Casamento Forçado ✓

Capítulo 60

Rodrigo encarou Belinda, a analisou bem, ficou em um longo silêncio por um bom tempo até soltar um suspiro.

Rodrigo: Você é uma mulher muito bela, por que se contenta com tão pouco?

Belinda: Como é?

Rodrigo: Você sabe que ele nunca irá te corresponder, mesmo que não esteja mais com ela.

Belinda: E daí? Eu preciso dele, eu o quero, nem que seja apenas na minha cama. Eu pensei que você quisesse a Anahí, mas me enganei!

Rodrigo: Eu quero, aliás eu quero, mas não assim! Talvez se você chegasse aqui dias antes eu teria aceitado me juntar a você, mas não quero alguém pela metade, ainda mais depois de fazê-la sofrer.

Belinda: Você é um imbecil, um idiota. Se ficar nesse discurso de bom moço nunca a vai ter.

Rodrigo: E nem você o terá! Eu tive uma chance com a Anahí e não soube aproveitá-la, eu cheguei aqui disposto a lutar por ela, a fazê-la enxergar que eu poderia a fazer feliz. Mas ela já está feliz, ele a faz feliz. Eles se amam. Não dá pra negar. Eu fui até lá, eu vi os dois na igreja, eu a vi chorar durante muito tempo por não estar com ele. Não quero alguém que ame outro. Não quero alguém pela metade. Não quero uma mulher que dorme na cama ao meu lado e sonha com outro. Se eu te ajudar, ela irá sofrer e não quero fazê-la sofrer mais do que já fiz. Quero respeitar os bons momentos que tivemos juntos, o errado fui eu, deveria ter feito a coisa certa quando ela ainda tentava o esquecer e talvez se eu tivesse sido uma boa pessoa para ela, um homem de carácter, poderíamos estar juntos até hoje, eu poderia a ter feito esquecê-lo. Mas não foi o caso.

Belinda: Estou vendo que foi uma perda total de tempo vir até aqui.

Rodrigo: Depois do casamento deles eu pensei muito, não quero ser o mesmo. Quero encontrar alguém que me ame de verdade e valoriza-la. A Anahí sempre será uma parte boa do meu passado. Você deveria fazer o mesmo. Deveria se valorizar, ninguém merece viver das migalhas dos outros.

Belinda: Não quero seus conselhos! E quer saber? Não preciso da sua ajuda. Disse com raiva.

Rodrigo: Belinda, ninguém consegue construir uma felicidade em cima do sofrimento dos outros. Pense nisso! Disse e Belinda se retirou seguindo seu caminho de volta, totalmente a estaca zero. Rodrigo fechou a porta e respirou fundo, voltou a fazer suas malas, não tinha mais nada a fazer no México, iria voltar ao EUA. Iria seguir sua vida.

Em Amsterdã, o clima era outro. Após um passeio de bicicletas, eles tinham voltado para o hotel e não demoraram muito par estarem embolados na cama, totalmente nus. Após transarem pela segunda vez naquela tarde. Anahí se sentou entre as pernas do marido, enquanto ele fazia um carinho em seus braços, as vezes sentia os lábios dele em seu pescoço.

Anahí: Não queria voltar. Queria ficar aqui, só nós dois nessa cama. Ele sorriu.

Alfonso: Eu também queria, meu amor. Mas infelizmente temos que voltar. Agora temos a nossa casa, então ainda será só nos dois, na nossa cama.

Anahí: Eu nunca fui tão feliz assim.

Alfonso: Nem eu, amor.

Anahí: As vezes tenho medo. Confessou.

Alfonso: Medo? Medo de que?

Anahí: Medo de alguma coisa acontecer e não ter mais você. Eu não suportaria ter que viver longe de você outra vez. Ele a apertou em seus braços.

Alfonso: Não vai acontecer mais. Nada vai nos separar, ninguém vai nos separar. Éramos adolescente quando tudo aconteceu, eu era um idiota te fiz sofrer mesmo sem saber que me amava como mulher. Você foi embora e me magoou, agora somos adultos, aprendemos com nossos erros.