PV: Conan
"Ele tocou nela, ele tocou nela! "
Acelero o carro na direção do hospital. Fiquei surpreso em ligar e saber que o Caveira a levou para um hospital particular que cobra uma fortuna pelo sigilo.
Sem entender nada do que está acontecendo comigo, dirijo. Não sei que merda aquela mina fez comigo. Ela é problema, eu sei que ela é a porra de um problema enorme, mas as minha mãos parece querer senti-la a todo maldito instante.
É como se a pele dela fosse o maldito paraíso. É macia, me acalma, é como se a precisasse sentir pra ficar de boa, como se aquilo fosse feito só pra mim. E ele a tocou, ele a macucou!
"Ele tocou nela!"
Soco o volante querendo, de alguma forma, faze-lo pagar. Pagar pela dor que elas sentiram, pela maldita dor que eu não tenho razão nenhuma de sentir.
"Problemas, Alex. Elas são problemas"
Volto a socar o valante. Que merda eu tô fazendo? Não consigo pensar, não consigo focar em nada quando ela aparece. Quando ela fala é como se eu precisasse ouvir aquilo, se ela me mantasse ir a merda eu ia sorrir só por ela falar comigo.
Ela é tão linda. Isso só piora o meu lado ogro. Faz ele querer surgir para protege-las, para mante-las longe de qualquer coisa que as ameace.
Estaciono o carro na primeira brecha na rua que encontro. Minhas mãos soam, eu não sei o que tá acontecendo. Eu não a conheço, eu nunca vi aquela mina antes, porque tudo parece sem controle?
Passo a mão na calça pela milésima vez no dia tirando o suor delas.
"Que viadagem é essa agora?"
Tento amarrar o cabelo, já sem paciência comigo mesmo, e acabo encostando minha cabeça no acento e fechando os olhos.
E ela aparece, olhos claros, pele branca e macia, boca pequena, pernas perfeitas e ... Será que ela é tão doce quanto aparenta ser?
-Ahh merda - Tento arrumar a coisa na calça - Só o que falta é voltar a gozar nas calças, seu idiota!
Saio rápido pra não continuar pensando em besteira. Estaciono na frente do hospital e desço, vejo de longe o carro do Caveira. Me aproximo e o vejo com a cabeça e as mãos encostadas no volante.
Bato no vidro, ele se volta pra mim em alerta, faz menção em abrir a porta e eu me afasto.
-Iae? - Ele passa as mãos na cabeça e se escorra no carro
-Tá de boa?
-Sim, só preciso voltar pro Vidigal. - Ele tentar abrir a porta do carro e depois desiste - Ela foi levada pra fazer uns negocio lá dentro.
-Vou dá uma olhada, não vai ver os meninos da Manu? - Ele nega rapidamente e abre a porta do carro.
-Depois... depois avisa como... deixa pra lá. Eu to ralando. - Ele entra no carro e vai embora cantando pneu.
-Mas que porra deu nele?
Caminho até a entrada e com algumas ameaças consigo chegar até um corredor deserto. De cara vejo os dois soldados que fazem a segurança do meu pai plantados numa porta fechada. Fazem toque quando me ver.
-A mina tá destruída, patrão, quase que a gente matou ela.
-Encontraram ela a onde?
-Na Grota, quase atropelamo. Ela quase não andava, falava coisa com coisa, mó doidona.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Salva Pelo Traficante (Livro 2 - Versão Original)
Ficción GeneralSérie - Contos de Favela ATENÇÃO! O livro aqui disponibilizado está registrado na biblioteca do livro e qualquer cópia disponibilizada sem autorização terá o seu autor processado. Livro contém: Cenas de sexo Palavrões Apologia ao Crime Mortes Crime...