Salva Pelo Traficante (Livro 2 - Versão Original)

♚ II - 32 ♛

PV: Conan

Fico um tempo na cama tentando fazer ela se acalmar, acariciando seus cabelos, sentindo e confirmando pra minha própria sanidade, que ela ainda está ali e que ele não ira leva-la de mim, não quando demorei tanto para encontra-la.

Depois que ela dorme, me levanto. A ameaça do Trek não saia da cabeça, eu evito briga, evito bate boca. O problema é eles quererem crescer pro meu lado e depois querer ficar vivo.

Posso até levar um tiro, como foi da  outra vez, mas quando eu acordar, tu que vai querer ganhar apenas um buraco de bala. Pena que isso, tu não vai receber.

Sento num dos bancos da bancada da cozinha e olho pra porta da sala. A casa é segura, coloquei grade em tudo, muro alto com cerca elétrica e soldados confiáveis por todos os lados, menos dentro dos muros.

A contrução da saída de emergência, no fim do terraço, ainda tava em construção, mas um dos quartos tinha entrada pra um quarto do pânico, com monitoramento da casa, entrada e saída.

Ele não ia entrar no meu morro e invadir minha casa, ele não era tão louco assim. Poderia colocar um x9 facilmente, alguém que tem família lá no Adeus, isso era fácil se ele ameaçasse matar um deles.

Ainda tinha a Flávia pra buscar, eu tinha que tirar ela do complexo o mais rápido possível, não poderia deixa-la tão perto dele. Além de caçar uma escola, colocar alguns homens com ela também.

Sorriu com as minhas preocupações. PL também tinha essa coisa estranha de se sentir responsável por alguém? Essa coisa estranha de proteger loucamente uma pessoa pro seu próprio bem, pois sem ela não saberia mais pra onde ir?

-Conan? - A voz da Sofia me tira do devaneio.

Ela caminha sem jeito até mim, veste minha camiseta que vai até o seu joelho, mas não adianta esconder o bico eriçado por baixo dela que, com toda certeza, chama a minha boca.

-Volta a dormir - Coloco ela de frente em meu colo.

-Pesadelo - Ela se agarra  ao meu pescoço.

-Deixa o difunto mexer com tua cabeça não, flw? - Ela me encara passando as mãos nos meus cabelos

-Tenho medo dele - Ela sussurra sem graça

-Deveria ter medo de mim! - Ela sorrir

-Você é um ursinho irritado - Ela tenta não rir. Que atrevida!

-Irritado!? - Falo alto - Eu sou ruim, mal... Psicopata!

-E gostoso? - Ela tenta se conter pra não sorrir ainda mais

-O que deu em você, ãh? Perdeu o medo de mim? - Ela se aproxima enroscando os braços em meu pescoço.

-Você me pediu pra te comer, que medo ia durar? - A minha risada faz ela se aconchegar ainda mais a mim

-Atrevida! Não podia nem ser romântico?

-Você foi - Ela me olha, acaricia minha barba como da primeira vez - Obrigada, Conan.

-Ahh, Sofia! Qual foi? - Tento tirá-la do meu colo

-Não! Me escuta. - Ela prende meu rosto com as mãos

Eu não queria escutar os seus agradecimentos sobre aquela coisa. Aquela maldita transa  que não ia mais sair da minha cabeça, se ela viesse com a história que foi a última, eu não conseguiria pensar no que faria comigo mesmo.

-Obrigada por nos tirar de lá, por mostrar a minha menina o que é o mar de verdade - Seus olhos lutam contra as lágrimas - Obrigada por...

-Sofia! -  Eu não queria ouvir aquilo! Ela coloco o dedo sobre meus lábios