PV: Sofia
Um homem dirige enquanto Manuella fala com o do banco do passageiro sobre quem vai entrar e como tudo vai acontecer.
Eu vagueio sobre o que a Manú falou no quarto, é fácil falar. Difícil é colocar os seus temores de lado e encarar o mundo tentando fazer sua cabeça acreditar que você não tem culpa.
Só sua cabeça, porque o coração já doi de um jeito já sem volta, tenho que só aprender a conviver com ela e criar espaço pra outras coisas. É isso que tenho que fazer.
Entramos com os dois homens as nossas costas e o resto fica no estacionamento falando no celular com alguém.
Manú me arrasta pra primeira loja que encontra, uma mulher vem sorrindo ao nosso encontro.
-Tava aqui pensando quando ia voltar, faz o que, quatro anos?
-Bem mais. - Ela abraça a garota - Como ta as coisas?
-Normais. Ouvi falar do sumiço do seu tio. Tá tudo bem? Você viveu com el...
-Não esquenta, tô ótima! - Ela me pega pela mão e me arrasta pra mais fundo na loja - Me mostra as roupas pro melhor baile funk do Rio de Janeiro
A mulher simplesmente rir e nos leva pra um departamento que me assusta
-Essa é a nova coleção que chegou.
-Curti. - "Eu não!" Queria gritar. - Esse, que cê acha? - Um short que, com toda certeza, mostraria a minha bunda inteira
-Não, Manuella! - Ela faz careta, mas não se abala
-Esse é meu então - E dá pra mulher que sorrir ao seu lado - Prefere vestido?
Ela me mostra um vestido azul que mostraria toda minha lateral, nesse eu nem poderia usar calcinha
-De jeito nenhum. - Ela bufa e volta a jogar pra mulher.
-Melhor pra mim
E assim ela me oferece a loja inteira, sempre curto demais, colado demais ou mostrando demais.
Acabo com um vestido mais curto do que eu gostaria, mostrando mais do que estou acostumada. Mas aceito já que ela ameaça me jogar pela janela do 2° piso.
Chegamos na casa do Conan quase às 22:00h da noite. Paulo e Conan tentam fazer os meninos dormirem enquanto cantam um funk pesado cheio de palavrão.
-Meus filhos não dormem ao som de WM não, seu idiota - Ela segura um deles que tenta sair dos braços do Conan.
-Foi de boa lá?
-Cê ainda pergunta? Olha aquilo. - Os homens que foram com a gente começa a entrar na casa cheios de sacolas.
-Sua mulher não tem limite, cara. - Conan diz rindo
-Notou isso agora?
-Cadê a Tina?
-Assistindo com a Flavinha.
-Pode ir tomar banho e se arrumar, Sofia. Vou colocar esses dois pra dormir e depois vou lá.
Concordo e entro. Encontro a Flávia na sala quase dormindo sentada. Faço algo pra ela jantar e a acordo pra tomar banho. Deixo ela no quarto pra que eu tome banho.
Quando chego ela já tá vestida e deitada assistindo, com o prato vazio do lado. Não faço ideia como aquela TV foi parar ali. Visto rápido o vestido.
-Vai pra onde, mamãe? - Ela fala esfregando os olhos
-Mamãe vai pra festa da Manú.
-Eu não posso ir?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Salva Pelo Traficante (Livro 2 - Versão Original)
Ficción GeneralSérie - Contos de Favela ATENÇÃO! O livro aqui disponibilizado está registrado na biblioteca do livro e qualquer cópia disponibilizada sem autorização terá o seu autor processado. Livro contém: Cenas de sexo Palavrões Apologia ao Crime Mortes Crime...