Capítulo 10 - Christian Norsh

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Capítulo 10 - Christian Norsh

Observo o gado no pasto encostado na cerca, quando Ezdra aparece ofegante ao meu lado dizendo que meu pai quer falar comigo, suponho que seja sobre a consulta que teve hoje com um dos amigo de outra profissão que fiz em Londres. Eu sei que o Thomas Thompson é discreto e nunca revelaria nada do que foi dito na sala dele para mim mas, eu estou preocupado que tenha notícias ruins, não sei se meu pai aguentaria o golpe de ver a Lucy sofrer. Vou para o escritório bato na porta entro e vejo meu pai com um charuto na boca e um copo de bebida na mão, pela garrafa quase vazia ao lado dele suponho que metade do líquido foi ingerido por ele hoje.

- Como fui a consulta? Lucy está bem? (Pergunto com cautela)

- Ela está bem, pode conceber é jovem! (Meu pai sorri forçadamente para suprimir as emoções)

- Pai fala de vez, somos uma família!

- Eu... (Ele para e respira fundo) - É provável que eu não possa ter filhos. (Ele vira o copo de bebida de uma vez na boca) - O seu amigo é muito bom médio. Ele me explicou como eles descobrem casos assim na Índia, mas aqui, aqui o casamento é para todo o sempre, então ele não sabe de outros casos concretos!

- Merda, pai! (Toco a testa pensando na dor de cabeça que terei com este assunto - Pai, tudo o que Lucy faz atualmente são roupa para este bebê. (O desejo da minha madrasta por filhos é de conhecimento de todos)

- O doutor Thompson nos indicou um convento para adoção de bebê, nascidos de mãe ricas cuja as famílias não os querem!

- Eu posso ir lá fazer a ficha de vocês e adiantar o processo. Eu conheço um advogado que foi adotado de lá, lamentavelmente o filho nascido dos pais dele morreu no parto então o pai trocou as crianças e doou uma grande quantia de dinheiro depois que soube a esposa nunca mais poderia ter filhos. O Harry e um excelente advogado, de não me falha a memória o lugar se chama Convento das Carmelitas! (Falo com um pouco de incerteza)

- Lucy quer conceber o próprio filho! (Meu fala diz estranhamente calmo)

- Fique tranquilo, ela não vai matar você para ficar viúva! (Tento fazer uma brincadeira mas meu pai bebê o restante do whisky que estava na garrafa)

- Este assunto e sério Chris, eu não posso fazer filhos. (Meu pai pega uma garrafa nova de whisky) - Você se lembra daquela meretriz em Londres quando você se formou advogado? A de cabelos vermelhos? (Ele pergunta enquanto se serve de whisky)

- Sim. A Cherry! (Me lembro que Helena estava também lá disfarçada de homem e foi ela quem escolheu Cherry para nos) - Pai, qual é a ligação entre uma meretriz que possuímos juntos em Londres, com o fato de você não poder ter filhos! (Eu estou confuso e ele quase bêbado)

- Eu não posso ter filhos mas você pode! (Assim que meu pai fala eu esqueço de respirar)

- Espero que isso não seja o que eu estou pensando! ( Merda pai perdeu de vez as faculdades mentais)

- Se for na situação de que você pode engravidar a Lucy, então é isso sim! (Ele responde exatamente o que eu estava e deixando temeroso)

- Perdeu a sanidade? (Sou obrigado a questionar)

- Não. Estou muito bem, e você sabe disso. (Meu pai respira fundo) Chris, a Lucy é jovem, quer ser mãe, você pode fazer isso por ela!

- Eu não vou te trair! (Jamais destruiria minha família)

- Eu estou pedindo. Eu fico no quarto com vocês, será como foi em Londres! (Ele me olha suplicante e eu tenho vontade de chorar)

- Adultério é crime. Pai, sabe muito bem eu posso ir para a forca e Lucy vai junto! (Tenho que mostrar as consequências do que ele está me pedindo)

Sorte no jogo bastardos na vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora