capítulo 32

1.6K 87 5
                                    

Fran
O T.H passou praticamente o dia todo fora, chegou agora pouco, esta lá em cima, a Gleiz foi na casa do Mauro, a Lah tava na mãe dela, e eu estou com as crianças, o Tédy está quietinho, a Brenda está do meu lado assistindo desenhos, o tempo parece que parou, nada mais acontece, eu sei que foi um fim e um começo de semana muito tenso, mais como eu fico só dentro de casa, o tempo é infinito, eu não vejo nada, não faço nada,  eu acho que nem to vivendo, puxa, essa não é a vida que eu sonhei pra mim,  eu sempre quis mais. Eu queria ter feito faculdade, mais sem deixar de dar aula de defesa pessoal,  eu queria  me formar em psicologia, queria abri uma clínica, era o meu sonho,  mas hoje em dia o meu sonho é que nada de mau aconteça com meus filhos, eu amo o morro, mais não quero que meus filhos fiquem aqui no meio de guerras e brigas, eu não quero perder meus filhos, eu não vou conseguir enterrar mais ninguém, eu já não tenho forças pra superar a morte, eu só não aguentaria mais,  eu não tenho mais condições de sofrer.
O T.H desceu e sentou no sofá pra assistir TV com a gente, quando a Gleiz chegou.
Gleiz - gente.    Eu não sei nem o o dizer.
T.H - aconteceu alguma coisa?
Gleiz - sim.
Fran - fala logo miga.
Gleiz - sabe a Ysadora bactéria _ disse sentando no sofá.
Fran - o que aquela vaca fez.
T.H - quem é essa?
Gleiz - prima da Luh. Que falou que a gente matou a Luh.
T.H -  sei.  O que ela fez?
Gleiz -.EU tava vindo da quadra e encontrei o Yago pelo caminho.
T.H - ele foi grosso com você?
Gleiz -  não. Ele foi um amor,  deixa eu falar.  Aí fui conprimentar ele, aí a Ysadora bastante chegou falando alto com ele , parece que eles brigaram, aí ela falou você prefere ficar com essa daí do que comigo.  _  fez um voz irritante
Fran - Ysadora bactéria correndo atrás do Yago,  adorooo  kkkkkkkk.
Gleiz - só sei que ele falou que tem nojo dela, que queria dar uns tapas nela, aí você sabe como ela me tratou né ? _ disse meio triste, e eu lembrei do racismo daquela vaca
T.H - o que ela fez com você? ? 
Gleiz - digamos que ela não gosta da nossa cor.
T.H - o que? ?  Que filha da puta desgraçada,  eu vou dar um jeito nessa garota.
Gleiz -  o Yago colocou ela no lugar dela,  ele me trouxe até aqui em casa, e falou pra mim não me importa com o que ela falou.  Ele é um fofo, nossa, me deu até uma paz só de falar com ele.
T.H -  Mauro, ...  não se esqueça que você tem compromisso.
Gleiz - o garoto tem idade pra ser meu irmão casulo, toma vergonha T.H.
Fran - Yago sendo gentil, essa eu queria ver.
Gleiz - compensa muito falar com ele, ele tem propriedades na palavra.
Brenda - eu não entendi.
Fran - o que minha princesa. ?
Brenda - a tia Gleiz falou que a bactéria não aceita a nossa cor.  Como assim?  _ ficamos olhando um para o outro, pra ver quem ia explicar.
T.H - vem cá com o pai amor.  Então princesa, é que existe pessoas que. .. que são doentes, eles sofrem de falta de respeito,  o sintomas dessa doença é :  burrice, falta de respeito, falta de amor, não querer ficar perto da gente,  achar que só ela é perfeita, fala besteira, como, que a nossa cor é feia,
Gleiz - que a gente não somos humanos.
Fran - que somos animais.
Brenda - mais não pode.  Isso é errado, eles não podem falar mal da gente pela nossa cor.  Não tem diferença, é quase tudo ingual.
Fran - amor! É que Deus quando fez a gente, ele fez com tanto amor que colocou mais cor na gente. Aí tem pessoas que ficam com ciumes, aí fala mal da gente.
T.H - É minha princesa, eles não entendi.
Brenda - papai tem remédio?
T.H - não inventaram ainda a vergonha na cara, nem o respeito em comprimidos.  Mas se a gente fazer a nossa parte já tá ótimo.
Gleiz - eu princesa?  A sua cor é linda, o seu cabelo é lindo, você é linda,  cada detalhe seu foi Deus que  fez, e ele te fez linda.  E nada nem ninguém vai mudar isso.
Brenda - mais vai doer né?  Eu querer brincar e alguém não brincar comigo.
Fran - haa filha, ainda não vai doer, porque ninguém nasce racista, então todas as crianças vão brincar com você.  Mas depois algumas delas vão virar racista,  mas são poucas.
Brenda - tá bom.  Mais eu vou ser médica só pra inventar  o remédio.
Fran - vai sim meu amor _ nossa eu nunca achei que doeria tanto o racismo, quando é  comigo tudo bem, mais com os meus filhos? ,  não dá pra aguentar, como que as pessoas viram racistas? ?  Porque ninguém nasce assim, não é possível que as pessoas te rejeitam pela sua cor, pelo seu cabelo, pelo seu jeito de ser.  Eu não vou entender a mente de um racista.
Conversamos bastante com a Brenda explicamos algumas coisas, é claro que não jogamos tudo em cima dela ,  porque tem coisas que ela só vai entender quando acontecer com ela, e eu peço a Deus que não aconteça, eu daria a minha vida pra não ver meus filhos chorarem por causa do preconceito.
T.H - vou lá para fora.
Brenda - eu também
T.H - então vamos, eu vou ligar para um amigo e depois a gente vai brincar _ os dois saíram.
Gleiz - agora que o T.H saiu.  Miga, a garota me chamou de macaco pra baixo, eu nunca tinha sentido tanto ódio.
Fran - miga eu sinto muito.
Gleiz - se o Yago não tivesse lá, eu ia subir o morro chorando, porque doeu,  e quando eu falei pro Yago que a noite eu ia chorar haaa.
Fran - para com esses suspiros.
Gleiz - parei, ele me disse que quem tem que chora é ela,  porque eu sou linda, tenho cabelos lindos, sou simpatia, educada,  e quem devia chorar é ela que não tem cor, não tem cachos e é mal educada nojenta.  Haa.  Se não fosse ele, eu tava trancada no meu quarto.
Fran - e ele tem toda razão, você é linda, seus cachos são lindos, e a bactéria é só mais uma bactéria.
Gleiz - nossa, aquela menina vai dar trabalho.
Fran - não mais do que nois!   Miga ela tá no nosso morro, com todo respeito a Luh, mais se ela vim com gracinha, eu não vou deixar barato, e se ela mexer com meus filhos, eu não garanto a vida dela.
Gleiz - Eu não vou abaixar a cabeça pra ninguém, eu não vou ficar no meu quarto chorando, eu não vou mais sofre assim.
Fran - a gente vai dar um jeito na bactéria, ninguém ofende meus amigos, e ainda mais quando esse amigo é praticamente minha irmã _ dei um abraço nela e senti que o coração dela tava muito acelerado, e ali eu prometi pra mim, que ninguém vai ofender quem eu amo e sair ileso.

Multimídia : Gleiz sem as tranças 

vendida ao dono do morro 2..Onde histórias criam vida. Descubra agora