O Irmão do meu Noivo

43. James

* Domingo *

Por um momento eu pensei que quando beijasse a Elisa todo o sentimento que tenho por ela desapareceria, mas não, eu só a desejo mais, ela é como uma droga que vicia no primeiro contato, eu a quero, a quero mais do que queria antes, eu estou viciado nela. Só que eu não vou com muita sede ao pote, sei que Elisa ainda precisa de um tempo e eu vou dar o tempo que for preciso pra ter ela só pra mim. 

Eu disse meu primeiro eu te amo, um verdadeiro, não é tão difícil como eu pensei que fosse, ou a Elisa que deixou fácil, ainda me sinto o mesmo porem penso na Elisa 24 horas por dia, é como se eu  tivesse aberto a porta do meu coração definitivamente para ela eu me entreguei ao que estou sentindo.

- James._ um dos garçom do bar veio até mim.

Estou sentado numa mesa olhando alguns documentos do bar.

- O que você quer?_ perguntei.

- Tem uma moça do lado de fora do bar, ela quer conversar com você._ ele falou sério. 

- Quem é?_ perguntei confuso.

- Ela não disse o nome.

O garçom saiu.

Quem viria aqui a essa hora? E qual é o problema de entrar no bar? 

Me levantei e fui em direção da porta, sair do bar e olhei em volta, meus olhos pararam na Pauline, ela está séria, parece preocupada.

 Fui até ela devagar, encarei ela.

- Pensei que nunca mais te veria._ falei baixo.

- Eu pensei o mesmo e eu fiz de tudo pra me afastar de você._ Pauline falou triste.

- Então porque você está aqui?_ perguntei confuso.

Ela não disse nada.

Pauline parece mesmo preocupada e agora eu estou ficando preocupado.

- Porque você está aqui Pauline?_ perguntei sério.

- Eu estou gravida._ ela falou baixo.

 - Gravida?_ perguntei baixo.

 - É, estou gravida de duas semanas._ ela falou firme.

- Você tem certeza?_ perguntei confuso.

- Tenho.

Não, isso não pode acontecer agora, não agora que tudo estar dando certo com a Elisa.

- Mas a gente se preveniu, você tem certeza de que esse filho é meu? Você tinha um namorado, ele pode ser o pai._ falei desesperado. 

- Não ele não é._ ela falou séria.

- Como pode saber?

- A gente não transava a dois meses, foi isso que me fez pensar que ele estava me traindo, e ele realmente estava._ Pauline falou triste.

- Esse bebe é mesmo meu?

Ela fez que sim com a cabeça. 

Pra falar a verdade eu nem me lembro de como foi a minha noite com a Pauline, foi uma coisa tão insignificante e agora a consequência está aqui crescendo na barriga dela, se eu pode-se voltar no tempo mudaria isso, mas não posso, agora é tarde demais.

- Isso não é o que eu queria e sei que não é o que você quer também, mas aconteceu, eu não pretendia ser mãe agora, ainda mais mãe solteira, ainda moro com os meus pais, não tenho uma casa, nem um trabalho, você tem ideia do quanto é difícil isso pra mim?_ ela respirou fundo. - Eu vim aqui porque queria dizer a você antes de tomar qualquer decisão, esse bebe também é seu, nós dois temos que tomar essa decisão._ ela falou triste. 

Os olhos dela estão cheios de lagrimas. 

Sei que nesse momento eu não posso pensar só em mim, isso não se trata só de mim. 

Segurei o rosto dela, Pauline me olhou no fundo dos olhos.

- O que você quer fazer?_ perguntei sério.

Pauline respirou fundo.

- Eu quero ter esse bebe._ ela falou firme.

Essa é a hora em que eu a apoio, sei que não é o que eu queria, mas posso lhe dar com isso, ser pai não deve ser tão difícil, o que eu tenho que fazer é não deixar nada faltar a essa criança.

- Estou com você._ coloquei a mão na barriga dela. - Nós dois vamos cuidar desse bebé.

Pauline me abraçou.

Como a Elisa vai reagir ao saber disso? Ela é o tipo de mulher que quer sempre o bem pra todos, se ela souber que Pauline está gravida ela vai querer ajudar de alguma forma, sei também que ela vai pensar que está tirando o pai do bebe e eu não quero isso, não quero que esse bebe tire a Elisa de mim.Preciso pensar em algo, não posso deixar a Elisa saber que vou ser pai, não agora, ou então tudo vai estar arruinado.

- Não conta pra ninguém que o filho é meu._ falei baixo.

Pauline saiu do abraço. 

- O que? James eu não posso fazer isso, minha família precisa saber que meu filho tem um pai, não quero que pensem que sou uma vadia. _ ela falou aumentando o tom de voz.

- Eu vou te dar tudo que precisa, não precisa se preocupar com o que sua família vai dizer, só não quero que saibam agora que sou o pai desse bebe, preciso resolver umas coisas antes._ falei sério.

- Eu só quero que meu bebe tenha um pai, um pai presente.

- Eu vou ser um pai presente._ falei firme. 

Pauline sorriu.

Preciso de dinheiro urgente pra comprar uma casa pra Pauline e o bebe, dinheiro o suficiente para as despesas de alguns meses, preciso também de algo pra afastar a Elisa de tudo isso, não posso deixar que ela saiba que vou ser pai...