Capítulo 60 - Christian Norsh

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Escuto vozes em minha cabeça tento abrir os olhos para ver mais não consigo, não sinto meu corpo, onde estou? Será que eu morri? Respiro fundo ao menos isso eu consigo fazer, espera realmente sou que está fazendo isso?

- Rosetta eu vou apenas me despedir dos Thompson e já volto temos que alimentar o Cris, Toff vira me ajudar a limpar ele! ( Me limpar do que Lucy esta falando? Quem é Rosetta?)

- Sim senhora! Eu vou esquentar a água para banho assim ela vai está com uma temperatura agradável depois que ele comer! (O que está mulher pensa que vai fazer com migo? Lucy vai ficar muito irritada se você encostar em mim portanto fique longe!)

- Eu agradeço Rose depois que os Thompson forem eu vou na cozinha e já venho com a comida dele! (E bom ouvir sua voz Lucy)

- Hoje ele está bem agitado!

- Isso é bom Rosetta! Ele está lutando para voltar para! Meu amor eu te amo tanto! Estou te esperando! (Sinto um leve formigamento em meus lábios)

- Dona Lucy e melhor ir de uma vez ou irá se atrasar!

- Certo! Rosetta cuida dele até que eu volte, se ele se mexer muito você pode chamar o Ezra e o amarrar na cama não quero que ele caia e se machuque mais ou ... Melhor não pensar nisso!

- Vá tranquila dona Lucy, eu fico com ele não vou deixar nada acontecer!

- Durante a tarde vamos tentar levar a Donna para pegar um sol estou a achando muito pálida talvez ela se empolgue e se alimente! (Donna? Será que ela está bem?)

- Dona Lucy queria ser determinada como a senhora quando se chama de cuidados aos outros!

- Eu chamo de ter esperança e fé! Deixa eu de uma vez!

Tento me mover mas consigo eu não tenho controle do meu corpo isso é aterrorizante, me concentro em tentar abrir os olhos, sinto que respiro, me mantenho focado em abrir os olhos quando um clarão de luz invade meu ser, pisco algumas vezes até me acostumar com claridade, mexer olhos é bom, olho meu entorno tentando me situar tudo está diferente mas estou no meu quarto.

- Pai! ... Lucy! (Ouço o barulho de algo se quebrando)

- Senhor Christian? O senhor está acordado? Vou chamar seu pai e a dona Lucy! Tenta não se mexer! (Ela sair correndo depois de falar tão rapidamente que eu não consegui acompanhar ou responder)

Novamente tento mover meu corpo mas não consigo que angústia toma conta de mim, antes que eu comece a chorar Lucy entra esbaforida seguida de meu pai e de Thomas, porque meu pai chamou um médico, então eu lembro da perseguição e o acidente com a carroça, tenho uma vaga memória de estar preso em algum, dos choro e grito de uma mulher.

- ... Christian pelo amor de Deus responde doutor Thompson ou fala alguma palavra! (Lucy esta acariciando meu rosto e devo ter divagando)

- O que ... Aconteceu ... Com ... Migo? (Minha vos está estranha, minha garganta arranha,  sinto um incômodo nesta reagiam além da dificuldade em pronunciar as palavras o que aconteceu com migo)

- Christian está com dor ao falar? ( Confirmo com a cabeça) ...- Certo vou fazer alguns exames depois de uma avaliar dos danos vamos ter uma ideia do que  pode ser feito!

Passei os próximos minutos respondendo muitas perguntas de Thomas, que olhou cada parte do corpo olhos, nariz, boca e até minha perna que agora tem uma cicatriz que não exista antes, o que levou a mais um questionamento por qual motivo eu estou nu? Estar em outra cama eu entendo mas nu, me espanta Lucy ter ajuda de uma desconhecida que me vê neste estado.

- Eu ... Quero ... Água ... Por ... Favor! (Assim que eu peso Lucy corre e me entrega um caneca de água)

- Meu amor! ... Consegue segurar? (Lucy pergunta tão docemente que eu estranho)

Seguro a caneca com a mão mas não tenho controle total das minhas mãos elas tremem e o líquido da caneca cai em meu peito e me faz ficar irritado.

- Inferno! (Resmungo pois além água em mim eu não consigo fazer o movimento completo para eliminar a água de mim)

- Eu te ajudo meu amor! (Lucy passa um pano onde eu molhei, coloca o pano embaixo de meu queixo e me dá água na boca como se eu fosse uma criança de 3 anos)

- Obrigada! ... Porque ... Eu ... Estou ... assim? ... Quantos ... dias?

- Filho qual sua última lembrança? ( Meu pai toca meu rosto e afaga cabelos como se eu fosse irreal)

- Depois ... Da ... carroça ... Virando ... E muito  ...  confuso ... A moça ... Donna ... Ela estava ... Lá! ( Desta vez minha língua pareceu mais firme assim como minha mandíbula)

- Sim a Donna está aqui na fazenda! (Lucy fala tentando sorrir o que está acontecendo aqui)

- Ela ... Esta ... Bem?

- Sim filho! (Meu não costuma responder com frases curtas não com migo)

- O que ... Esta ... Acontecendo ... O ... O que ... Vocês ... Estão ... Escondendo ... De mim? (Minha boca se move muito lentamente para pronunciar uma simples fala todos ficam esperando pacientemente que eu termine)

- Meu amigo a dificuldade na sua fala deve ser pela falta de uso em breve deve falar como antes! (Thomas responder antes que meu pai e Lucy falem algo o que eles escondendo)

- Quantos ... Dias ... Eu estou ... Assim? (Todos me olham sem falar nada por alguns segundos)

- Me amor tem quase oito meses! (Lucy responde aflita)

- O quê? (Tento me levantar da cama mais não consegui mover mais que os ombros e os braços) ... – Eu ... Não ... Consigo ... Mover ... meu corpo!

- Meu amigo eu vou fazer mais alguns teste eu creio deva estar acontecendo com seu corpo o mesmo que aconteceu com sua fala, mas vamos buscar certezas! (A impressão qu tenho e que Thomas não tem ideia do que está fazendo)

Thomas colocou um pano em minha frente que foi segurando por meu pai e ficou espetando algo em diversas partes do meu corpo fiquei feliz pois eu senti todas as vezes que ele me espetou, além das mãos me Lucy acariciando, amo ser tocado por ela.

- Bom Chris como eu estava supondo seu corpo precisará se acostumar a estar acordado novamente depois de tanto tempo dormindo, com o tempo todo o seu corpo deve ter reestabelecido o funcionamento normal!

- Eu ... Vou ... Ficar ... Normal?

- Filho você está vivo! Não faz ideia de tudo que passamos apenas para te ter com nosco!

Enquanto meu pai falava eu sinto vontade de urinar tento segurar mas não foi possível eu não consegui me levantar eu formar um frase sobre isso apenas comecei a chorar de vergonha depois de urinar na cama.

- Filho o que foi?  Porque está chorando?

- Pai ... Eu ... Não ... Eu ... Não ... Consegui ... Segurar ... Eu ...

- Chris querido se acalme nos vamos limpar! ... Não se preocupe fizemos isso enquanto você dormia não se preocupa com isso! ( Lucy fala me abraçando e beijando rapidamente meus lábios)

- Meu amigo vai levar um tempo até que o seu corpo volte a funcionar com conforme sua vontade! Acidentes como este serão comuns!

- Não ... É ... Fácil ... Eu ... Não ... Tenho ... Controle ... Do meu ... Próprio ... Corpo!

- Logo terá Christian! Por enquanto precisa começar ao poucos, dona Lucy vamos manter as sopas e caldos até que o Christian tenha mais controle da fala ou das próprias mãos e consiga levantar a colher sem tremer tanto!

- Eu ... Sou ... Um ... Inválido? (Meu estado e lamentável)

- Nunca mais repita isso Christian Norsh! Você não sabe todo o trabalho que tivemos para te resgatar do cativeiro que era no porão da delegacia! ... Não imagina tudo que Lucy fez para te manter vivo por todo este tempo! Você comia, tomava banho e ficava limpo por que ela cuidou de você como um bebê, filho você não é um inválido é um sobrevivente! ( Meu fala nervoso o que me faz querer chorar mais, eu como estava na delegacia foi preso e não me recordo)

- Meu amor você voltou para nós isso é tudo que importa, logo você irá voltar a ser mesmo de antes! ... Por agora eu preciso que nos deixe continua a cuidar de você! (Lucy beija meu lábios rapidamente e eu sinto um formigamento na região)

- Eu ... O que ... Aconteceu ... Com ... Migo?

- Filho vamos conversar sobre isso depois! 

- Chris seu pai tem razão! Primeiro precisamos tirar esta roupa de cama te deixar limpo ou terá assaduras tudo bem?

- Certo! ... Depois ... Eu quero ... Saber ... De tudo! (Concordo mesmo contrariado)

- Eu vou avisar a todos que você acordou! ( Lucy fala tão feliz)

- NÃO! ... Não ... Quero ... Que ... Me ... Vejam ... Assim ... Espera ... Eu ... Falar ... Melhor! (Se é temporário como o Thomas disse eles podem esperar)

- Senhor Norsh o Chris tem razão ele precisa de descanso e repouso e fazer pequenas atividades para o corpo se adaptar novamente a rotina! Ele precisa de tempo e depois que as visitas sejam rápidas para não o cansar! (Thomas fala eu tenho a certeza de que ele não sabe do que está falando)

- Doutor Thompson sua esposa quer conversar com senhor! ( Uma moça que eu nunca havia visto na vida entra aqui como se conhece a todos)

- Esqueci da viagem de volta! ... Vou deixar minha família em casa e volto para te acompanhar Chris!

- Thomas eu posso pedir para alguém os acompanhar assim eu você não se cansa muito guiando a carroça! (Meu pai oferece)

- Senhor Toff obrigado mas eu vou para casa quero estudar as anotações que tenho do Christian e vou contactar alguns dos meus professores que já tenha trabalhado com um paciente que acordou após um longo tempo dormindo!

- Boa ... Viagem! (Eu falo e aceno com muita dificuldade para ele)

- Já quer se ver livre de mim Christian? (Thomas fala sorrindo)

- Não! ... Eu ... conheço ... a Molly ... paciência ... não é ... uma das ... virtudes ... dela!

- Tem razão! Eu realmente tenho que ir senhores e senhora Norsh mande me chamar a qualquer problema! ... Chris se esforce ao máximo mas nunca até a exaustão!

- Eu sei! ... Obrigada! (Thomas se despediu do meu pai, de Lucy e da moça desconhecida)

- Quem é... Ela ... Não ... Reconheço!

- Cristian esta é Rosetta Lancaster ela quem em me ajuda a cuidar de você, das crianças e da Donna!

-  Rosetta ... Lancaster? ... Você é ... parente ... Da ... Abigail? (Pode ser um sobrenome comum mas e sempre bom verificar todas as informações)

- Sim eu sou sobrinha dela! Cheguei com a família há alguns meses ...

- Família? ( Pergunto antes que Rosetta de continuidade a sua fala, uma família interia do falecido o que aconteceu quando eu dormia)

- Filho, aconteceram coisas nestes meses em que esteve dormido!

- Certo! ... Pode ... Começar ... A falar! ... Tudo!

- Enquanto Toff fala com você eu vou trocando está roupa de cama não quero que tenha assaduras novamente! ( Santo Deus eu tive assaduras anteriormente)

- Bem não conseguimos te achar, foi Paige Altman quem nos falou o lugar onde estava, lá encontramos você já desacordado e Donna que estava catatônica aliás ela ficou assim por um bom tempo!

Meu pai me falou o que aconteceu nestes meses que começou com o pedido de dinheiro emprestado para meu tio Galvin, as acusações dos Altman, o abandonou que Donna sofreu por parte do irmão, a chegada das famílias McBlack e Lancaster, falou que temos três dos homens mais procurados da Inglaterra hospedados aqui em casa junto com seu homens de confiança ou bando, disse que apareceu cartas, uma pintura e uma joia de Helena McBlack, Lucy me trocou e explicou como tem cuidado todos estes meses de mim, de Donna e os cuidados constantes que ela demanda, além dos meninos a situação todas estas caótica, desconfio que meu pai e Lucy não me falaram tudo.

- Donna tem certeza que a bebê que está esperando é uma menina e ela se chamará Victoria e o pai é alguém chamado Peter com quem ela se relacionou antes! (Lucy fala sem mágoa ou indicação de que estar com ciúmes o que aconteceu com ela nestes meses)

- Isso é ... Bom! ... Não é?

-  Filho pode ser tudo invenção da cabeça dela! (Quando meu pai fala eu me lembro dos gritos de Donna e ela sendo usado por todos os homens que estavam lá) ... – Filho o que foi? Você estava longe! ( Meu pai levanta meus braços e Lucy passa um camisa por meus braços depois de te me limpado com uma bacia eu pano como se eu fosse um bebê)

- Pai ... Donna ... Foi ... Usada ... Por os ... Altman ... Mas eu ... Fui o ... Primeiro ... Dela!

- Tem certeza filho? Tem certeza que foi o primeiro?

- Não! ... Eu não ... Eu não ... Sei ... Quando ... eu cheguei ... Fui o ... Primeiro ... Lembro ... acho ... Que ... Desmaiei ... Estava com ... Muita dor... Ela gritava ... Muito... Pedia ajudar ... ela estava ... Ao meu ... lado... Eu vi ... algumas das ... vezes que ... ela foi violada...  mas não... consegui ... ajudar ... era muita ... dor... eu ... estava ... preso ... Com dor... Lucy... perdão ... Eu ... Não ... Queria! ( Foi impossível não chorar oito meses na cama sendo cuidado com um bebê, sujeitando meu pai e Lucy a este tipo de humilhação)

- Chris eu tive alguns meses para engolir estas informações, por mais que eu não goste de imaginar em você com outra me traindo mesmo sob ameaça, ver uma moça tão jovem em contaste devaneio, definhando em vida, grávida colocando a sua vida é a do bebê em risco me faz ser complacente! (Eu foi obrigado a rir Lucy não é complacente quando se trata de outras mulheres perto de mim e do meu pai)

- Eu amo ... Você ... Lucy... Só você .... A mulher... Da minha ... Vida!

- Eu também te amo! Amo muito vocês dois! A ponto de cuidar da Donna mesmo você tendo a pedido em casamento!

- Eu não ... pedi ... os Altman ... me ... fizeram ... jurar ... que .... casaria ... com ela ... depois ... que ... eu ... fui ... o primeiro!

Sorte no jogo bastardos na vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora