Capítulo 1 - Christof Norsh

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Capítulo 1 - Christof Norsh

Desembarcar na América me fez perceber que finalmente sou livre. O Lorde McBlack para quem trabalhei em Londres está morto, seu filho legítimo herdou tudo e eu descobri após o enterro que o velho e agora falecido lorde era meu pai e por caridade me deixou um colar simplório, além de alguns poucos trocados de herança. Minha sorte mudou quando eu desenterrei minha verdadeira herança e por isso tive fugir antes que alguém descobrissem eu estou em posse das joias desaparecidas de lady Helena McBlack.

Observo o lugar enquanto espero na fila da imigração tendo todos os meus documentos em mãos, vejo o contrato de trabalho para os McBlack com o nome do meu pai como patrão e para a certidão de nascimento onde sou declarado órfão da mãe e com pai desconhecido.

Cheguei ao orfanato após a morte de minha mãe e na hora do batismo como eu não tinha sobrenome a madre Verna que me recebeu em minha chegada, escolheu um sobrenome em alemão, infelizmente após o batismo o tabelião fez o registro de como entendeu o nome em inglês, então me registrou como Christof Norsh, só Deus sabe o que significa Norsh. Esqueço o passado e volto minha visão atual para a mulher desmaia na minha frente, eu a seguro deixando minha sacola de moedas com doces dentro cair no chão.

- Filha, meu Deus, o que aconteceu com você? O que você fez com minha filha? (Uma senhora começar a gritar e me acusar)

- Senhora, ela desmaiou eu só a segurei. Culpe o calor! (Tento me defender)

- Eu vi sua filha desmaiar, sorte do cavaleiro tê-la segurando, pois se fosse eu no lugar, ela teria indo para o chão! (Reponde uma senhora muito elegante na fila ao lado onde está a primeira classe, eles são em menor número e mais tem mais mesas de verificação)

- Deixe que da minha filha cuido eu! (Responde de forma grosseira a mãe da desacordada)

- Tudo bem a segure ela. (Entrego a garota para a mãe) - Boa sorte com minha sacola de moedas eu sou pobre não tem nada além doces lá. Passar bem!

Eu teria que ser muito ingênuo em não perceber o golpe da mãe e filha, este tipo roubo durante discussão é tão velho toda crianças em Londres sabe fazer, talvez América não seja tão diferente de Londres.

Pego uma carruagem e vou para a estação de trem onde compro um mapa ferroviário, escolho meu destino. Opto por comprar uma passagem para a cidade de Milderland. É hora de começar a fazer dinheiro, em uma cidade de porte médio tem muitos homens que gostam de jogar portanto, boa estrutura, organização, portanto é minha escolha. A única coisa que meu pai o lorde McBlack me ensinou na vida foi a jogar, sei todos os tipos de jogos de cartas e até xadrez, sou muito bom tanto em um jogo honesto como em um forjado.

Procuro uma hospedaria na cidade e escolho a mais próxima ao Saloon, escolho um quarto simples e guardo meus pertences, pouco depois uma senhora negra, um pouco carrancuda entra com dois baldes de água, joga na tina de água, sai do quarto e ao voltar tem mais um balde de água e uma jarra de metal com água quente para o meu banho.

- Seu banho está pronto senhor! (Fala de forma indiferente)

- Obrigado! (Me limito a responder)

- O senhor precisa de mais alguma coisa? Lençóis, toalha ou refeição? (Ela pergunta sem me olhar)

- Não. Posso me virar sozinho. Apenas preciso descansar. Qual seu nome? (Pergunto por educação)

- Eu não trabalho no Saloon, apenas na hospedaria. (Responde friamente)

- Sim, imaginei. Mas gostaria de saber seu nome, por educação, ficarei alguns meses aqui.

- Odette. Senhor! (Ela está desconfortável com minha presença o a faz ter poucas palavras)

Sorte no jogo bastardos na vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora