capítulo 75

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YAGO
Cristiane mãe do kekel _ não. Filho meu não vai ser dono de morro nenhum, filho meu não mexe com drogas nem com armas, eu não aceito, você escolhe, sua família ou seu morro? ? _ Quando ela falou isso ouve um silêncio coletivo, eu sabia que ela ia por tudo a perder, sabia que o Kekel não iria desapontar a mãe dele, eu já tava mais stressado que o normal, em segundos eu pensei em inúmeras possibilidades de reverter essa situação, mas todos elas acabavam em morte.
Yago - senhora!  Eu posso conversar com você? ?  Em particular? 
Cristiane - não há nada que você possa falar que vai mudar minha posição.
Yago - senhora, eu só quero conversar.
Cristiane - pode falar aqui mesmo.  Nada vai mudar.  Eu não criei filho pra ser traficante. _ nessa hora eu já perdi a paciência.
Yago - Pois a senhora criou mal criado, pois olha a situação ! E é culpa da senhora, tinha tanto homens ea senhora foi se envolver justamente com o Caveira? ??  Não venha com conversinha de Madre Teresa pro meu lado não. _ já disse stressado.
Kekel - Yago.  Não fala assim com a minha mãe,  ela não teve culpa.
Yago - não que isso, deve que a culpa é minha.
Gleiz - Yago, por favor.
T.H - não precisa disso.
Yago - por favor senhora .  Venha comigo _ Ela não disse nada , só acenou com a cabeça.  Saímos do quarto do kekel e fomos para outro quarto tranquei a porta e me sentei na cama, eu estava disposto à ser o mais gentil possível.
Cristiane - pode falar, mas já vou avisando o você só tá perdendo seu tempo.
Yago - A minha mãe morreu a um ano e meio atrás, ela sempre me aconselhou a não entra no mundo do crime, ela sempre me dava os melhores conselhos, quando minha namorada engravidou, eu fui correndo contar pra ela, no começo ela brigou comigo, eu tinha 16 anos, minha namorada também, mais ela aceitou porque sabia que eu ia cuidar daquela criança com todo amor, da mesma maneira que ela cuidou de mim e do meu irmão, mas veja só o que aconteceu.  Depois de uns cinco meses, o cartel, uma máfia, matou a minha mãe, meu mundo caiu, agora eu só tinha minha filha que ia nascer, quando minha filha nasceu, eu voltei a viver,  maisss, com três meses ela morreu.
Cristiane - eu sinto muito , tão novo e já com tantas dores .  Mas não entendi porque você tá me contando isso! !
Yago - Bom, assim que minha mãe  morreu eu entrei pra máfia Ndrangheta, a máfia rival do Cartel, pra me vingar e pra me proteger, e depois que minha filha morreu, o pouco de amor que eu tinha morreu junto com ela, a senhora não sabe qual a dor de perder um filho, eu sei que a senhora tem medo, mas eu te garanto, que se o Kekel não assumir a Rocinha, a senhora não vai perder um filho, vai perder os três, e pessoal  vai querer vingança, eles vão aonde vocês estiverem, se a senhora ama os seus filhos, a senhora vai optar por protege-los , e não assinar a sentença de morte deles ea da senhora também. Se eu não tivesse entrado pra máfia, eu eo meu irmão estariam mortos, a senhora não conhece o lado bom do morro, a senhora só ver  tráfico tiros e morte, e não é assim. Tudo depende de quem comanda o morro, e eu tenho certeza que com o Kekel no comando aquelas pessoas vão ter uma vida muito melhor, vão ter paz pela primeira vez na vida, a senhora está sendo egoísta. Eu não arrisquei a minha vida ea vida dos meus amigos  pra tirar a senhora e seus filhos da Rocinha pra depois jogar o Kekel lá pra morrer.
Senhora, o seu filho já passou por tanta coisa que a senhora nem imagina.  A senhora sabe por  que seu filho sempre quer alegrar todos? ?
Cristiane - ele não gosta de ver ninguém triste, ele sempre foi assim.
Yago - É porque ele sabe como doi ficar triste. A senhora sabe que o Kekel se auto-mutila ??  A senhora já viu as cicatrizes dele? ? Seu filho sofre de depressão ea senhora nunca percebeu, ele já tentou se matar mais de uma vez.
Cristiane - meu Deus,  que tipo de mãe eu sou _ começou a chorar e se sentou no chão ,  abaixou a cabeça e desabou em lágrimas
Yago - e não foi o morro que fez isso com ele.  Porque as cicatrizes dele são antigas. Mas foi o morro que salvou a vida dele. Vou contar pra senhora a primeira vez que eu vi o Kekel na pior situação possível

      *relembrando*
Dylan - Eu não vi o Kekel hoje.
Lucas - também não. .
Mauro - ele não tava nos treinos .
T.H - deve ter se enrolada com uma garota por aí.
Vicente - kkkkkkkkk. Ele na idade.
Ycaro - Eu passei enfrente a casa dele e tá tudo fechado.
Dylan - depois eu quero saber dessa história.  Kkkkkkkkk
T.H - vamos trabalhar, daqui a pouco tem outra turma chegando para os treinos. _ Eu achei muito estranho, o Kekel não faltava a nenhum treino, deve ter acontecido alguma coisa, nois não somos amigos, mais eu sei muito bem quando tem alguma coisa errada.  Sai de perto dos meninos e fui para a casa do kekel, a porta estava fechada, não tinha nenhum barulho, fiquei parado na porta esperando alguma coisa quando eu virei as costas ouvi um barulho, alguma coisa caiu no chão, dei um chute na porta e me deparei com a cena que eu nunca imaginei ver.  O Kekel estava pendurado pelo pescoço com o corpo coberto de sangue, o barulho que eu ouvi foi o da cadeira caindo, ele estava se enforcando, eu coloquei a cadeira em pé, coloquei ele encima e cortei a corda ele desabou e eu o peguei no colo e o coloquei no sofá e tirei acho corda do pescoço dele , eu não sabia o que fazer, eu estava em pânico, ele não me respondia ,  olha para a mesa de centro, e vi, vários maços de cigarros, uma navalha, muitos remédios e muita cocaina , fui até a cozinha e peguei um balde e um copo de água.  Levantei a cabeça dele e forcei o vômito, para tirar o remédio do estômago, depois dei a água pra ele ,  ele tava muito drogado, eu eu sabia que o efeito só ia passar com o tempo, levei ele para o banheiro e coloquei ele em baixo do chuveiro,quando liguei o chuveiro ele tava tão drogado que nem sentiu a água caixa nos cortes, a costa ea barriga dele estava com cortes profundos, só de olhar eu sentia a dor, deixe ele ali por algum minutos depois o levei para o quarto eo coloquei na cama. Fui até a sala encostei a porta, porque eu tinha quebrado a tranca,  levei um cadeira para o quarto e me sentei.  Fiquei ali por mais de uma hora esperando ele acorda, quando ele acordos, eu me levantei e fui até ele.
Yago - como você tá? ?
Kekel - vivo?
Yago - se matar não é a solução.
Kekel - claro que é.  Eu morto não vou sofrer não vou sentir dor, não vou ser um problema pra ninguém.
Yago - olha o que você falando.  O suicídio não é a solução. Pessoas precisam de você, pessoas depende de você.
Kekel - mano, eu já disse isso pra tantas pessoas que, haaa, isso não faz efeito em mim.
Yago - você não pensa nos seus amigos na sua família?
Kekel - Eu não faço falta nem diferença.
Yago - eu não te salvei atoa, se eu te ajudei foi porque eu sei que seria uma perda muito grande.
Yago - não, você está enganado.
......

Cristiane - para. Por favor, para _colocou o rosto no chão e desabou, eu não me controlei, fui até ela, me sentei no chão e a abracei. Ela me apertou e chorou ainda  mais, eu não disse nada só a abracei. Senti a minha camisa molhar, ela não tava nem respirando direito . Eu fiquei com muita dó, mas não podia fazer nada .
Yago - Agora ele tá bem.
Cristiane - Você tem razão, eu criei ele mal criado, eu não sirvo pra ser mãe _ disse entre lágrimas.
Yago - você não podia fazer nada, ninguém podia fazer nada. Ninguém sabia de nada.
Cristiane - meu filho _ continuou chorando. Ficamos ali no quarto por muito tempo, até ela se recompor, e se acalmar, os olhos dela estavam inchados, o rosto avermelhado, mas as lágrimas já tinham parado.  Ela me olhou me deu um sorriso e me abraçou.
Cristiane - Obrigada. Muito obrigada. Eu te devo o meu bem mais precioso, meu filho _ derrepente ouvi uma batida na porta.
Kekel - Yago? ?? CADÊ A MINHA MÃE _ ele estava gritando do lado de fora e batendo na porta.
Yago - esse garoto me stressa.
Cristiane - ele só tava preocupado, ele sempre me defendeu kkkkkkkk
Yago - vamos _ abri a primeira e ele já entrou no  quarto.
Kekel - a senhora está bem? ?  A senhora estava chorando? ?  O que você fez com ela? ??
Yago - conversei.
Cristiane - heiii. Tá tudo bem, hooww meu filho, _ deu um abraço nele _  Eu confio em você, você é muito importante pra mim, eu me preocupo com você. Mas eu sei que aquelas pessoas precisam de você ,  é com muita dor no coração que eu te apoio, vai filho, trás a paz pra nois.
Kekel - eu te amo. _ deu um abraço nela.
Gleiz - o que você fez?
Yago - já disse, conversei com ela.
T.H - vamos resolver isso logo né pessoal, antes que  alguém assuma o morro primeiro.
Kekel - isso mesmo.
Yago - vocês fazem uma tempestade em um pingo de chuva. Mas vamos por as coisas em ordem.

vendida ao dono do morro 2..Onde histórias criam vida. Descubra agora