Salva Pelo Traficante (Livro 2 - Versão Original)

♚ II - 29 ♛

PV: Sofia

Num segundo estava no chão, no outro em volta da sua cintura com ele me pressionando na parede. Suas mãos percorrem as minhas pernas enquanto seus lábios tomam a minha boca.

Todo o meu corpo corresponde a ele, não importa a parte, ela precisa que ele a toque por um simples segundo.

Sinto o formigamento deixado pelas suas mãos, sinto quando seus dedos percorrem os laços da parte de baixo do biquíni, e se demoraram lá.

Seus polegares brincam com eles, se encaixam por baixo da fina amarração, dando passagem pra suas mãos deslizassem para a minha bunda.

A pele com pele, me faz gemer enquanto o beijo e agarro sua nuca. A sensação que aquilo me trás, é de esquecer o mundo a minha volta.

Ele desgruda sua boca da minha, resmungo. Abro os olhos e me deparar com sua boca ainda aberta com seus olhos me encarando.

Suas mãos abertas, ainda sobre cada lado meu, me apertam, me abrindo e me provocando suspiros.

-Não vou me controlar se ficar fazendo essa cara. - Ele aproxima sua boca do meu pescoço e distribui beijos lentos.

Não me importo com o que ele diz. A sensação nova que aquilo me trás me deixa zonza e fora de mim.

-Se não me mandar parar, vou tirar toda essa coisa e te comer com força.

Arregalo os olhos imediatamente. 

As lembranças, todas elas, chegam a minha cabeça como um furacão. Destruindo tudo e qualquer sensação boa que aquilo me trazia.

O baile, a força descontrolada com a qual ele me tocava, as dores que me causava e o meu filho. O meu filho nas minhas mãos. 

-O que foi? - Os olhos azuis me encaram - Fiz algo de errado? Porque tá chorando, Sofia?

-Não me machuque - O soluço que sai de mim é incontrolável.

As lembranças que aquelas simples palavras me trazem, dominam a minha cabeça.

Só doi, machuca por todos os lados. Anos e mais anos sendo atormentada pela realidade de uma vida de abusos.

Atormentada por um homem sem coração, sem sentimentos ou qualquer humanidade.

As palavras da Manú tomam conta de mim, me fazendo lembrar da raiva.

A raiva crescer junto com aquela dor, raiva dele, do mostro que matou meus pais, que atormentou a minha filha, que destruiu a minha vida.

Raiva por deixar que momentos como aquele fossem destruídos por algo tão ruim e inútil.

Pelo Trek, pelo maldito que destruiu qualquer sonho que eu tivesse acreditado. Pelo homem que tentou matar a minha menina, pelo simples fato dele querer.

-Ei! O que cê tem? - Quando dou por mim, já estou agarrada a ele chorando compulsivamente

Ele já está no chão comigo em seu colo, me agarro a ele e libero mais do que imaginava que possuía.

-Pequena, cê tá me assustando! - Suas mãos tentam tirar meu rosto do seu peito. - Assustando pra cacete!

-Não me machuca, por favor, não me machuca - Com força ele me tira de seu peito

-Olha pra mim, porra, olha pra mim! - Seus olhos se fixam em mim - Só vou te tocar quando você me pedir, quando você quiser, ouviu?

-Você disse...