Salva Pelo Traficante (Livro 2 - Versão Original)

♚ II - 83♛

OBS: Sobre a opção dois que falei na votação, ela vai acontecer mesmo que escolham a opção 1. Mas ele será o último livro da nossa "saga". Se ele for escolhido não haverá mais nenhum depois dele. Será o fim.

PS: Já sobre os dias que eu falei de capítulos normais. Me expressei mal, eu voltarei a escrever nesses dias, e não a postar. Escrever é uma coisa, o capítulo ficar pronto para a postagem é outro bem diferente. Principalmente agora que as coisas precisam ter ainda mais detalhes para poder dar entrada nos próximos livros. Não precisa ficar me cobrando, eu sei o que falei e o que devo a vocês. O máximo que posso fazer é não postar em algum dos dias, mas não esqueço que escrevo porque amo os comentários e devo boa parte dos meus sorrisos a cada um de vocês. Não irei sumir e nem desistir de escrever, tá tudo na minha cabeça até o ultimo capítulo. Vai ser lindo, garanto.

Boa Leitura

PV: Conan

1 Mês depois

Eu desenhava numa folha de papel branca as ultimas partes do cabelo do anjo que eu sonhara na noite anterior. Era uma menina e eu ainda lembrava do sorriso que ela havia me dado. Eu sabia que a mamãe tava triste e queria dar aquele desenho pra ver se ela sorria pra mim, como o anjo do meu sonho. Ela parecia feliz em me ver.

Pintei ele como uma criança de 5 anos achava que tava perfeito, me coloquei no desenho também. Coloquei do jeito que eu havia visto enquanto dormia. Me vi sorrindo assim que a professora me disse sobre a mamãe, ela tinha ido me buscar pela primeira vez depois da morte da minha irmanzinha e queria muito que ela visse o meu desenho. 

"A minha irmãzinha tinha virado um anjo", eu queria que ela parasse de gritar com o papai por isso e que sorrisse mais quando me visse. Desci da cadeira e dobrei o papel na mão, a tia Jú colocou minha mochila nas costas e eu sorri correndo ao seu encontro. A mamãe tava parada encostada no carro, parecia ter pressa, mas eu queria tanto que ela sorrisse.

  — Mamãe!— Gritei correndo até ela querendo lhe dar um abraço e mostrar o desenho.— Olha mamãe, olha o que fiz.

Ela segurou meus braços antes que eu envolvesse suas pernas. Seus olhos estavam iguais. Vermelhos e quase encobertos. Parecia que tinha chorado a noite inteira, fiquei triste, a mamãe tava triste comigo?

  — Não faça isso de novo, ouviu Alex?! Não faça isso!— Ela segurava meus braços com força, tive vontade de chorar, tava machucando.

— Fiz um desenho mamãe, a minha irmãzinha virou um anjin...

— Já chega, Alex! Não ouse falar dela.— Ela abriu a porta do carro e me empurrou pra dentro sem me deixar abraçar ela. 

Não consegui controlar o choro dessa vez. Tentei chorar baixinho, eu não queria deixar ela mais triste então me deitei no banco traseiro e agarrei o desenho do anjinho. Eu daria ele ao papai e ele ia gostar. Ia sim. Fechei os olhos

Eu adormeci enquanto chorava e a mamãe dirigia. Só lembro de acordar quando já descíamos do bicho grande que voava, mamãe não falou comigo, nem quando eu perguntei sobre o desenho. Ele não tava mais na minha mão, eu só queria dar ele ao papai.

Andamos de carro de novo e dessa vez deixei os olhos abertos, queria saber onde estávamos, aquela não era a rua da minha casa. Tinha muito sol, mas tinha muita gente estranha andando pelas ruas e dava pra ver muita água. Assim que paramos vi os portões enormes de uma igreja, a mamãe abriu a porta do carro e o vento quente me fez fechar os olhos.