Capítulo 11

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Anahí: Poncho, eu não acredito!

Alfonso: Gostou?

Anahí: Está tudo lindo! Disse encantada vendo o campo florido onde por diversas vezes quando crianças eles brincavam. Ele tinha luzes, rosas, e uma tenda onde poderiam sentar e comer o que ele tinha preparado.

Alfonso: Venha! Disse a puxando pela mão e a ajudando a se sentar entre as almofadas.

Anahí: Eu não imaginava que esse lugar ainda existia. Pra mim eles já tinha construído algum prédio aqui.

Alfonso: Ainda bem que não construíram. Eu sempre venho aqui quando quero pensar.

Anahí: Sério? Disse ainda meio boba.

Alfonso: Sim, eu fico lembrando das nossas brincadeiras, de como éramos felizes. Disse servindo vinho a ela.

Anahí: Onde conseguiu as violetas? Perguntou olhando os arranjos de violetas enfeitando o lugar.

Alfonso: Eu nunca esqueci que são suas preferidas.

Anahí: Eu não sei o que te dizer. Realmente estava surpresa com o gesto dele.

Alfonso: Aposto que você deveria pensar que me tornei um homem insensível que só pensa em sexo. Disse brincando com ela.

Anahí: É que não esperava por isso e quando cheguei ouvi muitas coisas que você fez durante esse tempo.

Alfonso: Annie, antes de tudo eu queria falar que eu senti muito sua falta, que eu fiquei arrasado quando você foi morar fora e nem se despediu de mim.

Anahí: Eu estava muito chateada com você. Disse sendo sincera o olhando nos olhos e ele pode sentir o quanto tinha a magoado.

Alfonso: Eu sei, mas eu queria me explicar, eu acho que temos uma conversa pendente.

Anahí: Explicar o que, Poncho? Que você me deixou plantada para transar? Perguntou irônica não escondendo a mágoa e ele respirou fundo.

Alfonso: Eu não fiz de propósito, eu juro. Eu estava quase saindo de casa para te buscar quando a Cláudia chegou eu a mandei embora, disse que iria sair e que tinha um jantar com você. Eu não sai arrancando a roupa dela e esqueci de você como eu acho que você deve pensar.

Anahí: Isso não muda o que eu vi.

Alfonso: Eu sei que não, mas eu quero que saiba o que de fato aconteceu e me perdoe. Ele se ofereceu, ela tirou a roupa e veio se esfregando em mim, eu confesso que fui fraco, que poderia a ter cortado, mas eu era um adolescente cheio de hormônios, não resisti, confesso. Mas quando eu te vi chorando aquilo me doeu, Annie. Doeu muito, porque nunca foi minha intenção te magoar, eu sei que não diminui nada o que eu fiz, mas não quero que pense que eu deixei você para trás em um estalar de dedos.

Anahí: De que adianta falar sobre isso? Isso não vai mudar nada, aconteceu, já foi.

Alfonso: Mas isso fez com que eu perdesse anos de fazer parte da sua vida, por causa disso eu perdi a minha melhor amiga. Eu paguei caro pelo meu erro, Annie. Pois fiquei longe de você.

Anahí: Pra mim também não foi fácil. Disse tentando segurar as lágrimas.

Alfonso: Me perdoa?

Anahí: Eu não te reconheço mais, quando escutei as coisas que o Oscar me disse, não consegui enxergar meu melhor amigo. Quando você se tornou esse galinha?

Alfonso: Parece horrível, o que vou dizer, mas eu não sinto nada com nenhuma mulher que eu saio, é um prazer momentâneo, só uma forma de preencher um vazio.

Anahí: Nunca sentiu nada especial por ninguém?

Alfonso: Só por você! Ela arregalou os olhos. - Você é a única garota especial pra mim, é minha amiga, mas se está perguntando se já me apaixonei a resposta é não. Anahí sentiu uma facada no peito ao ouvia-lo dizer a palavra amiga.

Anahí: É que você está tão diferente...

Alfonso: Estou mais bonito? Brincou e ela riu

Anahí: Está. Disse corando e ele riu do jeito dela - Mas eu digo também pelas atitudes, não é certo usar as pessoas, Poncho.

Alfonso: Eu nunca enganei ninguém, todas que já saíram comigo sabem é sem compromisso e muitas vezes lance de uma noite.

Anahí: Eu soube que você tem uns casinhos por aí. Nem por elas sente nada?

Alfonso: Nada. Mas e você?

Anahí: Eu o quê?

Alfonso: Já se apaixonou?

Anahí: Já!

Alfonso: Quem foi o sortudo?! Perguntou, mas ficou um pouco incomodado por pensar na Annie com um homem.

Anahí: Não teve sortudo nessa história, nunca contei nada a ele.

Alfonso: Por que não?

Anahí: Não ia valer a pena!

Alfonso: Como pode saber?

Anahí: Era coisa de adolescente boba, não ia dar em nada. Mentiu

Alfonso: E eu conhecia?

Anahí: Não! Mentiu

Alfonso: Hum. E o que fez durante esse tempo?

Anahí: Eu foquei mais nos meus estudos, conheci Maitê, minha amiga e nós duas dividimos um apartamento juntas.

Alfonso: Preciso ficar preocupado com essa amizade? Não quero perder meu espaço de amigo no seu coração.

Anahí: Você nunca perderá o espaço que é só seu. Posso conhecer várias pessoas, mas ele sempre permanecerá intacto aqui dentro. Disse colocando a mão no coração. Ele sorriu, pegou a mão dela e levou até o seu peito.

Alfonso: Não importa, quantas mulheres eu conheça, com quantas eu durma, quantos amigos eu tenha, você é a única mulher que ocupa esse espaço, tirando a minha mãe, claro. Disse e ela sorriu.-  Aqui era o nosso lugar preferido e foi examente aqui que escolhi para retomar de onde paramos, temos um recomeço?

Anahí: Temos, eu perdoo você. Com isso ele beijou a bochecha dela e a abraçou.

Alfonso: Estou feliz por te ter de volta na minha vida.

Anahí: E eu estou feliz por estar de volta a sua vida.

Alfonso: Minha fada! Disse a apertando em seus braços e Anahí deixou algumas lágrimas escaparem, porque durante todo esses anos ela quis estar de volta aquele abraço, mesmo sendo só como amiga, ela só queria o sentir perto outra vez, sentir seu cheiro e foi assim que ele percebeu que todas as barreiras que ela tinha construído para se manter longe dele se ruíram, porque o amor que ela sentia só estava adormecido e agora ele já havia despertado novamente e ela sabia que não teria forças para se manter longe dele, mesmo que sofresse ao vê-lo com outra.

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Uma conversa sincera!

O que será que esse recomeço trás?

Espero que estejam gostando da história. Não deixem de votar e comentar.

Beijinhos a todas.

XOXO

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