Capítulo 5 - Lucy Hill

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Capítulo 5 - Lucy Hill

Um forte resfriado me pegou então tive que ficar em casa enquanto meus pais foram trabalham na botica da família, minha mãe cultiva ervas e plantas medicinais nos fundos da loja, além de por produzir e vender remédios, tônicos e infusões. Meu pai trabalha na estação de trem e meu irmão mais velho está estudando medicina na Europa, ele é filho do primeiro casamento do meu pai, nasceu homem então ele tem direito a mais regalias do que eu.

Termino de tomar o tônico que minha mãe fez para meu resfriado, quando escuto barulhos altos e fortes de explosões, reuni coragem, corri para o quarto dos meus pais e olhei pela janela, vi parte da cidade em coberta por fumaça e chamas, havia pessoas correndo e sendo mortas por homens usando lenços no rosto encima de cavalos com armas e espadas em mão, era assustador.

- Menina venha coloque seu roupão e sapatos para não ficar piorar sua doença, temos que ir para o sótão, para o caso de invadirem a casa! (Nancy a governanta da casa fala segurando minha mão e me levando consigo)

- Nancy o que está acontecendo? Eu estou com medo! (Tento não chorar mais estou assustada)

- Parece ser um bando de ladrões, aqueles que saqueiam cidades, mas desta vez o bando é grande e organizado, a polícia terá muito trabalho, não tenha medo seus pais logo voltaram para a casa. (Nancy tenta sorri para me tranquilizar mas não consegue)

- Vamos nos esconder Nancy. Meu pai devem saber onde nós procurar! (Eu garanto para nós duas não termos medo)

Ficamos algumas horas escondidas no fundo falso de um armário no sótão, eram escuro e os sons altos de coisas explodindo faziam meus ouvidos doerem, não sei quando dormir mas acordei com a porta do esconderijo se abrindo e meu pai apareceu chorando e me abraçou. Papai não gosta muito de abraços por isso eu desfruto deste raro afeto que me foi concedido.

- Você está bem Lucy? Eles te acharam  ou entraram na casa? (Meu pai pergunta ao se afastar de mim)

- Papai, eu estou bem! (Garanto)

- Senhor Hill, os bandidos não conseguiram chegaram a este lugar, mas, eu ouvi eles assaltando a casa e ouvi quando a polícia chegou! (Nancy conforta meu pai)

- Graças a Deus por você estar bem. Eles destruíram a loja e sua mãe ficou gravemente ferida! (Meu pai diz olhando para mim com dor)

- O que aconteceu com ela? Pai o que aconteceu com a mamãe?  (Pergunto com lágrimas nos olhos e uma vontade de gritar com todos, mas me controlo)

- Sua mãe tentou fechar a loja antes dos bandidos entrarem, infelizmente atiraram nela, saquearam a loja, destruíram tudo o que viram pela frente e colocaram fogo quando saíram, sua mãe está no quarto, o médico a olhou e disse a situação é grave!

- Onde foi o tiro? (Nancy pergunta eu não entendo)

- Próximo ao coração, ela também tem queimaduras e esta respirando com dificuldade o médico deu alguma horas de vida! (Meu pai fala para Nancy)

- Deus. Mamãe, ela não pode morrer! (Minha mãe não pode me deixar)

- Desculpe filha, por demorar a socorrer sua mãe, eu não fui rápido o suficiente. Venha, ela deseja te ver uma última vez! (Meu pai fala segurando minha mão)

Minha mãe estava deitada na cama do quarto de hóspedes, pálida, quase branca, não conseguia ficar acordada, apenas sorriu quando me viu, eu segurei a mão dela o restante da noite, o dia inteiro e quando sol começou a se por minha mãe parou de respirar, minha maior tristeza é saber que minha ela morreu no mesmo dia em que eu fiz 15 anos.

# 2 anos depois #

Meu pai mudou muito depois que minha mãe se foi, primeiro ele tinha raiva e bebia, com o tempo apenas beber no Saloon não era o suficiente ele passou jogar, com o jogo começaram as dívidas, ele vendeu as poucas as joias da minha mãe e quase tudo de valor que havia em casa, sempre que é possível eu escrevo para o meu irmão Dorian com a ajuda de uma vizinha que sabe ler e escrever, ela também lê para mim as respostas dele, ao final de cada carta ela sempre me pede para que eu tenha paciência pois deverá levar mais 3 anos para ele se formar e por consequência voltar para casa. Faz 7 anos que não meu irmão mais velho, aquele que deveria ser meu porto seguro nunca esteve aqui e tem dois que estou sem o carinho da minha mãe.

Sorte no jogo bastardos na vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora