♚ II - 15 ♛

16.6K 1.1K 327
                                    

"As frases eram depressivas e agressivas, mas dentro de cada letra havia apenas a verdade. Tive que me destruir para me tornar forte."

Kcaam Bruno


PV: Trek

Depois de fazer negocio com o PL fico no paiol esperando uma ligação. Se é dinheiro que preciso, vou fazer jogo com todo tipo de moeda de troca. Deixo PL ir embora pra não ver um inimigo de longa data.

Lobão, que faz jus ao nome que tem, trafica criança a mais de 20 anos e nunca foi pego ou pressionado a não ser pelo PL. Era dono da Rocinha no tempo que o vagabundo resolveu se vestir de lobo mal, e comer as criancinhas as fazendo desaparecer.

A policia caiu matando, era invasão atrás de invasão. Tentavam pacificar, pois acreditavam que o novo comando tava ganhando dinheiro com o trafico de pessoas. A única solução foi botar o Lobão pra correr. Saiu fugido pra Colômbia levanto tudo o que já tinha pego.

Depois do sumiço, ha alguns anos atrás, ele voltou ao Brasil. Entrou em contato comigo a procura de armamento e foi ai que descobri o seu hobby. Não que eu nunca tivesse ouvido falar, mas esse tipo de bandido sempre se mantem na toca pra não dá de cara com os verme.

Enquanto espero, os barulhos de tiros começam vindo da direção da minha casa, uma quantidade absurda de disparos que eu conheço bem. Todas saem das minhas mercadorias. Não penso, só desço o mais rápido que posso.

Chego tarde demais, nem peguei o cheiro. Só estaciono e encaro toda a destruição da minha rua. Saio do carro e vou pra frente da casa não entendendo o que acabou de acontecer.

O muro está por todos os lugares, a poeira e os destroços cobrem tudo o que havia no meu quintal. Os homens, que me serviriam de escada pra o sucesso que tanto precisava, estão no chão. Mortos.

-Chefe? - A raiva domina o peito quando escuto o meu sub

-Que bagulho é esse, Anal?! - Me viro pra ele

-Alemão - O filha da puta me olha como se fosse a coisa mais normal do mundo - Não teve o que fazer, começou a atirar quando viu a cria gritar.

Nada faz sentido, nada justifica atirar contra os meus e nem deixar minha casa no chão. Vou andando entre os entulhos, me equilibrando onde dá e olhando a minha volta, só sinto raiva.

O som ainda permanece ligado, o fogo da churrasqueira ainda queima, a piscina tem homens boiando e gente caída sobre as mesas. Eram todos dinheiro pra mim, todos me valeriam uma grana.

Continuo a andar, um dos meus está caído na porta de entrada, aparentemente ainda respira. Caminho até a entrada dos quarto e outro dos meus está caído, mas esse não teve muita sorte. Seu sangue está pelo chão.

Olho para o fim do corredor e algo me chama atenção, a porta na qual tenho a chave está escancarada. Meu coração bate rápido e começo a suar com a raiva aumentando.

"Não, ela não fez essa merda"

Caminho rápido sem se importar com o sangue pelo chão, a raiva volta a me cegar. Paro na porta.

"Vazio."

Minha respiração sai descontrolada, meus punhos seguram a porta com força, a vontade é de matar qualquer um. Tá completamente vazio! Vasculho os bolsos atrás da chave da porta. A encontro, a seguro firme entre o punho.

"Ela tava trancada, ela tava trancada, porra!"

Analiso a porta, foi arrebentada, foi simplesmente arrombada. Volto a segurar a porta com força, não consigo respirar, não consigo pensar direito só quero estar sonhando. Encosto a testa na porta e respiro fundo.

Salva Pelo Traficante (Livro 2 - Versão Original)Onde histórias criam vida. Descubra agora