Capítulo 75

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Alfonso pensava não ter escutado direito, ele queria acreditar que o que acabara de ouvir era uma brincadeira de mau gosto da esposa, ou um momento de confusão por causa dos hormônios da gravidez.

Alfonso: Como assim divorcio? Perguntou ainda não acreditando.

Anahí: Alfonso, eu acho que é o melhor para gente. Ela nem sabia de onde estava tirando coragem para dizer aquelas palavras.

Alfonso: Melhor? Melhor para quem, Annie? Para mim que não é. Disse nervoso.

Anahí: Agora você acha isso, mas com o tempo você vai perceber que foi a decisão certa. Ela desviou o olhar, não conseguia encará-lo.

Alfonso: Anahí, me responda uma coisa. Pediu sério - Olha nos meu olhos e diga que você não me ama mais. Ela vacilou, não iria conseguir fazer isso.

Anahí: Alfonso, por favor não torne as coisas mais difíceis, nós ainda podemos ser amigos. Desconversou e ele riu sem humor.

Alfonso: Amigos? Você só pode estar de brincadeira comigo, eu não quero ser só seu amigo. EU TE AMO, PORRA. Como quer que eu seja apenas seu amigo? Esse bebê que você carrega aí dentro é nosso, fruto de tudo o que sentimos um pelo outro, das noites de passamos juntos e fizemos promessas um ao outro.

Anahí: Eu sei, mas as coisas mudam. Murmurou sentindo o peito apertar.

Alfonso: Eu não consigo acreditar no que estou escutando, não consigo te entender, não é a mulher que se casou comigo. Disse passando a mão no rosto derrotado. - Por que, Annie? Por que agora? Passamos por tantas coisas juntos e você está me deixando logo agora? Eu não vejo sentindo nisso. Ela respirou fundo e deu as costas a ele.

Anahí: É que estou cansada, Alfonso. Cansada de ter que viver em função da sua doença, sem saber como vai ser o meu futuro, perdendo a minha juventude cuidando de você. Disse segurando o choro, se não o magoasse, ele não iria desistir, e com êxito ela tinha consigo, porque ele nem acreditou que estava ouvindo aquilo da pessoa que ele amava.

Alfonso: Então esse tempo todo eu fui um fardo para você? Esse tempo que esteve do meu lado estava sendo uma tortura para você. Perguntou com voz embargada. Ela só assentiu com a cabeça, não tinha coragem para encará-lo e muito menos dizer qualquer coisa. - Me deixa sozinho. Pediu sem esconder que estava chorando, ela se virou e o viu chorar, queria dizer que era tudo mentira, que o amava mais que tudo no mundo, que ele nunca tinha sido um fardo para ela, mas não podia.

Anahí: Poncho... Ela se aproximou, mas negou com a cabeça, por um segundo ela pensou em voltar atrás, em dizer toda verdade.

Alfonso: Vai embora por favor. Pediu magoado e ela fez o que ele pediu, não poderia voltar atrás. Ao fechar a porta, ela desabou no choro mais uma vez e Belinda estava ali sorrindo.

Belinda: Parabéns, Anahí. Você fez um belo trabalho o deixou bem magoado.

Anahí: Eu te odeio. Esse seu planinho para tê-lo de volta não vai funcionar, você nunca conseguiu o ter nem quando ele era um mulherengo, imagine agora que ele me ama e vai ter um filho comigo. Disse torcendo para que realmente isso acontecesse.

Belinda: Você o magoou, ele não vai querer te ver nunca mais, e eu estarei aqui para consolá-lo.

Anahí: Você não o conhece, Belinda. A única coisa que sabe sobre ele é como ele fode, e isso não basta para manter um relacionamento. Não se pode ter alguém mentindo para ela e torça para que ele nunca descobra o que você me obrigou a fazer, porque coitada de você se ele um dia descobrir. Disse saindo e Belinda engoliu a seco, Alfonso nunca poderia saber a verdade.

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