiro pro barraco. O fluxo tava a toda nos beco, as mina passava por mim me encarando dos pés a cabeça como se eu fosse a porra de um pedaço de carne. Aquilo me incomodava, daquelas mina eu já tinha me enchido e tirado o coração de uma delas sem problema algum. Nem trocava uma ideia, meu rosto já dizia que eu realmente não tava pra papo.

Salva Pelo Traficante (Livro 2 - Versão Original)Onde histórias criam vida. Descubra agora