Casamento Forçado ✓

Capítulo 36

O caminho até o buffet foi silencioso. Eles não desceram do carro, não sabiam o que fazer, então Alfonso deu partida no carro e seguiu viagem, como se eles não tivessem visto ninguém.  Ele queria tocar no assunto, garantir que nada iria mudar, mas Anahí já estava mudada naquele momento ele sabia que não seria boa opção tentar conversar com ela. Ele se sentia um azarado quando finalmente achou que eles teriam paz,  aparecia alguma mulher do passado dele. E de todas logo a Cláudia.

Já com Anahí as perguntas que estavam se formando em sua mente a deixavam confusa e sem saber o que fazer e como reagir. Mil perguntas se formavam, tipo: O que a Cláudia fazia lá? Ela e Alfonso se viam? Será que ele a via depois do acontecido? Será que eles ainda se envolveram depois que ela foi embora? Será que a Cláudia veio atrás dele? E a que mais a assustava era alguma mulher aparecer grávida dele, porque no fundo ela sabia que não iria conseguir aceitar ou reagir bem com a notícia.

Quando chegaram ao local do buffet, entraram calados, mas logo Ruth e Tisha os puxaram para entrarem na sala. Elas falavam animadas sobre os preparativos do casamento, afinal para elas era como um sonho ver os dois se casando. Um sonho que elas torciam para se realizar desde que os dois eram pequenos. Mas a cabeça de Anahí estava longe, resposta monossilabas eram dada e muitas vezes ela nem prestava atenção no que eles estavam falando. Alfonso estava aflito, ele queria sua Anahí alegre e ousada de volta, aquela fria e distante não era boa coisa e aquilo o estava matando. Tisha percebeu que eles estavam estranhos, assim como Ruth, esta acreditava que era briguinha de casal que com os preparativos eles iam se animar, porém Tisha pensava diferente conhecia a filha e por isso sabia que não era uma coisa qualquer ou banal, algo estava incomodando a filha e ela diria que muito, aliás. Alguma coisa estava tirando a paz de Anahí e ela iria conversar com a filha. 

Ruth: Eu gosto de recheio de nozes, o que vocês acham?

Anahí: Pode ser. Disse evasiva. 

Tisha: Eu acho melhor voltarmos outro dia, ainda falta muitas coisas para ver, mas temos tempo. Disse vendo que a filha não estava bem.

Alfonso: Eu também acho, estamos muito cansados, tivemos uma reunião importante hoje. Se desculpou e elas entenderam. Já quando estavam prestes a sair Tisha puxou o braço da filha.

Tisha: O que está acontecendo? Anahí a encarou com os olhos mais tristes do mundo.

Anahí: Eu vi a Cláudia saindo da empresa e não estou sabendo lidar com isso, não sei o que esperar. Disse direta e sentiu vontade de chorar, parecia que aquela menina de dezessete anos tinha voltado.

Tisha: Você está insegura não é?

Anahí: Mãe, eu odeio aquela mulher, de todas as mulheres que o Alfonso já teve, ela é a que eu mais detesto, não sei se é pela cena, ou porque já estava cansada de sofrer por ele, mas eu não sei o que pensar.

Tisha: Nós vamos para casa, vamos conversar. Disse totalmente séria. - Eu vou te ouvir, você poderá falar o que quiser, chorar, colocar tudo pra fora. Disse sabendo que faria bem a Anahí.

Anahí: Está bem, eu vou falar com o Poncho que vou voltar com a Senhora. Disse por fim. 

Quando Alfonso a viu se aproximando sentiu um pouco de alívio, estava com medo que ela se afastasse.

Anahí: Poncho, eu vou embora com a minha mãe. Disparou sem rodeios.

Alfonso: Annie, não faz isso. Pediu com medo dela estar o afastando.

Anahí: Eu preciso de um tempo sozinha, conversar com alguém, digerir o que eu vi. Disse sincera. - Depois nós conversamos.

O que ele poderia fazer? O jeito era aceitar.